domingo, 31 de agosto de 2008

Exame de consciência

Um bom modo de fazer exame de consciência:- Recebi como expiação, neste dia, as contradições vindas da mão de Deus?; as que me proporcionaram os meus companheiros, com o seu temperamento?; as da minha própria miséria?- Soube oferecer a Nosso Senhor, como expiação, a própria dor que sinto de o ter ofendido, tantas vezes!? Ofereci-lhe a vergonha dos meus rubores interiores e humilhações, ao considerar o pouco que avanço no caminho das virtudes?
Forja, 153

Santos desta semana

1 de Setembro
Santa Beatriz da Silva [Fundadora]
Beato Miguel Ghebré [Mártir]
Santa Margarida de Riéti [Religiosa]
2 de Setembro
Beatos Luís José François, João Henrique Gruyer e Pedro Renato Rogue [Mártires]
Beatos Francisco L. Hèbert, Francisco Lefranc e Pedro C. Pottier [Mártires]
São Justo de Lião e São Viator [Eremitas]
Beato João Beyzym [Sacerdote]
3 de Setembro
São Gregório Magno [Papa, Doutor da Igreja]
São Remáculo [Bispo]
4 de Setembro
São Moisés do Antigo Testamento
Santa Rosa de Viterbo [Virgem]
Nossa Senhora da Consolação
Santa Rosália
Beata Maria de Santa Cecília Romana [Religiosa]
5 de Setembro
Beata Teresa de Calcutá [Fundadora]
São Bertino [Monge]
São Vitorino [Mártir]
6 de Setembro
Santo Euleutério [Monge]
São Magno [Monge]
7 de Setembro
Beato Vicente de Santo António [Mártir]
São Clodoaldo ou Cloud [Sacerdote]

sábado, 30 de agosto de 2008

100 visitas ao SULCO

O blogue SULCO regista hoje as 100 visitas, após ter iniciado a missão de apostolado em início de Junho deste ano.
O Autor agradece a todos aqueles que visitam este blogue exortando que o indiquem a amigos e conhecidos.

O Autor espera e deseja que as várias mensagens de São Josemaría que vai deixando no Sulco façam muitos desejar a santidade.

Espera e deseja igualmente que estas ajudem a ter sede do Evangelho.

Espera e deseja que aumentem o desejo e aproximação da Santa Igreja.

Espera e deseja, por fim, que estas aumentem ou criem o desejo de conhecer de perto a Obra.

O Autor

Aumento de jovens: Igreja recebe mais candidatos a padres

Contrariando a curva descendente dos últimos anos, a Igreja católica está a registar um inesperado aumento de jovens candidatos a padres. Os bispos são, ainda, prudentes a avaliar esta tendência de subida, que também se verifica no número de novos padres ordenados

«Este ano parece verificar-se uma tendência de subida», afirmou ao SOL D. Jorge Ortiga, responsável da Conferência Episcopal Portuguesa, esclarecendo, porém, que ainda está a recolher os números, uma vez que só em Outubro se podem contabilizar todas as matrículas e entradas em seminários. Tendo em conta a curva descendente que tem ocorrido nos últimos anos, os bispos preferem ser prudentes nos comentários, até terem todos os dados.
Mas o certo é que na diocese do Porto há este ano 75 jovens em pré-seminário, mais 17 do que em 2007. Para o padre Jorge Madureira, da equipa responsável pelos pré-seminaristas, este aumento está relacionado com o facto de a Igreja «estar atenta e ter criado condições para orientar» os jovens que sintam vocação. Estes rapazes são acompanhados pelas dioceses, tendo encontros quinzenais ou mensais nos seminários «para discernir a vocação».

Notícia do Semanário SOL

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Nosso Senhor fez-te ver claramente o teu caminho de cristão no meio do mundo. Contudo, asseguras-me que muitas vezes consideraste, com inveja - disseste-me que no fundo era comodismo -, a felicidade de ser um desconhecido, trabalhando, ignorado por todos, no último canto... Deus e tu!Agora além da ideia de missionar no Japão, vem à tua cabeça o pensamento dessa vida oculta e sacrificada... Mas se, ao ficar livre de outras santas obrigações naturais, procurasses "esconder-te", sem ser essa a tua vocação, numa instituição religiosa qualquer, não serias feliz. Faltar-te-ia a paz; porque terias feito a tua vontade, não a de Deus.A tua "vocação", então, teria outro nome: defecção, produto não de divina inspiração, mas do puro medo humano à luta que se avizinha. E isso... não!

domingo, 24 de agosto de 2008

Lê hoje. Recorda amanhã.

Pedro Passos Coelho, candidato derrotado nas últimas eleições no PSD deu, esta semana, uma entrevista ao Expresso.
Entre outras coisas, disse:

Casamento para procriação:
"É uma visão da família ultrapassada, anacrónica até"
Casamento Homossexual:
"O Estado não deve discriminar"

O que é a Prelatura do Opus Dei ?

O prelado e, nas suas vezes, os vigários, exerce a jurisdição no Opus Dei: é o Ordinário próprio da Prelatura.
Actualmente, o prelado do Opus Dei é D.Javier Echevarría.
O Vigário geral é Monsenhor Fernando Ocáriz, sendo Vigário secretário Monsenhor Manuel Dacal.
A Cúria Prelatícia tem a sede central em: Viale Bruno Buozzi 73, 00197, Roma, Itália.
A Prelatura do Opus Dei rege-se pelas normas do direito geral da Igreja, pela constituição apostólica Ut sit e pelos seus Estatutos ou Código de Direito Particular do Opus Dei. O Código de Direito Canónico de 1983 contém as normas básicas da figura da figura da prelatura pessoal (can. 294-297).
Os sacerdotes que formam o presbitério da Prelatura dependem plenamente do prelado, que lhes atribui os seus encargos pastorais, desempenhados em estreita união com a pastoral diocesana. A prelatura responsabiliza-se pela sua sustentação económica.Os fiéis leigos dependem igualmente do prelado em tudo aquilo que se refere à missão específica da Prelatura. Estão sujeitos às autoridades civis tal como os outros cidadãos, e às outras autoridades eclesiásticas tal como os outros católicos leigos.
No governo do Opus Dei, o prelado conta com a colaboração de um conselho constituído por mulheres, a Assessoria Central, e outro por homens, o Conselho Geral. Ambos têm a sua sede em Roma.
O governo da prelatura é colegial: o prelado e os vigários desempenham os cargos com a cooperação dos respectivos conselhos, constituídos, na sua maioria, por leigos.
Os congressos gerais da Prelatura realizam-se ordinariamente de oito em oito anos, com a participação de membros provenientes dos diversos países onde o Opus Dei está presente. Nesses congressos analisa-se o trabalho apostólico da prelatura e propõem-se ao prelado as linhas para a futura actividade pastoral. O prelado procede, durante o congresso, à renovação dos conselhos. A Prelatura distribui-se por áreas ou territórios, chamados regiões. À frente de cada região – cujo âmbito pode ou não coincidir com um país – está um vigário regional, com os respectivos conselhos: Assessoria Regional para as mulheres e Comissão Regional para os homens.
Algumas regiões subdividem-se em delegações de âmbitos mais reduzidos. Neste caso, repete-se a mesma estrutura do governo: um vigário da delegação e dois conselhos.
Por último, a nível local, existem os centros do Opus Dei que se encarregam de organizar os meios de formação e o atendimento pastoral dos fiéis da prelatura no seu âmbito.
Os centros são de mulheres ou de homens. Em cada um deles há um conselho local, presidido por um leigo – a directora ou o director – e constituído, pelo menos, por mais dois fiéis da prelatura. Para o atendimento sacerdotal específico dos fiéis adscritos a cada centro, o Ordinário da prelatura designa um sacerdote do seu presbitério.
Nenhum cargo de governo é vitalício, excepto o do prelado. Todos os fiéis tratam das suas próprias necessidades pessoais e familiares por meio do trabalho profissional habitual. Além de se sustentarem pessoalmente, os fiéis do Opus Dei e os cooperadores cobrem os gastos inerentes às necessidades pastorais da prelatura. Estes gastos reduzem-se, basicamente, aos do sustento e formação dos sacerdotes da prelatura, às despesas referentes à sede da cúria prelatícia, bem como as dos governos regionais ou das delegações e às esmolas que a prelatura concede. Como é natural, os fiéis do Opus Dei ajudam também igrejas, paróquias, etc.
In site do Opus Dei
Chegou para nós um dia de salvação, de eternidade. Uma vez mais se ouvem os assobios do Pastor Divino, as suas palavras carinhosas: "Vocavi te nomine tuo". - Chamei-te pelo teu nome.Como a nossa mãe, Ele convida-nos pelo nome. Mais: pelo apelativo carinhoso, familiar. Lá, na intimidade da alma, chama, e é preciso responder: "Ecce ego, quia vocasti me". Aqui estou, porque me chamaste; decidido a que desta vez não passe o tempo como a água sobre os seixos rolados, sem deixar rasto.
Forja, 7

"Trinta e seis sacerdotes entregues ao mundo"

O Pe. Januário dos Santos, Missionário da Boa Nova, conta no artigo “Trinta e seis sacerdotes entregues ao mundo” (com fotos do Pe. Armando Soares) da edição de Agosto/Setembro de 2008 da revista “Boa Nova” uma história muito pessoal que o levou à cerimónia do passado dia 24 de Maio.
2008/08/21 Revista "Boa Nova"
Qualquer notícia apresenta normalmente duas facetas: a da novidade, que, no geral, tem uma existência fugaz de horas ou de dias, e a da projecção que é mais ou menos longa conforme o acontecimento permanece ou não depois da morte da novidade. A projecção, quando se trata de um acontecimento bom, é que se torna a verdadeira notícia porque se parece com o Evangelho que, à distância de vinte séculos, ainda continua a ser a Boa Nova.No passado dia 24 de Maio, em Roma, na Basílica de Santo Eugénio, foram ordenados 36 novos sacerdotes da Prelatura do Opus Dei. Oriundos de quinze países (Argentina, Brasil, Costa Rica, Espanha, Filipinas, França, Guatemala, Itália, Quénia, Líbano, México, Peru, Polónia, Portugal e Venezuela), estes 36 novos sacerdotes foram enviados como mensageiros de Deus para o mundo. Ali morreu a notícia-novidade e começou a notícia-projecção que se vai repercutir nas diversas nações para onde estes sacerdotes forem enviados.
Tive a felicidade de participar com o meu colega Pe. Armando Soares, Redactor-Chefe da revista “BOA NOVA” nesta ordenação. Fui cumprir um voto feito, há anos, a D. Zilda Pires Santini, mãe do novo sacerdote, P. Marcos António Santini, quando lhe disse: se for vivo e tiver saúde, irei participar na ordenação sacerdotal do seu filho.Mas esta promessa tinha raízes mais profundas.
Em 1987, quando tive de tratar do visto de residência no Brasil, acompanhou-me a Curitiba, capital do Estado do Paraná, o saudoso amigo Paulo Santini cujo filho estudava num Colégio do Opus Dei e para quem ele, como era costume, levava algumas coisas. Visitei a casa, visitei a capela, onde encontrei três estudantes, em profunda meditação. Todo aquele ambiente de serena austeridade e de densa espiritualidade me impressionou. No regresso, disse a Paulo Santini: um dia o seu filho ainda vai ser sacerdote...
O Marcos aderiu ao Opus, formou-se em medicina, abriu clínica na cidade de Londrina (Brasil), foi professor universitário e... no passado dia 24 de Maio, foi ordenado sacerdote, em Roma.Pelo menos um dia na minha vida, ao regressar de uma viagem a Curitiba, fui profeta...
O rito da ordenação sacerdotal foi impressionante, decorreu em latim e em canto gregoriano, num clima de simplicidade e de espiritualidade profunda. Tudo estava programado e foi executado com a perfeição de uma orquestra que interpreta uma bela sinfonia.Segui atentamente o significado ritual da ordenação de olhos postos nos ordinandos e no altar que Portugal ofereceu àquela basílica nos tempos de Pio XII, que ficava mesmo em frente do local onde me encontrava. Lá estava, ao centro, uma escultura de Nossa Senhora de Fátima, tendo ao lado, pintados, os santos portugueses. Lembrei os meus tempos de seminarista quando se falava da igreja de Santo Eugénio e se pedia a colaboração de todos os portugueses para um altar dessa mesma igreja. Nessa altura, estava bem longe de sonhar que, um dia, o contemplaria longamente durante uma ordenação sacerdotal.
O Bispo Ordenante D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei, na homilia, baseou as suas reflexões nos textos da liturgia. Nesse dia, em Roma, celebrava-se a solenidade litúrgica do Corpo de Deus. Quase no início afirmou:“Naturalmente, a minha gratidão dirige-se em primeiro lugar à Santíssima Trindade, fonte de todos os dons; mas dirige-se também às famílias dos novos presbíteros, pelo modo como cooperaram com a graça de Deus – colaboração que não deve cessar depois – para que a semente da vocação sacerdotal pudesse arraigar na alma destes homens. Continuemos a rezar por eles e por todos os ministros da Igreja...”
Dirigindo-se aos diáconos que iriam ser ordenados sacerdotes dentro de poucos minutos, ele recordou-lhes com São Josemaría, fundador do Opus Dei, que o sacerdote é juiz, médico, mestre, pai e pastor. Quase a terminar, afirmou: “Estai seguros de que todos os presentes, e muitas outras pessoas no mundo inteiro, vos acompanham com as suas orações.”
E concluiu: “Confiamos estes irmãos a Maria, Mãe dos cristãos e, de modo particular, Mãe dos sacerdotes: que Ela os acolha especialmente como filhos seus amadíssimos, do mesmo modo que acolheu S. João, o discípulo amado, junto à Cruz de Jesus. Assim seja.”Um momento desta Ordenação sacerdotal chamou particularmente a minha atenção: abraço da paz. Quando, depois da entrega da patena e do cálice, os novos sacerdotes se aproximaram, um a um, do Bispo Ordenante para o abraço e o beijo da paz, senti toda a amizade com que o Prelado os abraçava longamente, mostrando um extremo carinho paternal, para, no fim, num gesto quase brusco, contrastando com o carinho com que os tinha acolhido, lhes dar uma espécie de empurrão, como quem os enviava em missão para o mundo. Todos eles, que acabavam de ser ordenados, eram sacerdotes para o mundo. Para onde a obediência e as necessidades da Igreja os chamassem. Pelo menos, foi isso que deduzi no gesto final do terno abraço da paz do Prelado do Opus Dei.
In site do Opus Dei

Santos desta semana

25 de Agosto
São Luís [Rei de França]
São José Calasâncio [Fundador]
Beato Miguel de Carvalho [Mártir]
26 de Agosto
Santa Micaela [Fundadora]
Beato Domingos da Mãe de Deus [Sacerdote]
São Liberato e companheiros [Mártires]
Beata Maria de Jesus Crucificado [Religiosa]
Santa Teresa de Jesus Jornet Ibars [Fundadora]
27 de Agosto
Santa Mónica
Beato Gabriel Maria [Fundador]
28 de Agosto
Santo Agostinho
Beato Junípero Serra [Sacerdote]
29 de Agosto
Martírio de São João Baptista
Santa Sabina [Mártir]
30 de Agosto
Beata Joana Jugan
Beato João Juvenal Ancina [Bispo]
31 de Agosto
São Raimundo Nonnato [Sacerdote]
Santo Aristides

sábado, 23 de agosto de 2008

Marco Fortes: "De manhã só tou bem é na caminha" e ainda "as pernas queriam era estar esticadinhas na cama"

A preguiça anda sempre connosco. Acompanha-nos.
Mas é, a meu ver, uma extraordianária aliada da nossa santificação. Senão vejamos, contrariar a preguiça leva-nos à mortificação e esta ao dominio de nós mesmos. Logo, estaremos mais perto de ser o nosso segundo "dominus" em perfeita comunhão com o primeiro "dominus". Ele tem sempre o primeiro lugar.
Nunca façamos como o atleta olímpico Marco Fortes que se e nos envergonhou a todos pela prova e pelos comentários feitos.
Para o atleta olímpico, "pela manhã o que sabe bem é estar na caminha". Pois, pois... por isso nada venceu. Apenas ganhou o riso de todos. O riso, o ridículo e a crítica.
Esta semana estive numa Recolecção. O orador foi o Reverendo Padre Gonçalo Portocarrero.
O Padre Gonçalo, durante a Recolecção, e com a graça que lhe é peculiar, disse esta verdade: pela manhã apresenta-se-nos 45 boas razões para não nos levantarmos cedo. E quem nos dá essas boas 45 razões (todas belíssimas porque o inimigo não dorme e sabe como bem iniciar o nosso dia pela derrota) é a preguiça.
Pois eu desejo ardentemente que isso aconteça. Dia após dia. Todos os dias da minha vida. E desejo-o para que possa contraria estas boas 45 razões em contrapartida de uma maior: Deus.
O Padre Gonçalo, com a graça que lhe é característica, contou que um dia alguém havia dito que o seu acordar era um "acordar católico". Espantado, perguntou à pessoa o que tal significaria, ao que esta respondeu "Senhor Padre, eu adormeço e quando Deus quiser acordar-me, eu acordo". Tem graça mas não pode ser assim. Devemos ser senhores do nosso tempo e quando o despertador dá o sinal, é tempo do tal "minuto heróico".
Na Bíblia, encontramos boas razões para o fazer. Quando Maria se deslocou à casa de Santa Isabel, São Lucas escreve que ía depressa. Não ía a passo. Não, ía depressa. São Lucas escreve-o para que tiremos conclusões. Também nos actos dos Apóstolos, quando o Anjo visita Pedro, então encarcerado, diz-lhe "levanta-te depressa!!!". Não disse.. "olha, vai acordando... pausadamente e com calma suficiente ... eu espero...".
Não! Disse: "levanta-te depressa!".

Iniciemos o dia com um verdadeiro "minuto heróico". Podemos chamar a este, "minuto atómico" (Padre Gonçalo). Importa que nos levantemos e iniciemos de imediato uma oração de graças e de oferenda do nosso dia. Consgremos o dia a Maria.
E durante o dia, tenhamos todos muitos "minutos heróicos", acabando as tarefas que iniciamos.
A preguiça também nos acompanha pelo dia. Não nos larga.
E diz-nos tantas vezes..."deixa, faz isso amanhã" ou "amanhã acabas, estás cansado... descansa agora". Também no plano da oração, esta preguiça (tal carraça) nos diz muitas vezes "já não tens disposição para nada... Deus compreende... faz amanhã a oração que hoje estás cansado do trabalho e de rastos".
E eis que nos devemos mortificar. Como ? Façamos a tarefa, acabemo-la (de forma tão perfeita quanto conseguirmos) e ofereçamo-la a Deus (não esqueçais que Deus é intransigente nas ofertas... rejeita todas as que sejam feitas de mau grado ou imperfeitas). O mesmo quanto à oração. Façamo-la, mesmo quando "não nos apetece".

Quem o diz é o Senhor, no Evangelho de São Mateus:
Evangelho segundo S. Mateus 11,28-30.
«Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.»

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Viver a caridade significa respeitar a mentalidade dos outros; encher-se de alegria pelo seu caminho para Deus... sem te empenhares em que pensem como tu, em que se unam a ti.Veio-me à cabeça fazer-te esta consideração: esses caminhos, diferentes, são paralelos; seguindo o seu, cada um chegará a Deus... Não te percas em comparações, nem em desejos de conhecer quem chega mais alto; isso não tem importância; o que interessa é que todos alcancemos o fim.
Sulco, 757

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Cavaco veta diploma do divórcio

O Presidente da República devolveu à Assembleia da República, sem promulgação, o diploma que altera o Regime Jurídico do Divórcio.
O diploma foi aprovado a 04 de Julho com os votos favoráveis do PS, PCP, BE e Verdes e votos contra do CDS-PP e da maioria da bancada do PSD.
Mas qual a motivação ?
Cavaco Silva solicita “que o mesmo seja objecto de nova apreciação, com fundamento na desprotecção do cônjuge que se encontre em situação mais fraca - geralmente a mulher - bem como dos filhos menores a que, na prática, pode conduzir o diploma".
Tenhamos nós audácia. Mais audácia. Outra audácia. A audácia que os políticos não querem (ou não podem) ter. Vetemos nós nas nossas vidas e ajudemos os demais a vetarem também. Não por razões jurídicas ou políticas. Antes pelas nossas razões.
"Deus e audácia" - São Josemaría Escrivá.

domingo, 17 de agosto de 2008

Santos desta semana

18 de Agosto
Santa Helena [Mãe do Imperador Constantino]
Santo Agapito [Mártir]
Beato Alberto Hurtado Cruchaga [Sacerdote]
19 de Agosto
São João Eudes [Fundador]
Santo Ezequiel Moreno Diaz [Bispo]
São Luís de Tolosa [Bispo]
Beato Bernardo Tolomei [Religioso]
20 de Agosto
São Bernardo [Doutor da Igreja]
São Felisberto [Religioso]
21 de Agosto
São Pio X [Papa]
São Sidónio Apolinar [Bispo]
Beata Umbelina
Beata Vitória Rasoamanarive
22 de Agosto
Nossa Senhora, Rainha
São Sinforiano [Mártir]
23 de Agosto
Santa Rosa de Lima [Virgem]
São Filipe Benício [Religioso]
24 de Agosto
São bartolomeu [Apóstolo]
A "Massa Cândida" [Mártires]

sábado, 16 de agosto de 2008

Londres, 1958: “Tu não podes, mas Eu sim”

Em Agosto de 1958, São Josemaria passeava pela "City" de Londres. O ir e vir de tanta gente que não conhecia Deus angustiou o sacerdote: “Josemaria – disse para si – aqui não podes fazer nada”. E imediatamente teve a resposta: “Tu, não; mas Eu, sim. Eu estarei contigo e haverá eficácia.
Por ocasião do aniversário dos 50 anos da primeira visita de São Josemaria a Inglaterra, recolhemos o relato que um dos seus biógrafos, Andrés Vazquez de Prada, faz no livro “El Fundador del Opus Dei” (Tomo III).“Há quase doze anos que estavam em Inglaterra quando o Padre foi a Londres, em 1958.

Ali fez uma longa estadia, do princípio de Agosto a meados do mês de Setembro.
Em 4 de Agosto atravessava o Canal, de Bolonha para Dover. É uma data memorável na história da Obra em Inglaterra, em que o avanço da fundação tinha começado no Natal de 1946.
Deu uma volta por Londres. Chegou à City. Pelas suas ruas as pessoas apressavam-se, empregados de escritório, pessoas com chapéu de feltro, fato escuro e colarinho engomado. Havia um trânsito denso de autocarros vermelhos e táxis de charão negro. Tudo compacto, apressado e febril.

Por todo o lado surgiam tabuletas com datas antigas: Established in 1748; ...in 1760; ...1825...

A mente do Padre penetrava o seu significado histórico, abarcando-o nas suas consequências, continuidade no trabalho, transacções com todos os continentes, riqueza, poderio económico...; uma crosta secular e resistente. Era a City como uma velha árvore centenária, com as raízes expostas. E, circulando entre a multidão, cada um se dirigia à sua tarefa, viam-se rostos e vestimentas do mais exótico: indianos, africanos, chineses e árabes.O Fundador calibrava os factos, instalado na presença de Deus. Considerava quão insuficientes seriam o seu esforço e intrepidez vertidos naquela encruzilhada do mundo. E deve ter sentido um pouco de desalento ao avaliar as suas forças materiais com o poderio da City.

Mas não se deixou abater. Ao encarar interiormente com o Senhor, examinou recursos, retirando a conclusão evidente de que levar tudo isso a Cristo – tantas almas e tantas empresas – requeria uma alavanca e um esforço sobre-humanos. Foram dias de oração e de trabalho. Pensando nas pessoas que deambulavam pelas ruas, em tantos que não amavam a Deus ou tinham um conhecimento superficial de Cristo, sentia-se impotente para fazer algo. Essa impotência levava-o a Deus, como um menino que acode ao seu pai. E fazia oração, que é o segredo da eficácia do Opus Dei e, como lhes disse em Londres, servia como um grande guarda-chuva contra as influências do tempo e as contrariedades (...).

Deve ter sido por essa altura que o Senhor lhe respondeu claramente com uma locução, uma de tantas que teve e que tão gravadas ficaram na sua memória: «tu, não! Eu, sim!» Tu, certamente, não poderás; mas Eu sim posso.

Referiu-se a essa experiência sobrenatural, no seu regresso a Roma, quando contava aos seus filhos numa meditação:

Ao considerar esse panorama fiquei desconcertado e senti-me incapaz, impotente: Josemaria, aqui não podes fazer nada. Essa era a realidade, eu sozinho não conseguiria resultado nenhum; sem Deus, não conseguiria levantar sequer uma palha do chão. Toda a minha pobre ineficácia estava tão patente, que quase fiquei triste; e isso é mau. Pode um filho de Deus entristecer-se? Pode estar cansado, porque puxa o carro como um burrico fiel; mas triste, não. É má coisa a tristeza!Rapidamente, no meio de uma rua pela qual iam e vinham pessoas de todas as partes do mundo, dentro de mim, no fundo do meu coração, senti a eficácia do braço de Deus: tu não podes nada, mas Eu posso tudo; tu és a inépcia, mas Eu sou a Omnipotência. Eu estarei contigo e haverá eficácia! Levaremos as almas à felicidade, à unidade, ao caminho do Senhor, à salvação! Também aqui semearemos paz e alegria abundantes!(...)

Deixou Inglaterra com muito gratas impressões, pois ficou com a ideia clara de que a sua estadia tinha sido providencial, como dizia aos seus filos de Espanha:Só vos digo que penso que é providencial a nossa estadia em Inglaterra e que podem dali sair muitos trabalhos para glória de Deus.Rezai, ponde como sempre, a Nossa Mãe Santa Maria por intercessora e veremos grandes trabalhos do nosso Opus Dei realizados nesta encruzilhada da terra, para bem das almas de todo o mundo”.

In site do Opus Dei

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Assunção da Virgem Santa Maria

Ao terminar a Sua missão na terra, Maria, a Imaculada Mãe de Deus, «foi elevada em corpo e alma à glória do céu» (Pio XII), sendo assim a primeira criatura humana a alcançar a plenitude da salvação.Esta glorificação de Maria é uma consequência natural da Sua Maternidade divina: Deus «não quis que conhecesse a corrupção do túmulo Aquela que gerou o Senhor da vida».É também o fruto da íntima e profunda união existente entre Maria e a Sua missão e Cristo e a Sua obra salvadora. Plenamente unida a Cristo, como Sua Mãe e Sua serva humilde, associada, estreitamente a Ele, na humilhação e no sofrimento, não podia deixar de vir a participar do mistério de Cristo ressuscitado e glorificado, numa conformação levada até às últimas consequências. Por isso, Maria é «elevada ao Céu em corpo e alma e exaltada por Deus como Rainha, para assim Se conformar mais plenamente com Seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte» (LG. 59).Este privilégio, concedido à Virgem Imaculada, preservada e imune de toda a mancha da culpa original, é «Sinal» de esperança e de alegria para todo o Povo de Deus, que peregrina pela terra em luta com o pecado e a morte, no meio dos perigos e dificuldades da vida. Com efeito, a Mãe de Jesus, «glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que se há-de consumar no século futuro» (LG. 68).O triunfo de Maria, mãe e filha da Igreja, será o triunfo da Igreja, quando, juntamente com a Humanidade, atingir a glória plena, de que Maria goza já.A Assunção de Maria ao Céu, em corpo e alma, é a garantia de que o homem se salvará todo: também o nosso corpo ressuscitará! A Assunção de Maria é o penhor seguro de que o homem triunfará da morte!
Uma nota do Autor: Vários sacerdotes fazem hoje anos da sua ordenação. Conheço vários, aos quais endosso os maus Parabéns pela data. Em particular àqueles que me são afectos pela amizade e nestes, o meu Director Espiritual. Relevo igual neste dia para melhor se compreender a diferença entre Maria e os Santos. É que Maria foi a única a ser elevada em corpo e alma aos Céus. Os Santos, a Igreja crê a sua presença nos Céus mas ainda e apenas em alma. Exorto, aos que visitam o SULCO, como também exortou o meu pároco esta manhã, a que rezamos o Terço (hoje os mistérios gloriosos] em família e que rezemos também pelos muitos sacerdotes que se ordenaram nesta data.

A ler ...

Recomendo a leitura do livro "Um ano a caminhar com São Paulo", escrito por D. Anacleto de Oliveira, Bispo Auxiliar de Lisboa.
É um livro belíssimo que nos ajuda a caminhar neste "Ano Paulino", proclamado pelo grande Papa Bento XVI, para celebrar os 2000 anos do nascimento de São Paulo.
É um livro para ser lido ao longo de 1 ano, semana a semana, em 52 encontros [tantas as semanas do ano].
É uma Edição da Gráfica de Coimbra 2.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

(continuação do post anterior)

Diante de Deus nenhuma ocupação é em si mesma grande ou pequena. Tudo adquire o valor do Amor com que se realiza.
Sulco, 487
O heroísmo do trabalho está em "acabar" cada tarefa.
Sulco, 488
Para acabar as coisas, é preciso começar a fazê-las.Parece uma verdade de La Palice, mas falta-te tantas vezes esta simples decisão! E... como se alegra satanás com a tua ineficácia!
Sulco, 492
Não se pode santificar um trabalho que humanamente seja uma trapalhice, porque não devemos oferecer a Deus coisas mal feitas.
Sulco, 493
Uma missão sempre actual e heróica para um cristão corrente: realizar de maneira santa as mais variadas actividades, mesmo aquelas que parecem mais indiferentes.
Sulco, 496
Trabalhemos, e trabalhemos muito e bem, sem esquecer que a nossa melhor arma é a oração. Por isso, não me canso de repetir que havemos de ser almas contemplativas no meio do mundo que procuram converter o seu trabalho em oração.
Sulco, 497
Escreves-me na cozinha, junto ao fogão. Começa a tarde. Está frio. Ao teu lado a tua irmã mais nova - a última que descobriu a loucura divina de viver a fundo a sua vocação cristã - descasca batatas. Aparentemente, vais pensando, o seu trabalho é igual ao de antes. Todavia, há tanta diferença!
É verdade: dantes, "só" descascava batatas; agora, santifica-se descascando batatas.
Sulco, 498
Afirmas que vais compreendendo a pouco e pouco o que quer dizer "alma sacerdotal"... Não te zangues se te respondo que os factos demonstram que o compreendes apenas em teoria. Todos os dias te acontece o mesmo: ao anoitecer, no exame, tudo são desejos e propósitos; de manhã e à tarde, no trabalho, tudo são dificuldades e desculpas.Assim vives o "sacerdócio santo, para oferecer vítimas espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo"?
Sulco, 499
Obstáculos? Às vezes existem. Mas noutras ocasiões inventa-los tu por comodismo ou por cobardia. Com que habilidade cria o diabo esses falsos pretextos para não se trabalhar! Porque bem sabe que a preguiça é a mãe de todos os vícios.
Sulco, 505
Desenvolves uma actividade incansável. Mas não procedes com ordem e, portanto, careces de eficácia. Fazes-me lembrar o que ouvi, em certa ocasião, de lábios muito autorizados. Quis louvar um súbdito diante do seu superior, e comentei: - "Como trabalha!". Deram-me esta resposta: - "Diga antes: como se mexe!...".Desenvolves uma incansável actividade... estéril. Como te mexes!
Sulco, 506
Sabes que o trabalho é urgente, e que um minuto concedido ao comodismo representa um tempo subtraído à glória de Deus. Por que esperas, pois, para aproveitar a sério todos os instantes?Além disso, aconselho-te a pensares se esses minutos que te sobram ao longo do dia (bem somados, fazem horas!) não obedecem à tua desordem ou à tua poltronaria.
Sulco, 509
Quando distribuíres o teu tempo, hás-de pensar também em que vais empregar os espaços livres que se te apresentem a horas imprevistas.
Sulco, 513
É necessário estudar... Mas não é suficiente.
Que se pode conseguir de quem se mata por alimentar o seu egoísmo, ou de quem não persegue outro objectivo senão o de garantir a sua tranquilidade daqui a alguns anos?É preciso estudar... para ganhar o mundo e conquistá-lo para Deus. Então, elevaremos o plano do nosso esforço, procurando que a actividade realizada se converta em encontro com o Senhor, e sirva de base aos outros, aos que hão-de seguir o nosso caminho...Deste modo o estudo será oração.
Sulco, 526
A santidade compõe-se de heroísmos. Por isso, no trabalho pede-se-nos o heroísmo de rematar bem as tarefas que nos cabem, dia após dia, embora se repitam as mesmas ocupações. Se não, não queremos ser santos!
Sulco, 529
Convenceu-me aquele sacerdote nosso amigo. Falava-me da sua actividade apostólica, e garantia-me que não há ocupações pouco importantes. Por baixo deste campo atapetado de rosas, dizia, esconde-se o esforço silencioso de muitas almas que, com o seu trabalho e a sua oração, com a sua oração e o seu trabalho, conseguiram do Céu uma torrente de graças, que tudo fecunda.
Sulco, 530
Coloca na tua mesa de trabalho, no teu quarto, na tua carteira... uma imagem de Nossa Senhora, e dirige-Lhe o olhar ao começar as tuas tarefas, enquanto as realizas, e ao terminá-las. Ela te alcançará - eu to garanto - a força necessária para fazeres da tua ocupação um diálogo amoroso com Deus.
Sulco, 531

Para quem vê o trabalho como algo negativo ...

É comum e reiterado ouvir frases sobre o modo de encarar o trabalho.
Ao Domingo ouve-se "amanhã já é dia de trabalho". À segunda-feira, "fulano tem ar de 2ª feira". Outros referem o trabalho "como uma seca".

O trabalho gera, grosso modo, a fonte de rendimentos de uma família, é certo. Mas o trabalho não pode nem deve ser visto desta forma agonizante, cansativa e material. Muito menos como um obstáculo à felicidade.
Muitos, de certa forma, sofrem de preguiça e muitas vezes de um ócio absoluto. Idealizam o trabalho como uma verdadeira obrigação, o tal "ganha pão" que "tem de ser". É uma agonia suportar o trabalho, o patrão, os colegas. Muitas vezes, somos os tais "injustiçados" porque trabalhamos mais que o parceiro do lado e auferimos menos, em termos comparativos. Enfim, há sempre queixas... somos uns piegas e muitos de nós padecemos de profunda ausência da vida cristã. Adiante.
Fiz uma breve súmula da mentalidade destes tempos. Não tenho a menor das dúvidas que todos nós já passámos ou passamos ainda por esta economia de inteligência que nos reduz à escravidão do nosso mais profundo egoísmo.

Não obstante, São Josemaría ensina-nos algumas coisas no Sulco que, bem apreendidas, podem ser a nossa salvação e o caminho para a santidade a que somos (todos) chamados.

Particularmente, depois de conhecer São Josemaría e a Obra mudei, pela fé e pela vontade da minha própria santificação ( e ouso até dizer pela inteligência que tenho, não mensurável) radicalmente a minha postura diante do estudo, do trabalho, da educação, da família, de Deus, da Igreja...

Voltemos ao trabalho.

Deixo no post seguinte alguns pensamentos do nosso Padre.
Vidé com muita atenção e meditai, pausada e paulatinamente, o seu conteúdo.

Creio que o bem que me fez, será partilhado por todos aqueles que se deixem encantar por São Josemaría.

terça-feira, 12 de agosto de 2008


D. Javier Echevarría: D. Álvaro, um homem de fé, um homem fiel

Nos ultimos quatro anos, a vida e as virtudes de D Álvaro del Portillo foram objecto de estudo por parte de um tribunal da Prelatura do Opus Dei e, paralelamente, por parte de um outro do Vicariato de Roma. Ambos interrogaram numerosas testemunhas em relação ao anterior Prelado do Opus Dei.
O tribunal da Prelatura encerrou as sessões a 7 de Agosto, numa cerimónia que teve lugar na aula magna João Paulo II da Universidade da Santa Cruz, em Roma. Presidiu o Prelado do Opus Dei, D. Javier Echevarría,
“Foi, em primeiro lugar, um homem fiel”, disse D. Javier na sua alocução, falando do seu predecessor no governo da Prelatura. O Prelado recordou que homem fiel significa homem de fé. No caso de D. Álvaro, “fé em Deus, fé na Igreja, fé na origem sobrenatural do Opus Dei e, portanto, no carácter divino da empresa a que o Senhor o tinha chamado a colaborar”. Esta fé é a raiz profunda da sua fidelidade ao fundador, “de quem foi o mais próximo colaborador durante quarenta anos e, depois, o primeiro sucessor à frente do Opus Dei”.
O Prelado acrescentou: “Que D. Álvaro, com a seu inolvidável sorriso e a sua inalterável paz interior, com a sua firmeza no cumprimento do bem e com a sua humildade, nos ajude a irradiar a luz de Cristo no mundo, por meio de um apostolado incessante que comunique às almas a alegria do encontro com Cristo. Recordai os seus ensinamentos e o seu exemplo: tornar amável a verdade, recomendava-nos”.
O processo do Vicariato foi encerrado no passado dia 26 de Junho no palácio Laterano. Foi, na prática, o último acto público do Cardeal Camillo Ruini como Vigário do Papa para a Diocese de Roma.
A causa de D. Álvaro del Portillo é a primeira instruída num tribunal da Prelatura. O postulador da causa, D. Flavio Capucci, explicou que é costume na Igreja que, quando se tem consciência da santidade de um Bispo, seja a sua própria circunscrição eclesiástica a instruir o respectivo processo; daí que a Congregação para as Causas dos Santos tenha reconhecido o Prelado do Opus Dei como Ordinário competente para a instrução desta causa.
Terminada a fase diocesana do processo, o próximo passo será a elaboração da positio, uma biografia do candidato aos altares que deve demonstrar que viveu em grau heróico as virtudes cristãs. A positio será apresentada depois pelo postulador à Congregação para as Causas dos Santos para que a estude e emita.
In site do OD

domingo, 10 de agosto de 2008

Marta Obregón
O Vaticano deu o primeiro passo para a beatificação da jovem espanhola de 22 anos assassinada em 1992 por Pedro Luis Gallego, que queria violá-la. Se a elevação aos altares acontecer, será a primeira mártir da era moderna, pela defesa da virgindade em nome da fé cristã.
In Blogue, Fiat Lux (retirado do jornal DN)

Sacramentos

Há uns tempos atrás, escrevi no Sulco que um dia iria pensar em conjunto com todos aqueles que visitam este blogue sobre os tempos de hoje (no fundo, os nossos tempos); em concreto, uma certa aflição que me faz ao ver a postura assumida em certos Baptizados e Casamentos.
Hoje, mais moderado que "ontem", não pretendo assumir uma posição abrupta, aquela que assumi muitas vezes. Procuro antes a partilha de pensamento.

"Irmã, que podemos fazer perante estes Baptismos e Casamentos que mais parecem actividades obrigatórias [junto da sociedade] para pessoas que pretendem dar ao acto um significado diferente do que é, na realidade?" - perguntei eu a uma Serva de NSF.

Respondeu-me:"Concordo consigo, mas temos de antes e depois fazer um acompanhamento mais estreito por forma a que as pessoas não se desviem. Todos somos chamados ao Baptismo. E no fundo, cada criança baptizada recebe o dom do Espírito Santo. Demos Graças a Deus por isso".
(fiquei-me...)

É uma realidade. Há uns anos atrás, recordo, fui convidado para ser padrinho de Baptismo de um familiar. Aceitei prontamente e com enorma alegria. Sucede que os pais do meu afilhado não têm qualquer prática religiosa. Nem antes, nem depois. O meu afilhado encontra-se longe da Igreja, londe de Deus (que o amou primeiro).
Podia ter feito Caminho, Catequese, Escutismo... e porque não fez ? Não fez pela assunção de vida que os pais têm. Perdi entretanto o contacto com eles. Não obstante, assumo também a responsabilidade de não ter feito nada. Deus pedir-me-á contas disso, estou certo.
Aproveitando este exemplo, recordo que na preparação para o Baptismo, os pais do meu afilhado comentavam "lá vamos nós levar seca do Padre". Esta era a disposição para o Baptismo. Imaginais o cenário ?
E é a disposição de muitos e muitos pais, infelizmente. Ou seja, o Baptismo (para estes) é algo que "cai bem" na sociedade mesmo que depois apenas reste as fotografias do dia para um dia mais tarde se poder dizer (como tantas vezes ouço) "eu acredito em Deus mas não preciso de ir à Igreja. Até fui Baptizado e fiz a 1ª Comunhão". Eis aquilo a que chamo "cadáveres ainda vivos" pois hoje, já estão mortos. Apenas respiram.
É como aqueles que dizem serem "católicos não praticantes".
Ora, ou são praticantes ou não são católicos. Os católicos cumprem reiterada e sucessivamente os Sacramentos. Logo, não se podem dizer católicos. Digam-se cristãos. Ponto.
Desviei-me um pouco do tema. Retomo a linha de pensamento agora com os casamentos.
É ou não verdade que se passa muitas vezes nos casamentos católicos o mesmo que se passa nos Baptizados ?
Muitas vezes, conhecendo as pessoas e o seu estilo de vida (porque não fazem parcimónia em o dizer, revelar) vestem-se de branco, cor de uma pureza que perderam há muito tempo.
Certo, é uma questão de tradição. Mas confesso que me faz alguma confusão.
Percebe-se onde quero chegar ? Isso, falo da castidade, da pureza do nosso corpo para ser entregue ao esposo(a) no dia do casamento que Deus abençoa.
E no dia seguinte olha-se as alianças ainda brilhantes, os vídeos do dia anterior, as fotos já reveladas... mas esquece-se do principal. Aliás, o principal está já (mas ainda não definitivamente) esquecido.
E depois, as separações, os divórcios, os filhos deseducados na fé cristã. Unem-se na Igreja, unem-se duas vidas na Igreja e depois... uma vida totalmente fora da Igreja. Quantos divórcios podiam ser evitados havendo uma Direcção Espiritual... quantos divórcios podiam ser evitados havendo comunhão e oração... Jesus, não é tido nem achado nas decisões, mesmo aquelas que envolvem a indesejada ruptura de duas vidas outrora abençoadas e unidas.
Findo. Não vos escreve um moralista. Escreve alguém com muitos telhados de vidro, o maior pecador que conheço, mas alma em que o Espírito santo faz desejar com grandiosa gana ser, como dizia O Nosso Padre, um cristão, um rebelde. Tento, com muita mediocridade, fazer caminho. Mas como dizia um Padre meu amigo, "os erros dos outros não justificam os teus". E a inversa é também verdadeira. Daí este texto.
São Josemaria dizia de si próprio um rebelde. Porque rejeitava tudo quanto fosse "esterco" (São Paulo) para chamar a si uma vida repleta com Cristo. Isso é ser rebelde. Não quero (não queiram) ser mais um carneiro, na direcção de toda a carneirada.
Uma nota final. A Obra tem-me ajudado muito. Os meus amigos do Opus Dei e o meu Director Espíritual deixam marcas. Não sou o mesmo "pseudo cadáver [em estado latente]". Deixo este testemunho para aqueles que queiram conhecer de perto a Obra. Leiam as Obras do Fundador da Obra, assistam a recolecções, façam Direcção espíritual. Façam caminho. Exorto-vos, como a mim mesmo, a fazê-lo.
Que Deus me e vos ajude a ser verdadeiros soldados, verdadeiros rebeldes. E que possamos ser voz activa junto de todos aqueles que Jesus nos coloca no caminho (incluindo pais e noivos...).
Façamos apostolado.
Um costume eficaz para conseguir presença de Deus: todos os dias, a primeira audiência é com Jesus Cristo.
Sulco, 450

Católico sem oração?... É como um soldado sem armas.
Sulco, 453

Oração: é a hora das intimidades santas e das resoluções firmes.
Sulco, 457

A oração decorre umas vezes de modo discursivo; outras, talvez poucas, cheia de fervor; e, talvez muitas, seca, seca, seca... Mas o que importa é que tu, com a ajuda de Deus, não te desalentes.Pensa na sentinela que está no seu posto: desconhece se o Rei ou o Chefe do Estado se encontra no palácio; não sabe o que essa pessoa faz, nem a pessoa importante sabe, na maioria dos casos, quem a guarda.Nada disto acontece com o nosso Deus: Ele vive onde tu viveres; ocupa-se de ti; conhece-te e conhece os teus pensamentos mais íntimos... Não abandones a guarda da oração!
Sulco, 463

A mortificação é a ponte levadiça que nos proporciona a entrada no castelo da oração.
Sulco, 467

Acostuma-te a rezar orações vocais, de manhã, ao vestir-te, como os meninos. E terás mais presença de Deus depois, durante o dia.
Sulco, 473

O Terço é eficacíssimo para os que empregam como arma a inteligência e o estudo. Porque essa aparente monotonia de crianças falando com a mãe, ao implorar graças a Nossa Senhora, vai destruindo todo o germe de vanglória e de orgulho.
Sulco, 474

Santos desta semana

11 de Agosto
Santa Clara de Assis
Santa Susana (Mártir nos primeiros séculos)
Beato Maurício Tornay (Mártir)
12 de Agosto
Beato Amadeu da Silva (Sacerdote)
Beato João de Riéti (Religioso)
Santa Hilária (Mártir)
13 de Agosto
Santos Ponciano e Hipólito (Mártires)
São Cassiano de Ímola (Mártir)
14 de Agosto
São Maximiliano Maria Kolbe (Mártir)
Santa Anastácia
Beata Isabel Renzi (Fundadora)
15 de Agosto
Assunsção de Nossa Senhora
Nossa Senhora da Lapa
São Tarcísio (Mártir)
16 de Agosto
Santo Estevão da Hungria (Rei)
São Roque
17 de Agosto
Santa Clara de Montefalco (Religiosa)
Beato Ângelo Agostinho Mazzinghi (Religioso)
São jacinto (Religioso)São Mamede
São Mamés
Não?... Porque não tiveste tempo?... Tens tempo. Além disso, que obras serão as tuas, se não as meditaste na presença do Senhor, para as orientares? Sem essa conversa com Deus, como poderás acabar com perfeição a actividade do dia? Olha, é como se alegasses que te falta tempo para estudar, porque estás muito ocupado em dar aulas... Sem estudo, não se pode dar bem uma aula.A oração está antes de tudo. Se pensas assim e não o pões em prática, não me digas que não tens tempo; simplesmente, não queres fazê-la!
Sulco, 448

sábado, 9 de agosto de 2008

O tribunal da Prelatura encerra a fase instrutória da causa de canonização de D. Álvaro

Nos últimos quatro anos, a vida e as virtudes de D. Álvaro del Portillo (1914-1994) foram objecto de estudo por parte de um tribunal da Prelatura do Opus Dei e, paralelamente, por parte do tribunal do Vicariato de Roma. Ambos interrogaram numerosas testemunhas que conviveram com o anterior Prelado do Opus Dei.No próximo dia 7 de Agosto às 11H00, o tribunal da Prelatura encerrará as suas sessões, numa cerimónia que terá lugar na aula magna "João Paulo II" da Universidade da Santa Cruz, em Roma, a que presidirá o Prelado, D. Javier Echevarría.O processo do Vicariato foi encerrado no passado dia 26 de Junho no palácio do Laterano. Foi, na prática, o último acto público do Cardeal Camillo Ruini como Vigário do Papa para a Diocese de Roma.
Terminada a fase diocesana do processo, o próximo passo será a elaboração da positio, uma biografia do candidato aos altares que deve demonstrar que viveu em grau heróico as virtudes cristãs. A positio há-de ser apresentada pelo postulador da causa de canonização; no caso de Álvaro del Portillo, o postulador é D. Flavio Capucci.A positio é enviada depois à Congregação para as Causas dos Santos para que a estude e emita o seu ditame.
Site Opus Dei

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O Opus Dei não é um museu de santos [exorto à leitura]

Entrevista a Monsenhor Jorge Ramos, sacerdote português e actualmente Vigário Regional do Opus Dei na Croácia, publicada na revista Sábado do passado dia 24 de Julho.

Podia ter sido um bom engenheiro electrotécnico formou-se com média de 16 na universidade do Porto. Tornou-se sacerdote já depois de ter entrado para a Obra, O português que há cinco anos é o Vigário Regional do Opus Dei na Croácia vive num apartamento de Zagreb com outros 10 membros e desloca-se de transportes ou em carro emprestado, porque ainda não tem automóvel. A conversa com a decorreu ao telefone e por email – escreveu mais de 22 mil caracteres para responder às perguntas, num teclado sem cedilhas nem acentos.

Como surgiu este desafio para "fundar" o Opus Dei na Croácia?
O convite do Prelado [o espanhol D. Javier Echevarría, líder da Obra) foi-me dirigido, na Páscoa de 2003, através do vigário do Opus Dei em Portugal. Graças a Deus, pude responder imediatamente que sim. Falei depois directamente com o Prelado, que me respondeu: "Que grande alegria que me deste." Diz que quando organiza projectos de expansão sente a necessidade de contar também com algum português.
Porquê?
Os portugueses são em geral muito bem recebidos em todos os lugares. Há portugueses nas comissões regionais da Holanda, do Brasil, da Costa do Marfim e da África do Sul, onde o primeiro vigário regional também foi português.
Como é que se instalaram?
Há uns anos que alguns fiéis da Prelatura faziam viagens periódicas a Zagreb. Alugaram um andar num edifício conhecido como Pequeno Vaticano (porque pertenceu à Igreja nos anos 50). Dois dias depois de chegarmos, dei a minha primeira meditação em croata a dois jovens universitários vizinhos nossos, no andar ainda em obras.
Quem o acompanhou no início de operações?
O grupo tinha mais quatro pessoas escolhidas pelo Prelado: um sacerdote de Madrid, um economista mexicano, um médico e um físico, ambos croatas. Os meus quatro amigos são membros do conselho do vigário para os homens: ajudam-me na tarefa de governo do Opus Dei. A assessoria regional [para as mulheres] é dirigida por uma croata que vivia no Peru.
Antes de começarmos, estivemos cinco dias em Roma, para receber formação.
Como é que aprendeu a língua?
Estudei durante dois meses mais de dez horas por dia e tinha três aulas por semana com um professor de inglês da Academia Militar. Procurei aprender o essencial para poder celebrar a missa, pregar e confessar. Quando celebrei pela primeira vez em croata, as pessoas comentaram que falava croata como o Papa João Paulo II. As dificuldades trouxeram uma vantagem: mais capacidade para escutar. Os fiéis apreciam quando o sacerdote ouve sem interromper.
Alguma vez não percebeu os pecados que lhe estavam a ser transmitidos?
Penso que percebi sempre. Mas no princípio era mais difícil o diálogo. Com o meu companheiro sacerdote espanhol aconteceu um episódio engraçado: queria dizer uma vez que tinha "dois" irmãos sacerdotes, mas as pessoas entenderam "doze" - houve jornalistas que lhe telefonaram para fazer uma entrevista com esse pretexto.
Quantos numerários (membros que vivem em celibato, em centros da Obra) há na Croácia?Cerca de 20, mais ou menos o mesmo número de homens e de mulheres. Há pessoas de todas as profissões: estudantes, médicos, advogados, engenheiros, professores, polícias, empregados e donas de casa.
Como se explica a um numerário que entra na obra o uso do cilicio, das disciplinas e outras práticas de mortificação corporal? Nunca houve reacções estranhas?
(Ri-se.) Em geral as pessoas são receptivas. As práticas de mortificação são livres e não se impõem a ninguém. Digo que são práticas que ajudam a oferecer a Deus um pequeno sacrifício, uma maneira de pagar a dívida que temos para com Deus. Sem mortificação não há progresso na vida espiritual. A mortificação é a ponte levadiça que permite o acesso ao castelo da oração.
Também segue as práticas de mortificação?
Naturalmente vivo as práticas que S. Josemaria Escrivã [fundador do Opus Dei] recomendou: esforço-me por acabar bem o trabalho, por atender com cordialidade as pessoas, por ter paciência com as 50 a 100 pessoas que confesso cada dia, etc. Nem sempre sou bem sucedido, mas esforço-me por não desistir. Uso as disciplinas uma vez por semana, como é prática tradicional, e o cilício duas horas por dia, excepto ao domingo e nos dias de festa da Igreja. O Opus Dei não é um museu de santos, mas sim um laboratório de pecadores. O processo de conversão destes pecadores em santos é longo e laborioso. Como dizia S. Josemaria, às vezes um sorriso pode custar mais que uma hora de cilício.
Já há uma lista de livros interditos na Croácia?
Ainda não, mas temos boas livrarias onde sabemos que os donos seleccionam os livros e podemos recomendar com segurança: os títulos são seguros quanto à doutrina do ponto de vista religioso. E do ponto de vista filosófico e cultural, nestas livrarias o material é bom.
E já analisaram os romances croatas?
Ainda não fizemos isso, é um trabalho que tem de se fazer pouco a pouco. Mas os grandes autores croatas são católicos e de qualidade. À medida que formos lendo podemos avaliar. A atribuição de valores de 1 a 6 é só uma espécie de classificação que ajuda a escolha do futuro leitor. Algumas obras são bastante negativas e não vale a pena perder tempo a lê-las. Sabemos como é importante defender a nossa fé dos micróbios que a podem prejudicar. Sabemos como é necessário alimentar essa fé com leituras adequadas.
Como é o seu dia-a-dia normal?
Habitualmente levanto-me por volta das 6 h e depois de fazer meia hora de oração celebro a Santa Missa. Depois dedico algum tempo às orações do Breviário e à leitura espiritual. Durante a manhã confesso cerca de quatro horas cada dia na catedral de Zagreb e durante a tarde nos centros do Opus Dei, onde temos meios de formação para distintos públicos.
Recebe salário por ser vigário regional?
Não. Os nossos sacerdotes não recebem pelo seu trabalho. Assim podemos viver melhor o desprendimento dos bens materiais e a rectidão de intenção.
Quantos centros têm e como se financiam?
Há um centro masculino e um feminino, que é também residência de estudantes. Cada centro tem dez numerários, que contribuem com o seu salário. E recebemos alguns donativos.
Há algum relatório sobre cada membro?
Vivemos num ambiente pequeno, conhecemo-nos todos bem, não é necessário grandes informações. Temos um pequeno ficheiro com nome, morada e contactos de cada membro, mas nada mais.
Há numerárias auxiliares [mulheres que se ocupam das tarefas domésticas] no apartamento onde vive com os outros 10 membros da Obra?
Ainda não. Mas é uma questão de tempo. Aqui há muitas raparigas que se dedicam trabalhos domésticos. É muito natural que entrem na Obra e pensem que podem ajudar dessa forma. Na nossa casa, as tarefas domésticas são de uma amiga da mãe de um dos numerários. Quando não está a senhora, tratamos nós disso. Mas não é a mesma coisa - quando a senhora nos ajuda, podemos dedicar-nos a outras tarefas.
Desempenham algum tipo de trabalho de assistência social aos mais pobres?
Fizemos vários trabalhos de voluntariado social em zonas que foram especialmente afectadas pela guerra de 1991-95. Numa ocasião, uma jovem mãe com dois filhos pediu-me uma máquina de lavar roupa. Falei com um amigo que se ofereceu para resolver o problema. Foi à missa, rezou para encontrar uma solução, e ao sair da missa, pegou num jornal de anúncios, abriu ao acaso e encontrou uma máquina a preço muito favorável - era de uma pessoa que queria mudar de casa e não podia transportar a máquina pois morava no oitavo andar. Pediu a dois rapazes que se encontravam na rua que o ajudassem a transportar a máquina e ao final da tarde a jovem mãe estava toda contente com a sua nova máquina em segunda mão, mas em boas condições.
Como reagem os croatas quando sabem que vigário regional é estrangeiro?
Ser português é um bom cartão de apresentação. O facto de me esforçar para aprender bem a língua também é muito apreciado.
Admite trocar a Croácia por outro país?
Tudo depende do Prelado. Naturalmente que depois de dedicar tantos esforços a aprender a língua não é desejável mudar imediatamente. Mas a minha vida tem sido uma verdadeira aventura. A Deus pertence decidir qual será o próximo episódio - espero que seja crescer na Croácia, com uma nova residência em Zagreb e um novo centro em Split.

In site do Opus Dei

domingo, 3 de agosto de 2008

Sinceridade na direcção espiritual

Conhecem muito bem as obrigações do vosso caminho de cristãos, que os hão-de levar sem parar e com calma à santidade; também estão precavidos contra as dificuldades, praticamente contra todas, porque já se vislumbram desde o princípio do caminho. Agora insisto em que se deixem ajudar e guiar por um director de almas, a quem confiem todos os entusiasmos santos, os problemas diários que afectarem a vida interior, as derrotas que sofrerem e as vitórias.

Nessa direcção espiritual mostrem-se sempre muito sinceros: não deixem nada por dizer, abram completamente a alma, sem medo e sem vergonha. Olhem que, se não, esse caminho tão plano e tão fácil de andar complica-se e o que ao princípio não era nada acaba por se converter num nó que sufoca.

Não penseis que os que se perdem caem vítimas de um fracasso repentino; cada um deles errou no princípio do seu caminho ou então descuidou por muito tempo a sua alma, de modo que, enfraquecendo progressivamente a força das suas virtudes e crescendo pelo contrário, pouco a pouco, a dos vícios, veio a desfalecer miseravelmente... Uma casa não se desmorona de repente por um acidente imprevisível: ou já havia algum defeito nos alicerces ou o desleixo dos que a habitavam se prolongou por muito tempo, de modo que os defeitos, a princípio pequeníssimos, foram corroendo a firmeza da estrutura, pelo que, quando chegou a tempestade ou surgiram as chuvas torrenciais, ruiu sem remédio, pondo a descoberto o antigo descuido.

Lembram-se da história do cigano que se foi confessar?
Não passa de uma história, de uma historieta, porque da confissão nunca se fala e, além disso, estimo muito os ciganos. Coitadinho! Estava realmente arrependido: Senhor Padre, acuso-me de ter roubado uma arreata...- pouca coisa, não é? - e atrás vinha uma burra...; e depois outra arreata...; e outra burra... e assim até vinte.

Meus filhos, o mesmo acontece no nosso comportamento: quando cedemos na arreata, depois vem o resto, a seguir vem uma série de más inclinações, de misérias que aviltam e envergonham; e acontece o mesmo na convivência: começa-se com uma pequena falta de delicadeza e acaba-se a viver de costas uns para os outros, no meio da indiferença mais gelada.

In Amigos de Deus

Agora és meu [aos mais novitos]

- “Jesus veio à minha alma como vem o amor sicut fur”, como um ladrão, comentava Josemaria, no momento mais inesperado e enchendo de doçura a minha vida… disse: Agora és meu.
Estava-se nos dias do Natal de 1917.
Josemaria tinha 15 anos. Como todos os anos as luzes do presépio iluminavam a sala. Uma noite, enquanto dormia, os flocos de neve caíam silenciosamente na cidade de Logronho. Nevou tanto que o facto foi notícia no jornal. Bem sabia o Relojoeirinho não ser em vão que Deus cobrira de branco a
cidade… a alma de Josemaria estava preparada para um chamamento decisivo do Céu.
-Vale a pena, vale a pena!, cantou logo de manhãzinha o Relojoeirinho.
Durante a noite, tinha rezado sem parar; sabia que Deus revelaria a Josemaria qualquer coisa de
muito importante nesse dia e tinha de estar alerta contra o demónio, pois desde há um tempo via-o a rondar o rapazinho. A luz da sua fronte não lhe tinha passado despercebida e era claro como água que Josemaria era cada vez mais de Deus.
Como todos os dias, Josemaria levantou-se à hora fixa e rezou as suas orações.
“Todos os meus pensamentos, todas as minhas palavras e as obras todas do meu dia, eu tas ofereço, Senhor, e a minha inteira por amor.”
- E a vida inteira por amor, sugeria ao seu ouvido o Relojoeirinho.
E preparou-se para sair para a rua. Nessa manhã, o frio penetrava até aos ossos: muito
agasalhado e com grossas botas tentava abrir caminho na neve. Ia com cautela, olhando por onde pisava; não queria escorregar e cair na neve fria e húmida. De repente viu uma coisa que o deixou paralisado:
Umas pegadas… Pegadas de um frade descalço… E descalço na neve!!
Efectivamente, um carmelita tinha passado por ali há pouco tempo, pelo mesmo caminho, para
celebrar missa nalgum convento próximo. O facto fê-lo estremecer no seu interior. E olhando
fixamente aquelas pegadas, reflectiu:
-E eu…? Que faço eu pelo meu Deus? Se outros fazem tantos sacrifícios por amor de Deus, não
serei eu capaz de lhe oferecer nada?
O seu Anjo rezava sem parar por ele. Josemaria começou desde então a perguntar-se a si próprio:
-Deus quer “alguma coisa” de mim… mas o que será?
Ama e procura a ajuda de quem dirige a tua alma. Na direcção espiritual, põe a nu o teu coração, totalmente - apodrecido, se estiver apodrecido! -, com sinceridade, com vontade de te curares; se não, essa podridão não desaparecerá nunca.
Se recorreres a uma pessoa que só pode limpar a ferida superficialmente..., és um cobarde, porque no fundo vais ocultar a verdade, com prejuízo para ti próprio.
Forja, 128

Santos desta semana

04 de Agosto
São João Maria Vianney [Sacerdote]
05 de Agosto
Dedicação de Santa Maria das Neves
Santo Abel de Reims [Bispo]
Santo Emídio [Mártir]
06 de Agosto
A Transfiguração do Senhor
São Justo e São Pastor [Mártires]
07 de Agosto
São Sisto II [Papa] e companheiros mártires
São Caetano [Fundador]
Santo Alberto de Trápani [Sacerdote]
Beatos Agatângelo de Vendôme e Cassiano de Nantes [Mártires]
08 de Agosto
Santos Auxiliadores
São Domingos [Fundador]
Beata Maria Margarida do Sagrado Coração [Fundadora]
09 de Agosto
Santa Teresa Benedita da Cruz - Edith Stein [Religiosa, Fundadora]
Beato Carlos Maria Leisner [Sacerdote]
São Samuel de Edessa
São João de Fermo ou da Alvérnia [Religioso]
10 de Agosto
São Lourenço [Mártir]
Santa Filomena