domingo, 22 de fevereiro de 2009

Bento XVI pede orações para cumprir «fielmente» a sua missão

Bento XVI pediu este Domingo as orações dos fiéis para o bom desempenho da sua missão, como Papa, frisando que ele é “chamado a desempenhar um serviço peculiar em relação a todo o Povo de Deus”.
O Papa falava na recitação do Angelus, perante os fiéis reunidos no Vaticano, no dia em que a Igreja celebra a festa da Cátedra de São Pedro, que “simboliza a autoridade do Bispo de Roma”.
“Esta festa oferece-me a ocasião para vos pedir que me acompanheis com as vossas orações, para que possa desempenhar fielmente a alta responsabilidade que a Providência divina me confiou como Sucessor do Apóstolo Pedro”, disse.
A festa da Cadeira de São Pedro era já celebrada neste dia em Roma no século IV, para significar a unidade da Igreja.
Bento XVI afirmou que logo depois dos martírio de São Pedro e São Paulo (Séc. I), foi reconhecido à Igreja de Roma o papel primacial em toda a comunidade católica, papel já atestado no século II por Santo Inácio de Antioquia e Santo Ireneu de Lyon. Este ministério específico do Bispo de Roma foi reafirmado pelo Concílio Ecuménico Vaticano II.
Mais tarde, o Papa recordou o iminente início da Quaresma, na próxima Quarta-feira, “com o sugestivo rito das Cinzas. Que Maria nos abra o coração à conversão e à escuta dócil da Palavra de Deus”.
Na sua catequese, Bento XVI começara por evocar o Evangelho do dia, o episódio do paralítico perdoado e curado: “Esta passagem evangélica mostra que Jesus tem o poder não só de sanar o corpo doente, mas também de perdoar os pecados”.
“Mais ainda: a cura física é sinal da cura espiritual que produz o perdão. Na verdade, o pecado é uma espécie de paralisia do espírito, da qual só o poder do amor misericordioso de Deus nos pode libertar, permitindo-nos levantar de novo, para retomar o caminho do bem”, acrescentou.
Ecclesia

Santos desta semana

23 de Fevereiro
São Policarpo [Bispo, mártir]
Beata Rafaela Ibarra [Fundadora do Instituto dos Santos Anjos da Guarda]
24 de Fevereiro
São Sérgio [Mártir]
São Lázaro, pintor de imagens [Monge]
Beata Josefa Naval Girbés [Virgem]
25 de Fevereiro
Santo Avertano e Beato Romeu [Confessores]
Beato Sebastião de Aparício [Confessor]
Beatos Luís Versiglia e Calisto Caravário [Mártires]
26 de Fevereiro
São Porfírio de Gaza [Bispo]
São Nestor [Bispo, mártir]
São Vítor de Arcis [Confessor]
27 de Fevereiro
São Gabriel das Dores [Confessor]
São Leandro [Bispo]
Beata Maria Deluil-Martiny [Fundadora das Filhas do Coração de Jesus]
Beata Francisca ana das Dores de Maria [Religiosa]
28 de Fevereiro
São Torcato [Bispo]
Santos Romão e Lupicino, franceses [Religiosos]
Beato Daniel Brottier [Religioso]
Beato Augusto Chapdelaine [Religioso]
01 de Março
São Rosendo [Bispo]
Santo Albino [Bispo]
Santa Eudóxia [Mártir]

Canonização a 26 de Abril

A cerimónia de canonização do Beato Nuno de Santa Maria, D. Nuno Álvares Pereira, terá lugar no próximo dia 26 de Abril. O anúncio foi feito pela Santa Sé, no final do Consistório deste Sábado, presidido pelo Papa.
O Consistório Público Ordinário representou o passo final do processo para a canonização do Santo Condestável. Juntamente com o novo santo português serão canonizados Arcangelo Tadini, Bernardo Tolomei, Gertrude (Caterina) Comensoli e Caterina Volpicelli.
Outras cinco canonizações terã lugar a 11 de Outubro.
O homem que conduziu este processo no Vaticano, Cardeal José Saraiva Martins, referiu à Agência ECCLESIA que "depois de tanto tempo e tantos anos chegou ao seu termo a causa de canonização desta grande figura da hagiografia portuguesa”, frisando que “a canonização vai ser um dia histórico”.
O prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos revela “um sentimento de gratidão a Deus pelo privilégio que me deu por poder concluir praticamente o processo de canonização do Beato Nuno Alvares Pereira”.
“É um dom de Deus à Igreja portuguesa, que todos os portugueses devemos agradecer”, assegura.
Quanto ao local, o Cardeal Saraiva Martins lembra que “o princípio é que as canonizações sejam feitas em Roma” e as beatificações nas igrejas locais. “Se não houve nenhum pedido por parte de Portugal, é natural que seja em Roma”, sublinha.
O Cardeal português diz que “todos os santos são modelos para serem imitados” e no caso do Beato Nuno: destaca “a caridade para com os pobres”.
Hoje, com os pobres a aumentar, a mensagem do Nuno Álvares Pereira é “extremamente actual”.
“É um modelo muito interessante”, assinala D. José Saraiva Martins, que lembra ainda a devoção do Santo Condestável a Nossa Senhora.
O Beato Nuno de Santa Maria (1360-1431) foi beatificado em 1918 por Bento XV e nos últimos anos, a Ordem do Carmo (onde ingressou em 1422), em conjunto com o Patriarcado de Lisboa, decidiram retomar a defesa da causa da canonização. A sua memória litúrgica celebra-se, actualmente, no dia 6 de Novembro.
O processo de canonização foi reaberto no dia 13 de Julho de 2003, nas ruínas do Convento do Carmo, em Lisboa.
A cura milagrosa reconhecida pelo Vaticano foi relatada por Guilhermina de Jesus, uma sexagenária natural de Vila Franca de Xira, que sofreu lesões no olho esquerdo por ter sido atingida com salpicos de óleo a ferver quando estava a fritar peixe.
A cura de Guilhermina de Jesus, depois de ter pedido a intervenção do Santo Condestável, foi observada por diversos médicos em Portugal e foi analisada por uma equipa de cinco médicos e teólogos em Roma, que a consideraram miraculosa.
A história deste processo já poderia ter conhecido o seu epílogo quando, em 1947, o papa Pio XII se manifestou interessado em canonizar o Beato português por decreto. O estado de uma Europa destruída pela II Guerra Mundial fez, porém, com que a Igreja portuguesa recusasse este motivo de festa.
Trabalhos levados a cabo pelos Cardeais Patriarcas de Lisboa D. José III (1883-1907) e D. António I (1907-1929), secundados pela Ordem do Carmo, culminaram com o Decreto da Congregação dos Ritos “Clementissimus Deus” de 15 de Janeiro de 1918, ratificado e aprovado pelo Papa Bento XV em 23 do mesmo mês e ano. Esses trabalhos, retomados pelo Episcopado Português, culminaram com a já referida permissão de Pio XII para que o processo da canonização prosseguisse.

Agência Ecclesia

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Santos desta semana

16 de Fevereiro
Santos Elias, Jeremias, Isaías, Samuel e Daniel [Mártires]
Santo Onésimo [Bispo, mártir]
Santo Honesto [Mártir]
Beata Filipa Mareria [Virgem]
Beato José Allamano [Sacerdote]
17 de Fevereiro
Os sete Santos Fundadores dos Servitas
São Silvino [Bispo]
Santa Mariana [Virgem]
18 de Fevereiro
São Teotónio [Primeiro Prior de Santa Cruz de Coimbra]
Santa Bernadette [Religiosa]
Beato João de Fiésole (Frá Angélico) [Religioso]
Beato Francisco Régis Clet [Religioso, mártir]
Beata Gertrudes Comensoli [Religiosa]
19 de Fevereiro
São Conrado de Placência [Confessor]
Mártires da Terra Santa
São Gabino [Mártir]
20 de Fevereiro
Beatos Francisco e Jacinta Marto [Confessores]
Santo Euquério [Bispo]
Santo Eleutério [Bispo, confessor]
Beata Amada [Religiosa]
21 de Fevereiro
São Pedro Damião [Doutor da Igreja, bispo]
Beato Natal ou Noel Pinot [Pároco, mártir]
Beata Maria Henriqueta Domicini [Religiosa]
22 de Fevereiro
Cadeira de São pedro
beta Isabel de França [Religiosa]

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Festa do 14 de Fevereiro

Em 14 de Fevereiro de 1930, S. Josemaria entendeu com profundidade que Deus chamava as mulheres a fazerem parte do Opus Dei. Treze anos mais tarde (em 1943), viu que Deus também chamava os sacerdotes.
Um Cd a ouvir.
Este CD não está à venda. Será solicitado ao Carmelo de S. José, só por telefone,mediante um donativo para as nossas obras, para cobrir as despesas do CD e do correio.Estarão desta forma a contribuir para ajudar as obras do nosso Carmelo.[(+351) 249 531 627, das 09.30 h às 17.00h]

Site do Opus Dei disponível para telemóveis

Foi criada uma versão do site especialmente feita para telemóveis que se encontra disponível em 30 línguas. O endereço da versão portuguesa é www.opusdei.pt/mobile
Desde há algum tempo que muitas pessoas, na sua maioria jovens, solicitavam uma versão do site do Opus Dei para telemóveis e PDAs. Nesse sentido, o Gabinete de Informação do Opus Dei criou uma versão do actual site especialmente pensada em dispositivos móveis. Esta versão mobile não é tão completa quando a original mas contém as secções mais lidas do actual site.
A versão mobile do site do Opus Dei encontra-se disponível no endereço www.opusdei.pt/mobile
A página principal dessa versão contém as últimas notícias publicadas e ligações às seguintes secções :
- "O que é o Opus Dei",
- “Sobre São Josemaria” que para além da sua biografia, contém a estampa para rezar e textos seus para cada dia do ano
- “Prelado” que publica as últimas notícias sobre o Prelado do Opus Dei bem como as suas cartas pastorais.
Além disso, em função das características e capacidade do telemóvel poder-se-á aceder a vídeos ou fazer “downloads” de arquivos em áudio ou pdf. Com esta iniciativa, o Gabinete de Imprensa do Opus Dei pretende dar a sua contribuição para ir ao encontro dos pedidos do Papa Bento XVI, que se expressava assim no passado dia 18 de Dezembro: “Para que a Igreja continue presente com a sua mensagem no “grande areópago” da comunicação, como dizia João Paulo II, e não se sinta alheia aos espaços onde uma infinidade de jovens navega em busca de respostas e de sentido para as suas vidas, tendes que encontrar os caminhos para difundir, com formas novas, vozes e imagens de esperança através da rede telemática que envolve o nosso planeta com malhas cada vez mais apertadas”.
Para facilitar o acesso, quando se acede à versão clássica (http://www.opusdei.pt/) a partir de um telemóvel, surge um link para a versão mobile no início da página principal.
No ano de 2008, em Portugal, o site do Opus Dei foi acedido por quase 200 mil pessoas que consultaram, no total, cerca de meio milhão de páginas.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Permiti-me narrar um facto da minha vida pessoal, ocorrido já há muitos anos. Certo dia, um amigo de bom coração, mas que não tinha fé, disse-me, indicando um mapa-mundi:
- Ora veja, de norte a sul e de leste a oeste.
- Que queres que eu veja?
- O fracasso de Cristo. Tantos séculos a procurar meter na vida dos homens a sua doutrina, e veja os resultados..
Num primeiro momento, enchi-me de tristeza: é uma grande dor, efectivamente, considerar que são muitos os que ainda não conhecem o Senhor e que, entre aqueles que O conhecem, são muitos também os que vivem como se O não conhecessem.Mas essa impressão durou apenas um instante, para logo dar lugar ao amor e à acção de graças, porque Jesus quis que cada um dos homens fosse cooperador livre da sua obra redentora. Cristo não fracassou: a sua doutrina está continuamente a fecundar o Mundo. A redenção realizada por Ele é suficiente e superabundante.Deus não quer escravos, mas sim filhos e, portanto, respeita a nossa liberdade. A salvação continua e nós participamos dela: é vontade de Cristo que - segundo as palavras fortes de S. Paulo - cumpramos na nossa carne, na nossa vida, o que falta à sua Paixão, pro Corpore eius, quod est Ecclesia, em benefício do seu corpo, que é a Igreja.Vale a pena jogar a vida, entregar-se por inteiro, para corresponder ao amor e à confiança que Deus deposita em nós. Vale a pena, acima de tudo, que nos decidamos a tomar a sério a nossa fé cristã. Quando recitamos o Credo, professamos crer em Deus Pai Todo-Poderoso, em seu Filho Jesus Cristo que morreu e foi ressuscitado, no Espírito Santo, Senhor que dá a vida. Confessamos que a Igreja una, santa, católica e apostólica, é o corpo de Cristo, animado pelo Espírito Santo. Alegramo-nos com a remissão dos nossos pecados e com a esperança da futura ressurreição. Mas, essas verdades penetrarão até ao fundo do coração ou ficarão apenas nos lábios? A mensagem divina de vitória, alegria e paz do Pentecostes deve ser o fundamento inquebrantável do modo de pensar, de reagir e de viver de todo o cristão.
Cristo que Passa

Medita . . .

Deus ama-te como és.
Mas ama-te tanto que não te deixa permanecer como és.

Santos desta semana

09 de Fevereiro
Santa Apolónia [Virgem]
São Miguel Febres Cordero [Religioso]
10 de Fevereiro
Santa Escolástica [Virgem]
Beato Luís Stepinac [Bispo]
Santa Sotera [Virgem, mártir]
Beato Arnaldo [Abade]
11 de Fevereiro
Nossa Senhora de Lurdes
Santo Adolfo [Bispo]
12 de Fevereiro
Santa Eulália de Barcelona [Mártir]
Santo António Cauleas [Patriarca]
13 de Fevereiro
São Martiniano [Ermitão]
Beato Jordão da Saxónia [Religioso]
Beata Cristina de Espoleta [Virgem]
São Benigno [Mártir]
14 de Fevereiro
São Cirilo e São Metódio [Bispos, apóstolos dos eslavos]
São Valentim [Sacerdote e Bispo]
São Marão [Solitário]
São João Baptista da Conceição [Religioso]
15 de Fevereiro
Santos Faustino e Jovita [Mártires]
São Cláudio La Colombière [Sacerdote]

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Um Cd a ouvir.
Este CD não está à venda. Será solicitado ao Carmelo de S. José, só por telefone,mediante um donativo para as nossas obras, para cobrir as despesas do CD e do correio.Estarão desta forma a contribuir para ajudar as obras do nosso Carmelo.[(+351) 249 531 627, das 09.30 h às 17.00h]

Carta do Prelado (Fevereiro 2009)

Queridíssimos: que Jesus me guarde as minhas filhas e os meus filhos!
A oração é e será sempre a primeira arma para conseguir o dom divino da união dos cristãos. Procurámos usá-la de modo particular nas últimas semanas, por ocasião do oitavário pela unidade, que, neste ano – dedicado a S. Paulo – teve uma especial relevância.
Além disso, no Opus Dei, como S. Josemaria recomendava, todos os dias rezamos pro unitate apostolatus, pedindo a Deus que todos os que invocam o nome de Jesus Cristo e O reconhecem como Senhor cheguem a ser, quanto antes, um só rebanho sob um só pastor.
Quero agora recordar-vos que, juntamente com a oração, toda a tarefa apostólica – também, portanto, o trabalho a favor da unidade dos cristãos – deve ser acompanhada pela expiação alegre e generosa, que nos une estreitamente a Jesus Cristo. Não esqueçamos que, na Cruz, Nosso Senhor nos redimiu dos nossos pecados e nos abriu o caminho para nos identificarmos com Ele.
O nosso Padre costumava dizer que a mortificação é «a oração dos sentidos». Temos de amar Cristo na Cruz e partilhar com Ele as nossas pequenas e grandes contrariedades – para além da penitência pessoal e voluntária –, felizes por podermos colaborar no crescimento do Corpo Místico, como o Apóstolo nos ensina. Alegro-me agora nos sofrimentos por vós e completo na minha carne o que falta aos sofrimentos de Cristo, pelo Seu Corpo, que é a Igreja.
Em muitos lugares não se compreende o valor de purificação e corredenção que tem a dor aceite e oferecida em união com Jesus Cristo. É extremamente actual a consideração de S. Josemaria numa das Estações da Via Sacra: «Há no ambiente uma espécie de medo da cruz, da Cruz do Senhor. Tudo porque começaram a chamar cruzes a todas as coisas desagradáveis queacontecem na vida, e não sabem aceitá-las com sentido de filhos de Deus, com visão sobrenatural. Até tiram as cruzes que os nossos avós levantaram nos caminhos!...
Na Paixão, a Cruz deixou de ser símbolo de castigo para se converter em sinal de vitória. A Cruz é o emblema do Redentor: in quo est salus, vita et ressurrectio nostra, ali está a nossa salvação, a nossa vida e a nossa ressurreição».
Convido-vos a aprofundar nestas palavras, especialmente nas próximas semanas, ao pre­parar-nos para celebrar o dia 14 de Fevereiro – dia de acção de graças no Opus Dei, por ser ani­versário de duas datas fundacionais –, e também na última semana do mês, por ocasião do tempo da Quaresma.
Ao referir-se a estes momentos fundacionais – o começo do trabalho apostólico da Obra com as mulheres, em 1930, e o da Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, em 1943 –, o nosso Padre transbordava de agradecimento a Deus. No facto destes dois eventos da história da Obra terem coincidido na mesma data, se bem que em anos diferentes, S. Josemaria descobria uma particular demonstração da Providência divina.
Por um lado, via nessa coincidência uma manifestação da unidade essencial entre os diversos membros do Povo de Deus que compõem a Obra. Ao mesmo tempo, S. Josemaria com­preendeu com nova clareza que Cristo na Cruz há-de presidir a todas e a cada uma das actividades dos membros do Opus Dei. Em Agosto de 1931, o Senhor tinha-lhe feito entender que desejava que os homens e as mulheres de Deus pusessem a Cruz no cume de todas as actividades humanas, mediante o seu trabalho profissional santificado e santificante. Este desejo divino ficava ratificado a 14 de Fevereiro de 1943, quando, como o nosso Fundador afirmava, «o Senhor quis coroar a Sua Obra com a Santa Cruz».
A profunda união teológica, espiritual e apostólica de leigos e sacerdotes, característica do Opus Dei desde o princípio, recebeu a sua configuração jurídica adequada ao ser erigido pelo Romano Pontífice João Paulo II em prelatura pessoal. Agradeçamos à Santíssima Trindade a eficácia desta cooperação orgânica dos presbíteros e dos leigos na missão da Igreja pro mundi vita, para a salvação do mundo.
A propósito destes aniversários, S. Josemaria comentava a dada altura: «pensava eu que no Opus Dei só haveria homens. Não é que não quisesse as mulheres – amo muito a Mãe de Deus; amo a minha mãe e as vossas; estimo todas as minhas filhas, que são uma bênção de Deus no mundo inteiro –, mas antes de 14 de Fevereiro de 1930, eu nada sabia da vossa existência no Opus Dei, embora tivesse gravado no meu coração o desejo de cumprir em tudo a Vontade de Deus. E quando acabei de celebrar nesse dia a Santa Missa, sabia já que o Senhor queria a Secção feminina. Depois, a 14 de Fevereiro de 1943, quis coroar o Seu edifício com a Cruz: a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz» .
E acrescentava, dirigindo-se especificamente às mulheres da Obra: «minhas filhas, tendes alma sacerdotal, repito-vos com S. Pedro: vos autem genus electum, regale sacerdotium, gens sancta, populus acquisitionis (1 Pe 2, 9). Sois linhagem escolhida, sacerdócio real, nação santa… e tendes, além disso, o privilégio de ter Deus escolhido uma mulher para Sua Mãe: a sempre Virgem, nossa Mãe Santa Maria, que permaneceu ao pé da Cruz, com valentia, com Amor. Dela aprendeis a ser corredentoras (…). Com as vossas ânsias de adorar a Deus, de reparar, de agradecer, de pedir, pondes o que falta, como diz S. Paulo, à Paixão de Cristo: et adimpleo ea quae desunt passionum Christi in carne mea pro corpore eius, quod est Ecclesia (Col 1, 24). E o Senhor, que é o Semeador Divino – lembrais a parábola – toma-vos nas Suas mãos ensanguentadas, aperta-vos como dois punhados de trigo e lança-vos ao ar para vos espalhar por toda a Terra. Sois bênção do Senhor. Sois fecundidade do Senhor e, com a Sua ajuda, podeis tudo».
A alma sacerdotal é característica de todos os cristãos, infundida em nós pelo Baptismo e pela Confirmação. Deus quer que ela esteja sempre activa em todos, assim como, de modo análogo, a alma humana informa os vários membros do corpo com a sua virtude, em todos os momentos. Mantenhamos sempre vivo este espírito sacerdotal que há-de ser como o bater do coração: um impulso espiritual que leva à união com Jesus crucificado e ressuscitado, com o desejo de nos fazermos inteiramente Seus instrumentos para a salvação das almas.
Como influencia o Santo Sacrifício do altar o teu dia, o teu trabalho, a tua fraternidade, o teu apostolado? Cresce diariamente o teu amor à Paixão do Senhor? Fomentas na tua alma a necessidade da penitência?
Filhas e filhos meus, foi neste mês que o nosso Padre, num impulso invencível de afecto, dirigiu ao Senhor aquelas palavras, enquanto distribuía a Sagrada Comunhão às freiras na Igreja do Patronato de Santa Isabel: «amo-Te mais do que estas». E ouviu a forte censura divina – «obras é que são amores e não boas palavras» –, a petição de não desistir da oração e da expiação que já lhe consumiam a alma.
A experiência de S. Paulo, homem amante da Cruz e cheio de zelo pela salvação do mundo, há-de repetir-se em todos os fiéis. O Papa Bento XVI recordou-o com frequência durante este ano dedicado ao Apóstolo. «Para S. Paulo – dizia numa audiência – a Cruz tem um primado fundamental na história da humanidade; ela representa o ponto focal da sua teologia, porque dizer Cruz significa dizer salvação como graça concedida a cada criatura. O tema da Cruz torna-se um elemento essencial e primário da pregação do Apóstolo».
S. Paulo não renuncia a pregar a necessidade da Cruz em nenhum momento, nem sequer em cidades – como Corinto – onde reinava um acentuado hedonismo. Não passemos por alto este exemplo concreto de actuação, que todos devemos seguir, especialmente nestes tempos. Efectivamente, a mensagem da Cruz – anunciava o Apóstolo sem respeitos humanos – é uma loucura para os que se perdem, mas para os que se salvam, isto é, para nós, é a virtude de Deus (…). Quis Deus salvar os crentes por meio da loucura da pregação. Enquanto os Judeus exigem milagres e os Gregos buscam a sabedoria, nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os Judeus e loucura para os gentios .
Hoje como sempre, é grande a urgência de insistir com as almas para que ouçam estas verdades com essa linguagem clara e, ao mesmo tempo, optimista, estimulante, carregada de esperança. «O Apóstolo quer recordar, não apenas aos Coríntios ou aos Gálatas, mas a todos nós, que o Ressuscitado é sempre Aquele que foi crucificado. O “escândalo” e a “loucura” da Cruz encontram-se precisamente no facto de que, onde parece existir somente falência, dor e derrota, exactamente aí está todo o poder do Amor ilimitado de Deus, porque a Cruz é expressão de amor, e o Amor é o verdadeiro poder que se revela precisamente nesta aparente debilidade».
O amor a Cristo dá razão da extraordinária força de Saulo para espalhar a mensagem cristã por todo o mundo. «Paulo é apresentado por muitos como homem combativo que sabe mano­brar a espada da palavra. De facto, no seu caminho de apóstolo não faltaram contendas. Não procurou uma harmonia superficial (…). A verdade era para ele demasiado grande para estar disposto a sacrificá-la em vista de um sucesso externo. Para ele a verdade que tinha experimentado no encontro com o Ressuscitado merecia bem a luta, a perseguição, o sofrimento. Mas o que o motivava no mais profundo do seu ser era ser amado por Jesus Cristo e o desejo de transmitir aos outros este amor. Paulo era uma pessoa capaz de amar, e todo o seu agir e sofrer só se explica a partir deste centro. Os conceitos fundamentais do seu anúncio compreendem-se unicamente com base nele».
Nestas linhas se descreve perfeitamente o motor da alma sacerdotal, apostólica, que todos havemos de fomentar. Trazem o eco de outras palavras do Apóstolo: caritas Christi urget nos, o Amor de Cristo nos urge. E daquelas outras: Porquanto, se eu evangelizar, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação. Ai de mim se não evangelizar! . O ardente anseio de ser fiel ao mandato de Cristo, o mesmo que recebemos todos os cristãos, impulsionou Paulo a viajar incansavelmente por todo o lado, dando a conhecer Jesus, sem ter em conta as penas e sacrifícios que o cumprimento da sua missão implicava. O mesmo desejo impulsionava os primeiros cristãos. «Lá vão todos – recordava S. Josemaria em momentos de grave perseguição religiosa –, com a sua pureza, decididos a limpar o charco sujo e verdoso do mundo pagão(...). A sociedade romana, atónita, começa a ver que homens jovens, com fortaleza de corpo e de alma, se convertem em apóstolos da nova fé. Não se segregaram do mundo e nada os distingue dos outros, a não ser, talvez, essa luz vibrante que lhes arde dentro do peito. Contempla também as virgens, pertencentes a famílias patrícias da Roma imperial e à plebe, que coroam a sua inocência com a penitência. E começam a notar-se os efeitos de um apostolado perseverante, sem intermitências, transbordante de generosidade e sacrifício. No meio do bulício das festas nos anfiteatros e no meio de banquetes monstruosos, a voz de Cristo soa cada vez mais fortemente».
Sim, filhas e filhos meus: só em Jesus Cristo encontramos a razão do nosso serviço às almas, que desejamos que cresça cada dia com mais intensidade e com um zelo profundo. Se nos enamoramos “loucamente” d’Ele, como S. Paulo, nenhum obstáculo ou dificuldade – nem externo nem interno – poderá travar o nosso apostolado. Meditemos noutras palavras de S. Josemaria, que, seguindo as pegadas do Apóstolo, se perguntava: «De onde tirava S. Paulo esta força? Omnia possum in eo qui me confortat! (Fil 4, 13). Tudo posso, porque só Deus me dá esta fé, esta esperança, esta caridade. Custa-me muito acreditar na eficácia sobrenatural de um apostolado que não esteja apoiado, solidamente centrado numa vida de contínua intimidade com o Senhor. E isto no meio do trabalho, dentro de casa ou no meio da rua, com todos os problemas mais ou menos importantes que surgem todos os dias. Aí, em qualquer sítio onde se esteja, não fora daí, mas com o coração em Deus. E então as nossas palavras e acções – até as nossas misérias – exalarão o bonus odor Christi (2 Cor 2, 15), o perfume de Cristo, que os outros forçosamente hão-de notar: eis um verdadeiro cristão».
Dentro de poucos dias, a 19 de Fevereiro, celebrava o queridíssimo D. Álvaro o seu santo. Sigamos também o exemplo deste Servo de Deus que tão profundamente imprimiu no seu coração o zelo pela salvação das almas. Rezemos para que o iter da sua causa de canonização decorra a bom ritmo. Sem antecipar de modo algum o juízo da Igreja, estamos certos de que o reconhecimento da heroicidade das suas virtudes será mais um impulso para que muitas pessoas se decidam a converter todos os momentos e circunstâncias da sua vida em ocasião de amar e de servir o Reino de Jesus Cristo .
Também no dia 21 terei a alegria de conferir o diaconado a dois irmãos vossos Agregados. Vem-me com força à memória o desejo de S. Josemaria de poder contar com este serviço dos seus filhos Agregados: não o viu feito realidade na Terra, mas a sua oração e a sua expiação chegaram ao Céu. E bem podeis aplicar-vos a ideia de que sois, somos todos, fruto desta oração, que continua no Céu, e daquela generosa e alegre expiação que praticou enquanto vivia connosco.
Ontem o Santo Padre Bento XVI recebeu-me em Audiência privada. Não resisto a acrescentar estas linhas à carta, para vos animar uma vez mais a agradecer o seu grande afecto e interesse, e a sua Bênção paternal para todas as pessoas e trabalhos apostólicos da Prelatura. Rezemos muito pela sua Pessoa, pelo seu trabalho e pelas suas intenções.
Com todo o afecto, abençoa-vos
O vosso Padre
+ Javier

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Vinde e Contemplai|CD

1. Vinde e Contemplai
2. Eu vi a Cidade Santa
3. Porque somos filhos de Deus
4. O Templo de Deus
5. Tornai-vos como crianças
6. Laudate, omnes gentes
7. Cântico de Meditação
8. Beberam o cálice do Senhor
9. Glória a Deus
10. Ave, o Theotokos
11. Águas das fontes
12. A Virgem do Carmo
13. Nada te perturbe - texto S. Teresa de Jesus
14. Bem eu sei a fonte - texto S. João da Cruz
15. Teu amor, Jesus, é alegria! – texto Carmelo de S. José
Cântico de Bênção de Rosas de S. Teresinha do Menino Jesus
16. Eu serei o amor - texto S. Teresinha do Menino Jesus
17. Noites - texto B. Isabel da Trindade
18. Piccola Ostia - Hino em honra da B. Elias de S. Clemente instrumental

Vinde e Contemplai

Esta gravação foi realizada no dia 1 de Dezembro de 2008 dentro da Clausura
do nosso Carmelo. Os cânticos são interpretados por nós, Irmãs Carmelitas, em clima de oração e de grande simplicidade, e pretendem igualmente introduzir aquele que os escuta, num clima de recolhimento e de comunhão com Deus.
Se “a Liturgia é a visão do invisível”, é nosso desejo que estes cânticos litúrgicos ajudem a abrir espaços ao Senhor no coração de cada um, que permitam o encontro com Ele. Quereríamos que quem os ouvisse pudesse sentir aquela “brisa suave” que sussurra em nome do Senhor:
“Não estás sem Mim”. “ Sou a tua companhia, sempre!”
Ficamos a rezar por todos vós, para que possais fazer uma verdadeira experiência do intenso e infinito Amor de Deus nas vossas vidas. É essa a razão
porque estamos aqui, e com alegria entregamos a nossa vida a Deus.
Agradecemos imensamente a todos aqueles cuja iniciativa e empenho conduziram à concretização deste CD, alguns dos quais quiseram ficar no anonimato. Ofereceram o seu trabalho: Miguel Noronha de Andrade (gravação e produção), Ramón Galarza (utilização de material de sonoplastia), Spirituc (design). Agradecemos igualmente a amável atenção da Speedmedia (reprodução).

Este CD não está à venda. Será solicitado ao Carmelo de S. José, só por telefone,
mediante um donativo para as nossas obras, para cobrir as despesas do CD e do correio.
Estarão desta forma a contribuir para ajudar as obras do nosso Carmelo.
[(+351) 249 531 627, das 09.30 h às 17.00h]
Retirado do site do Carmelo de São José, em Fátima

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Jesus não se conforma com um assentimentotitubeante. Pretende - tem esse direito - que caminhemos com firmeza, sem concessões às dificuldades. Exige pasos firmes, concretos; pois, normalmente, os propósitos gerais servem para pouco.
Os propósitos pouco delineados parecem-me entusiamos falazes que tentam calar as chamadas divinas percebidas pelo coração; fogos fátuos , que não queimas nem dão calor e que desaparecem com as mesma fugacidade com que surgiram.
Por isso, convencer-me-ei de que as tuas intenções de alcançar a meta são sinceras, se te vir caminhar com determinação.

São Josemaría Escrivá
Homilias
A Esperança do cristão

Santos desta semana

02 de Fevereiro
Apresentação do Senhor
Santa Joana de Lestonnac [Viúva]
São Cornélio, Centurião
Beato André Carlos Ferrari [Bispo]
Beata Maria Catarina Kasper [Fundadora da Congregação das Pobres Escravas de Jesus Cristo]
03 de Fevereiro
São Brás [Bispo, mártir]
Beato Estêvão Bellesini [Confessor]
Santo Anscério (ou Óscar) [Bispo]
Santa Claudina Thévenet [Fundadora da Congregação de Jesus e Maria]
Beata Maria Ana Rivir [Fundadora das Irmãs da Apresentação]
04 de Fevereiro
São João de Brito [Mártir]
São José de Leonissa [Confessor]
Beata Maria de Mattias [Fundadora]
Santa Catarina de Ricci [Virgem]
05 de Fevereiro
Santa Águeda ou Ágata [Virgem, mártir]
Jacob [Antigo Testamento]
06 de Fevereiro
São Paulo Míki, São Pedro Baptista e companheiros mártires
Santa Doroteia [Mártir]
Santo Amândio [Bispo e confessor]
São Mateus Correa Magallanes [Mártir]
07 de Fevereiro
As Cinco Chagas do Senhor
Beato João Maria Mastai Ferretti (Pio IX) [Papa]
Santa Coleta [Religiosa]
São Ricardo, rei de Inglaterra
08 de Fevereiro
São Jerónimo Emiliano [Confessor]
Beata Jacoba ou Jaquelina [Viúva]
Santa Josefina Margarida Fortunata Bakhita [Religiosa]