terça-feira, 29 de julho de 2008

É verdade que nós, os filhos de Deus, não havemos de servir o Senhor para que nos vejam... , mas não nos deve importar que nos vejam, e menos ainda podemos deixar de cumprir porque nos vêem.
Sulco, 368
No átrio de uma Igreja, decorreu há dias um "mini comício" do BE.

Não é uma graça. Fiquei pasmo.

Ele há coisas ...

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Quando se trata de "cortar", não o esqueças, a "última vez" há-de ser a anterior, a que já passou.
Sulco, 144

Sinais... e dos bons !

Há dias ouvia o noticiário da SIC.
De fugida, uma notícia que achei um profundo sinal para todos. Com lamento, a mesma não teve o devido destaque pelo canal televisivo. Surgiu como uma espécie de curiosidade. Curiosidade para uns mas um profundo sinal para outros.
Dizia a notícia que quando o grande Papa João Paulo II esteve em Jerusalém, foram plantadas 12 oliveiras.
Dessa doze, apenas uma deu fruto... a que foi benzida pelo Papa.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

As Férias segundo Joseph Ratzinger (Bento XVI)

TEMPO DE FÉRIAS

Poder descansar (*)
Os discípulos colocaram a Jesus o problema do stress e do descanso.Os discípulos regressavam da primeira missão, muito entusiasmados com a experiência e com os resultados obtidos. Não paravam de falar sobre os êxitos conseguidos. Com efeito, o movimento era tanto que nem tinham tempo para comer, com muitas pessoas à sua volta.Talvez esperassem ouvir algum elogio por tanto zelo apostólico. Mas Jesus, em vez disso, convida-os a um lugar deserto, para estarem a sós e descansarem um pouco.
Creio que nos faz bem observar neste acontecimento a humanidade de Jesus. A sua acção não dizia só palavras de grandeza sublime, nem se afadigava ininterruptamente por atender todos os que vinham ao seu encontro. Consigo imaginar o seu rosto ao pronunciar estas palavras. Enquanto os apóstolos se esforçavam cheios de coragem e importância que até se esqueciam de comer, Jesus tira-os das nuvens. Venham descansar!Sente-se um humor silencioso, uma ironia amigável, com que Jesus os traz para terra firme. Justamente nesta humanidade de Jesus torna-se visível a divindade, torna-se perceptível como Deus é.
A agitação de qualquer espécie, mesmo a agitação religiosa não condiz com a visão do homem do Novo Testamento. Sempre que pensamos que somos insubstituíveis; sempre que pensamos que o mundo e a Igreja dependem do nosso fazer, sobrestimamo-nos.
Ser capaz de parar é um acto de autêntica humildade e de honradez criativa; reconhecer os nossos limites; dar espaço para respirar e para descansar como é próprio da criatura humana.
Não desejo tecer louvores à preguiça, mas contribuir para a revisão do catálogo de virtudes, tal como se desenvolveu no mundo ocidental, onde trabalhar parece ser a única atitude digna. Olhar, contemplar, o recolhimento, o silêncio parecem inadmissíveis, ou pelo menos precisam de uma explicação. Assim se atrofiam algumas faculdades essenciais do ser humano.
O nosso frenesim à volta dos tempos livres, mostra que é assim. Muitas vezes isso significa apenas uma mudança de palco. Muitos não se sentiriam bem se não se envolvessem de novo num ambiente massificado e agitado, do qual, supostamente, desejavam fugir.Seria bom para nós, que continuamente vivemos num mundo artificial fabricado por nós, deixar tudo isso e procurarmos o contacto com a natureza em estado puro.
Desejaria mencionar um pequeno acontecimento que João Paulo II contou durante o retiro que pregou para Paulo VI, quando ainda era Cardeal. Falou duma conversa que teve com um cientista, um extraordinário investigador e um excelente homem, que lhe dizia: "Do ponto de vista da ciência, sou um ateu...". Mas o mesmo homem escrevia-lhe depois: "Cada vez que me encontro com a majestade da natureza, com as montanhas, sinto que Ele existe".
Voltamos a afirmar que no mundo artificial fabricado por nós, Deus não aparece. Por isso, temos necessidade de sair da nossa agitação e procurar o ar da criação, para O podermos contactar e nos encontrarmos a nós mesmos.
(*) Card. J. Ratzinger "Esplendor da Glória de Deus" Editorial Franciscana, 2007, pág. 161.

Uma última nota. Cheguei de uma Recolecção.


E aquilo que o orador transmitiu aos presentes foi precisamente sobre este tema.
As férias são tempo do justo descanso mas, além deste, temos - na qualidade de cristãos - de cultivar a relação com Deus e não cair na tentação ("o demónio nunca tira férias") de amolecer. Não. Cultivar a nossa vida interior/espíritual é fundamental.
Cumprir o plano de vida, pedir a Deus o dom da Fortaleza [tão necessária no Verão...], cumprir durante o dia vários "minutos heróicos" (Caminho), etc, etc, etc... em suma, entre tantas coisas, não deixemos de dedicar tempo (o tempo das nossas férias) à nossa vida sobrenatural.
Farei uma pausa de uns dias. Espero e desejo que este blogue dê muitos e bons frutos. Abraço a todos aqueles que visitam o SULCO. Até breve.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Novo Reitor de Fátima toma posse a 25 de Setembro

O Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, anunciou em decreto a nomeação do Pe. Virgílio Antunes como Reitor do Santuário de Fátima, precisando que o mesmo "toma posse no dia 25 de Setembro".
O Pe. Virgílio Antunes continua como docente do Instituto Superior de Estudos Teológicos em Coimbra e deixa as funções de Delegado Episcopal para o Diaconado Permanente.
Nas nomeações para "diversos serviços e paróquias", D. António Marto anuncia também que "o Pe. Cristiano Saraiva é nomeado Administrador do Santuário de Fátima, continuando a ser Ecónomo Diocesano".

O comunicado precisa que "Mons. Luciano Guerra, Reitor do Santuário de Fátima desde 1973, tendo terminado o mandato para o qual foi nomeado, cessa as suas funções no Santuário de Fátima". Também o Pe. António Lopes de Sousa, até ao momento Administrador do Santuário de Fátima, deixa estas funções, "continuando como Capelão do mesmo Santuário".
Em Abril deste ano, o Pe. Virgílio Antunes fora designado pelo Bispo de Leiria-Fátima para o cargo de Reitor do Santuário de Fátima.
Tendo terminado o mandato do actual Reitor, Mons. Luciano Guerra, D. António Marto apresentou ao Conselho Nacional do Santuário de Fátima o nome do Pe. Virgílio Antunes para assumir estas funções, cuja indigitação foi aprovada pela Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa.
O novo Reitor é nomeado pelo Bispo de Leiria-Fátima para um mandato de cinco anos.

domingo, 13 de julho de 2008

Scott Hahn [exorto-te a ler este texto]

"Referi ao meu amigo padre que tinha encontrado uns sujeitos que andavam sempre com o Novo Testamento e que o conheciam realmente.
- «Ah, devem ser do Opus Dei», respondeu ele.
(...) Quando ouvi aquele comentário, o Opus Dei tornou-se para mim, quase imediatamente, uma referência, um farol a prometer o fim de uma longa travessia, um primeiro vislumbre daquela terra prometida que eu só tinha encontrado nos livros.
(...) Quais as razões ?
- Antes de mais, a notável devoção dos seus membros pela Bíblia.
- Em segundo lugar, o seu caloroso ecumenismo. O Opus Dei foi a primeira instituição católica a aceitar que não-católicos colaborassem nos seus trabalhos apostólicos.
- Em terceiro lugar, a verticalidade da vida dos seus membros.
- Em quarto lugar, a normalidade das suas vidas. Não eram teólogos - eram dentistas, engenheiros, jornalistas - , mas falavam e e viviam uma teologia que me cativava.
- Em quinto lugar, cultivavam uma ambição santa: uma séria ética profissional.
- Em sexto lugar, praticavam a hospitalidade e prestavam generosamente atenção às muitas questões que eu levantava.
- E, em sétimo lugar, rezavam. Encontravam todos os dias tempo para uma oração íntima, verdadeira conversa com Deus. Isto dava-lhes uma serenidade que eu raramente tinha encontrado."
Scott Hann, págs. 12 e 13 do livro Trabalho com Qualidade, Graça em Quantidade

Santos de cada dia

14 de Julho
São Camilo de Léllis [Fundador]
São Francisco Solano [Sacerdote]
15 de Julho
São Boaventura [Religioso, Doutor da Igreja]
Beata Ana Maria Javouhey [Fundadora]
16 de Julho
Nossa Senhora do Carmo
São Sisenando [Mártir]
Beata Madalena Alberici [Religiosa]
17 de Julho
Beato Inácio de Azevedo e 39 companheiros mártires
Beata Teresa de Santo Agostinho e companheiros mártires
Santo Aleixo
18 de Julho
São Frederico [Bispo, mártir]
Beato Frei Bartolomeu dos Mártires [Bispo]
19 de Julho
Santas Justa e Rufina [Mártires]
Santo Arsénio
Santa Áurea [Mártir]
20 de Julho
Santo Elias [Profeta]
Santa Margarida [Mártir]
Santo Aurélio [Bispo]
Santa Vilgeforte ou Liberata ou Comba

Evangelho segundo S. Mateus 13,1-23.

Naquele dia, Jesus saiu de casa e sentou-se à beira-mar.
Reuniu-se a Ele uma tão grande multidão, que teve de subir para um barco, onde se sentou, enquanto toda a multidão se conservava na praia.
Jesus falou-lhes de muitas coisas em parábolas: «O semeador saiu para semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho: e vieram as aves e comeram-nas. Outras caíram em sítios pedregosos, onde não havia muita terra: e logo brotaram, porque a terra era pouco profunda; mas, logo que o sol se ergueu, foram queimadas e, como não tinham raízes, secaram. Outras caíram entre espinhos: e os espinhos cresceram e sufocaram-nas. Outras caíram em terra boa e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta; e outras, trinta. Aquele que tiver ouvidos, oiça
Aproximando-se de Jesus, os discípulos disseram-lhe: «Porque lhes falas em parábolas?» Respondendo, disse-lhes: «A vós é dado conhecer os mistérios do Reino do Céu, mas a eles não lhes é dado. Pois, àquele que tem, ser-lhe-á dado e terá em abundância; mas àquele que não tem, mesmo o que tem lhe será tirado. É por isso que lhes falo em parábolas: pois vêem, sem ver, e ouvem, sem ouvir nem compreender. Cumpre-se neles a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis; e, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo tornou se-duro, e duros também os seus ouvidos; fecharam os olhos, não fossem ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, compreender com o coração, e converter-se, para Eu os curar. Quanto a vós, ditosos os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.

Em verdade vos digo: Muitos profetas e justos desejaram ver o que estais a ver, e não viram, e ouvir o que estais a ouvir, e não ouviram.» «Escutai, pois, a parábola do semeador. Quando um homem ouve a palavra do Reino e não compreende, chega o maligno e apodera-se do que foi semeado no seu coração. Este é o que recebeu a semente à beira do caminho. Aquele que recebeu a semente em sítios pedregosos é o que ouve a palavra e a acolhe, de momento, com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, é inconstante: se vier a tribulação ou a perseguição, por causa da palavra, sucumbe logo. Aquele que recebeu a semente entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo e a sedução da riqueza sufocam a palavra que, por isso, não produz fruto. E aquele que recebeu a semente em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende: esse dá fruto e produz ora cem, ora sessenta, ora trinta.»

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Bento XVI na sua viagem mais longa

Bento XVI irá falar dos direitos dos indígenas e de pedofilia na Austrália, durante a viagem mais longa do pontificado, com início marcado para o próximo dia 12, Sábado.
Segundo o director dos serviços de informação do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, “o tema dos indígenas e de seus direitos pisados durante séculos estará muito presente nessa viagem, tanto nas palavras do Papa como nos discursos das autoridades civis”.
Já o Arcebispo de Sidney, Cardeal George Pell, disse em entrevista conjunta à Sat2000 e ao jornal católico Avvenire que o Papa falará “quase com certeza do escândalo dos padres pedófilos” na Austrália, à imagem do que já aconteceu nos EUA.
Nesta viagem, que será a nona de Bento XVI ao estrangeiro, o Papa será acompanhado pelos Cardeais Angelo Sodano (Decano do Colégio Cardinalício), Tarcisio Bertone (Secretário de Estado do Vaticano) e Agostino Vallini (Vigário para a cidade de Roma).
O Pe. Lombardi admitiu, em briefing com os jornalistas, que esta é “uma viagem complexa do ponto de vista organizativo”.
Sábado, dia 12, o Papa irá de Castel Gandolfo para o aeroporto de Roma, por helicóptero, e iniciará sua viagem a Sydney, num avião B777 da Alitalia. A viagem durará 21 horas, e fará uma escala de uma hora e meia em Darwin (Austrália).
A chegada à Austrália está marcada para o dia seguinte, 13 de Julho, mas está previsto que o Papa descanse alguns dias antes da celebração da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), num retiro privado. O Pe. Lombardi confirmou que o Papa ficará no Kenthurst Study, Centro de retiros e formação do Opus Dei.
A JMJ será inaugurada, sem a presença do Papa, pelo Cardeal Pell, Arcebispo de Sidney, na terça-feira, 15 de Julho. Quarta-feira, 16, o Papa será recebido no Government House pelo primeiro-ministro australiano.
Depois, como está previsto, seguirá para o Mary Mackillop Memorial (dedicado à primeira beata australiana), e de lá para Rose Bay, onde está previsto que seja acolhido por um grupo de jovens indígenas, antes de entrar na embarcação Sidney 2000, até Bangaroo.
O director da sala de imprensa da Santa Sé destacou, entre os diversos encontros previstos, os de 18 de Julho na catedral de Santa Maria com representantes de outras religiões e com membros de outras comunidades cristãs não-católicas. “É relevante que os católicos já tenham superado os anglicanos na Austrália, em número”, destacou.
No fim-de-semana de 19 e 20 de Junho a JMJ-2008 atinge o seu auge com vigília e a Missa no Hipódromo de Randwick, onde são esperados centenas de milhares de jovens. Antes do regresso, a 21 de Junho, o Papa irá encontrar-se com os benfeitores e os voluntários da JMJ.
Segundo o comité organizador central das Jornadas de Sidney, há já 225 mil inscritos, 125 mil dos quais não são australianos; 8 mil voluntários, 2 mil sacerdotes e 700 Cardeais e Bispos.

Visita pastoral del Prelado del Opus Dei a Asturias

No cabían más actos para una visita tan breve, pero intensa a la vez. El prelado de la Obra comenzó su visita a Asturias en Covadonga, continuó el sábado con una Eucaristía en la catedral de Oviedo junto al arzobispo, rezó ante las reliquias que allí se veneran, y tuvo varios encuentros con numerosas personas.
De fondo, Sydney y el Papa: pidió a todas y a todos que acompañen al santo Padre con la oración. Lo primero, Covadonga La estancia del Prelado en el Principado comenzó en la tarde del viernes, día 4, en el santuario de Covadonga. Allí fue recibido por monseñor Osoro, con quien rezó durante media hora ante la imagen de la Santina en la Santa Cueva. “Agradezco mucho al señor Arzobispo la oportunidad que me ha dado de poder hacer la oración a los pies de esta imagen de la Virgen, ante quien rezó con tanta devoción, durante muchos años y en distintas ocasiones, San Josemaría Escrivá”, indicó monseñor Echevarría a las varias decenas de personas, jóvenes en su mayoría, presentes en el recinto de roca. El prelado subrayó que en aquel mismo lugar, en los años 40, el fundador del Opus Dei “puso en las manos de la Virgen lo que tantas veces nos ha aconsejado con su palabra y con sus escritos: que la razón más grande de nuestra vida es encontrar a Jesucristo, seguirle muy de cerca, tratarle y darle a conocer”.

Veneración de la reliquias en la Catedral de Oviedo
El sábado, monseñor Echevarría visitó las reliquias que alberga la Cámara Santa de la catedral de Oviedo, en particular el Santo Sudario que cubrió el rostro de Jesucristo, y las dos cruces cuyos centenarios se celebran: la de los Ángeles (regalo del Rey Alfonso II a la Iglesia de Oviedo en el año 808) y la de la Victoria (obsequio del Rey Alfonso III, justo un siglo más tarde). Monseñor Osoro guió la visita y oró con el prelado ante las preciadas reliquias. Una familia numerosa de Oviedo regaló a monseñor Echevarría una reproducción de la Cruz de la Victoria. A continuación, el Arzobispo, el prelado y el Obispo auxiliar, monseñor Raúl Berzosa, compartieron un almuerzo en el Arzobispado. Por la tarde, el arzobispo, el prelado y el obispo auxiliar concelebraron una Eucaristía en la catedral junto a otro grupo de sacerdotes: el templo estaba abarrotado y con las puertas abiertas; asistieron unas 2.500 personas, en parte provenientes de las regiones limítrofes. La ceremonia se inició con un saludo del Arzobispo: entre otras cosas, animó a los fieles presentes a “hablar de Dios, que consiste en llevar a todos a hablar con Dios. Y en ese trato con Dios, Él va guiando nuestra vida por el camino del bien y de la verdad. Por otra parte, en todos los miembros de la Obra, el amor y la pasión por la Iglesia de Jesucristo, por su misión, es muy fuerte. Las preocupaciones por la familia, la educación de los hijos, las vocaciones, el trabajo ordinario bien realizado o realizado extraordinariamente, son facetas que distinguen a quienes se sienten miembros de la Iglesia y viviendo de esa espiritualidad y modo de vivir que fraguó el Señor en el corazón de San Josemaría”. En su homilía, el prelado dijo que “la Santa Cruz es signo y garantía de victoria en la lucha por la santidad”, y añadió que “los cristianos somos los grandes defensores de la libertad, contra toda clase de esclavitudes y totalitarismos, antiguos y nuevos”. El prelado instó a practicar una “santa rebeldía” basada “en la fe, la esperanza y el amor”.Al final de la Misa, el Arzobispo encabezó una procesión por el interior del templo portando la Cruz de la Victoria. Monseñor Osoro y monseñor Echevarría bendijeron a los fieles con la reliquia.El domingo por la mañana, al igual que en la víspera, monseñor Echevarría mantuvo un encuentro con miembros del Opus Dei. Fue el último acto de su visita a Asturias, que concluyó al filo del mediodía.Momentos antes de su despedida, monseñor Echevarría tuvo unas palabras de particular gratitud dirigidas hacia el arzobispo de Oviedo. “Me ha dado mucha alegría visitar en su casa y en su catedral a don Carlos, a quien me unen lazos de amistad y de fraternal afecto”, señaló.

Con la vista en Australia, junto al Papa
Al igual que en otros discursos públicos del fin de semana, monseñor Echevarría animó a rezar por el Papa Benedicto XVI, y en particular por su inminente viaje a Australia para presidir la Jornada Mundial de la Juventud. “Que acompañéis al Papa, que le queráis con toda el alma, que os sintáis hijos de tan buen Padre común y que le acompañéis también en este viaje que va a emprender”.
In site Opus Dei / Espanha

domingo, 6 de julho de 2008

És ou não um Soldado ? Assume !

O que significa ser Soldado de e por Cristo ?
Soldado é aquele que combate.
Assim somos nós. Tu e eu.
E a nossa missão é a santidade. O nosso combate é a santidade. A nossa e daqueles que nos rodeiam. Como me disse um dia o meu DE, Deus pedir-me-á contas, no fim dos meus dias, sobre todas as pessoas que fez cruzar comigo.
Ora, o caminho da santidade exige Soldados robustos, firmes, fieis, audazes, competentes, vigorosos, disciplinados e acima de tudo, orantes.

Porque os combates que travamos todos os dias são muito, muito dificeis e dificultados por todos aqueles que, ou dando ou não por isso, nos combatem. É que o inimigo sabe muito bem quem são as suas tropas e é um comandante fortíssimo, disciplinado e belíssimo estratega.

Porém meus caros, Cristo não perde batalhas. Nenhuma.

E para isso carece e auxilia o seu exército disciplinado e audaz. Vem à memória a imagem de São Tiago, de espada em punho, montado num cavalo. Os tempos são outros e não carecemos da espada nem do cavalo. Temos duas armas poderosissímas: a oração e o Terço.

No meu bolso direito, todos os dias e para onde for, transporto comigo o Terço, a Dezena e um crucifixo. Não preciso de mais. Depois devo seguir o Plano de Vida que me consignou o meu DE. Ora, desta forma, tenho o que preciso. O Terço e a oração.

Mas nem tudo são rosas no nosso quotidiano. A cruz de cada dia é pesada mas edificante.
E é ou não verdade que as tentações são inúmeras ? São mesmo. Aprendi a gritar, interiormente, "guerra!!" quando estas me surgem. Porém, muitas vezes perco. Mas levanto-me.
Peço desculpa e aguardo ansiosamente a minha próxima confissão. Outro propósito que nós, Soldados, devemos ter é a motificação. Esta é óptima para termos o controlo de nós mesmos, como teve São Luís Gonzaga.
Por outro lado, um Soldado como tu e eu não devemos estar tristes. Um Soldado triste é um triste Soldado. Temos em nós a esperança. E, como São Paulo, o que te e me importa as circunstâncias quando agimos por Ele ? Ânimo, o Céu é nosso.
Findo. Esta reflexão que tenho, diante do computador, ajuda-me a pensar para dentro e reflectir no que escrevo. Que péssima imagem daria se escrevesse aquilo que não assumiria praticar. Mesmo que tu não soubesses e pensasses que eu era um exemplo [não sou e tenho a convicção de ser o pior pecador que conheço], jamais enganaria o "Chefe".
Mas tenho legitimidade de olhar para ti, que me lês, e de te incutir o espírito do Soldado. Não esqueças as armas.
E, no fim desta reflexão, peço-te que por mim ores.
Hoje não, mas pretendo reflectir em breve sobre os Baptismos e Casamentos dos nossos dias. São dois temas que mexem comigo. Falo, em concreto, do "aspecto social" que muitas vezes assumem. Estou convicto que essa minha reflexão fará o meu DE deitar as mãos à cabeça e afirmar "como é possível !!??". Depois confesso-me...

The end of the Anglican Church

Na Spectator, um dos órgãos do 'conservadorismo' pós-moderno, escreve-se o obituário da igreja anglicana.
O autor culpa, por um lado, a 'homofobia' da ala evangélica (já o Economist também demonstra um grande fascínio pelo homossexo, que raio de coisa). Por outro lado, a miopia de Rowan Willams terá deixado dissolver o liberalismo tolerante da igreja de Inglaterra, feito de sucessivos compromissos com cultura liberal, na comunhão anglicana mundial.
Apesar das óbvias simpatias do autor, não deixa de ser uma leitura interessante e divertida.Citação:
"... the old alliance between Church and culture has crumbled. In the past, there was a huge constituency of cultural Anglicans who went to church for love of C of E traditions whatever the actual state of their beliefs. Catering for them kept the Church on a pragmatically liberal course. But about 50 years ago these old-school Anglicans started staying in bed, the lazy sods, and soon the Church’s cultural centrality was more of a memory than a reality. Without the support of decent, tolerant agnostics, Anglicanism became a liberal tradition that half-hates its own liberalism. And to complicate things, it has two ways of half-hating its own liberalism: an evangelical way and a Catholic way. Holding this all together is about as easy as being Amy Winehouse’s shrink.
In blogue Fiat Lux

Santos desta semana

07 de Julho
Beato Diogo de Carvalho [Mártir]
Beatos Rogério Dickenson e Raul Milner [Mártires]
08 de Julho
Beatos Gregório Grassi, Francisco Fogolla, António Fantosati e 26 companheiros [Mártires]
Os Santos Monges Abraamitas [Mártires]
09 de Julho
Os Mártires de Gorcum
Santa Verónica Giuliani [Religiosa]
Beata Joana Scopelli [Religiosa]
Beatas Mártires de Orange
Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus [Fundadora]
10 de Julho
Santa Felicidade e os seus sete Filhos [Mártires]
Beatos Pacífico [Religioso]
11 de Julho
São Bento [Fundador]
Santa Olga [Princesa]
12 de Julho
São João Gualberto [Fundador]
Beato João Jones [Mártir]
Beato João Wall [Mártir]
13 de Julho
Santo Henrique II e Santa Cunegundes [Imperador e Imperatriz]
Beata Angelina de Marsciano [Viúva, Religiosa]

Peregrino de Jerusalém chega dia 9 a Portugal

Depois de oito mil quilómetros a pé - de Braga a Jerusalém -, Amaro Franco cumpriu o sonho e voltará a Portugal na próxima Quarta – Feira. Em declarações à Agência ECCLESIA o peregrino sublinha que “Jerusalém nunca foi a meta porque a peregrinação está para além deste lado físico”. Nove meses depois da partida, Amaro Franco dormiu esta noite (de 4 para 5 de Julho) naquela cidade da Terra Santa. “Consegui aquilo que ansiava” – disse.
Quando colocou os pés em Jerusalém, “os sentimentos atropelam-se” e “não sei o que pensei”. Amaro Franco, 38 anos, português, natural da freguesia de Subportela (Viana do Castelo/ Portugal), cumpre assim nove meses da peregrinação que o levou de Braga à Terra Santa.
Depois de muitos milhares de quilómetros, este peregrino português “sentia-me muito cansado e com muita confusão”. Só depois de algumas horas “é que me apercebi onde estava” – realçou à Agência ECCLESIA. Totalmente a pé, atravessou doze países, visitou inúmeros santuários, dos quais os mais importantes do Cristianismo (Santiago de Compostela, Roma e agora, Jerusalém), numa peregrinação inédita.
A iniciativa intitulada «Peregrinos a Jerusalém» mobilizou e cativou gente de todas as idades e de todo o mundo, como o demonstra a grande e surpreendente vitalidade do "Diário de Viagem" que Amaro Franco escreve diariamente na Internet (em www.amarofranco.wordpress.com)”.
Com Jerusalém à vista, Amaro Franco contou que “me vieram as lágrimas aos olhos”. E acrescenta: “Não foi apenas o Amaro que chegou, mas um conjunto grande de pessoas”.
Na próxima Segunda – Feira (dia 7 de Julho) irá a Belém e dia 8 deste mês “voarei para Paris (França)”. Uma Rádio portuguesa de Paris ofereceu-lhe o bilhete de voo para a capital de França. No dia seguinte “estarei na cidade do Porto”.
Em declarações recentes à Agência ECCLESIA, Amaro Franco confessa que não é um homem com grande fé, pois teve de deixar tudo para ir em busca da fé, é um homem feliz, mas sobretudo “exausto” pelo grande e continuo esforço diário que representa caminhar, estar atento e aberto ao outro e ainda escrever as suas crónicas.
Em entrevista telefónica, Amaro Franco confessou o “cansaço”. “Estou bastante exausto: fisicamente, mentalmente, psicologicamente e emocionalmente” que deriva desta longa caminhada, que já passou por Santiago de Compostela (túmulo de S. Tiago Apostolo), Oviedo (Camara Santa), Lourdes, Montpellier (relíquias de S. Roque), Saint-Gilles (túmulo de S. Gilles), Aix-en-Provence (túmulo de Nostradamus), S. Maximin (túmulo de Santa Maria Magdalena), Roma (S. Pedro e S. Paulo), Assis (túmulo de S. Francisco), Padova (túmulo de Santo António)... e ultimamente na Terra Santa (correspondente ao Reino de David), Ma'aloula (túmulo de Santa Tecla), Saydnaya (a Chahoura), Damasco (túmulo de S. João Baptista e lugares paulinos) e Israel. “Passei nos locais emblemáticos do cristianismo” – frisou Amaro. E acentua: “passo a ter referências visuais quando leio a Bíblia”.

Fotografia polémica
Recorde-se que Amaro Franco esteve ilegalmente preso, durante 28 horas, pelas forças militares sírias, experiência que o peregrino atribuiu a um mal-entendido por causa de uma “fotografia” a uma colina que, afinal, era também uma “base militar”. Algo que esteve para se repetir na Jordânia por causa da “mochila” do peregrino. “Pensaram que poderia ser um possível bombista” – realçou.
Na Síria não sentiu a vida em risco porque “levei aquilo na brincadeira” – afirmou. E relata: “disse às autoridades que se o problema é a fotografia apaga-se a fotografia”. No entanto, “eles não entenderam ou quiseram entender”.
Apesar destes acontecimentos, Amaro Franco guarda também pontos positivos da caminhada. “O sorriso das pessoas e os contactos estabelecidos”. Durante o percurso “não me limitei a olhar apenas para a frente, gosto de observar tudo o que me rodeia”.
Nestes meses de caminho, Amaro Franco afirma que chegou a desanimar e “pensei em desistir”. No início de muitas tardes - “quando o cansaço apertava” -, o peregrino sentia-se só. “Cheguei a perder-me e, muitas vezes, não percebia as pessoas” – reconhece.

Dados biográficos de Amaro Franco
O «peregrino de Jerusalém» nasceu a 10 de Janeiro de 1971, em França, e tem nacionalidade portuguesa, residindo em Braga. Amaro Franco realizou a sua primeira peregrinação a Santiago de Compostela na Semana Santa de 1992, efectuando-a em bicicleta. Volta ao mesmo santuário, também em bicicleta, na Semana Santa de 1993 (Ano Jubilar Compostelano/ Ano Santo). Nesse ano percorre ainda o Caminho do Norte de Santiago até Oviedo e Covadonga, o Caminho Astur-Leonês de Oviedo até Léon e, o Caminho Francês de Léon até Santiago de Compostela.
Volta a Santiago de Compostela em 1999 (Ano Jubilar Compostelano/ Ano Santo), saindo, a pé, de Viana do Castelo. Realiza esta peregrinação com um micro fractura no pé direito, a qual o impossibilitava de andar normalmente desde de há meses. Chega ao túmulo do Apóstolo após oito dias de marcha.
Desde do ano de 2004 (Ano Jubilar Compostelano/ Ano Santo), peregrina diversas vezes, a pé, ao santuário compostelano, saindo de Braga, Viana do Castelo e Valença do Minho.
Realizou, a pé, a peregrinação a Roma no ano de 2001: Foram cerca de 3000 quilómetros percorridos em 126 dias. Amaro Franco é, desde 1999, membro da “Archicofradia Universal del Apóstol Santiago”.

In Ecclesia

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Homilia do Prelado do Opus Dei na Festa Litúrgica de S. Josemaria

Homilia proferida por D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei, na missa celebrada no passado dia 26 de Junho, na Basílica de Santo Eugénio (Roma).
Basílica de Santo Eugénio (Roma), 26-VI-2008

D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei

1. Queridos irmãos e irmãs
Todos aqueles que são conduzidos pelo Espírito de Deus, são filhos de Deus (Rm 8, 14). Esta é a assombrosa verdade que a segunda leitura da Missa de hoje nos recorda, com palavras de S. Paulo aos Romanos. Uma verdade essencial da fé cristã, que – por vontade divina – se converteu no cerne da pregação de S. Josemaria Escrivá, desde o começo da sua vocação. Vem-me à memória a frase com que abre o livro Forja: Filhos de Deus. Portadores da única chama capaz de iluminar os caminhos terrenos das almas, do único fulgor, no qual nunca poderão dar-se escuridões, penumbras nem sombras.
Nosso Senhor serve-se de nós como archotes, para que essa luz ilumine... De nós depende que muitos não permaneçam em trevas, mas que andem por sendas que levem até à vida eterna .
A consciência da filiação divina em Cristo levava S. Josemaria, instrumento dócil do Paráclito, a comunicar esta grande nova a todas as pessoas com quem se encontrava no seu caminhar terreno, animando-as a percorrer as vias da santidade. Porque, como continua o Apóstolo, o próprio Espírito dá testemunho ao nosso espírito, de que somos filhos de Deus. Se somos filhos, também somos herdeiros: herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, pois sofremos com Ele, para sermos também com Ele glorificados (Rom 8, 16-17).
Estas reflexões movem-nos a elevar a nossa gratidão a Deus, também por ter dado à Igreja a vida de S. Josemaria, instrumento de que se serviu para reavivar em muitas almas a consciência da filiação divina.
Demos graças a Deus igualmente porque, dentro de poucos dias, a 28 de Junho, por decisão do Santo Padre, que deseja celebrar deste modo o segundo milénio do nascimento do Apóstolo das gentes, se iniciará um ano paulino. É uma ocasião muito especial para meditar sobre a vida e a doutrina de S. Paulo, um acontecimento que nos incita a seguir a Cristo imitando o arrojo e a entrega completa que descobrimos na existência deste grande Apóstolo.
Um outro motivo de acção de graças provém do facto de que hoje, no Tribunal da Diocese de Roma, se encerrou o processo informativo da Causa de beatificação e canonização do Servo de Deus D. Álvaro del Portillo. É apenas um primeiro passo, mas um passo que a nós – e a tantas outras pessoas do mundo inteiro – nos enche de alegria, pois vemos no queridíssimo D. Álvaro o homem íntegro, o cristão autêntico, o bom pastor, o filho fidelíssimo de S. Josemaria, porque foi quem melhor soube – com a graça de Deus – seguir as suas pegadas, acolhendo em si plenamente o espírito que Deus comunicou ao Fundador do Opus Dei.


2. A festa de hoje, além de nos recordar que o chamamento – a vocação cristã! – à santidade tem o seu fundamento na realidade da nossa filiação divina, convida-nos a considerar o enquadramento desse chamamento: a vida quotidiana normal e, concretamente, o trabalho profissional e a vida de família, que preenchem a maior parte dos nossos dias.
Trabalhar é certamente uma actividade destinada a fazer face às necessidades económicas pessoais e familiares; mas, como nos ensinou S. Josemaria, o trabalho deve ser muito mais, pois nasce do amor, manifesta o amor, ordena-se ao amor .
Com efeito, depois de ter criado os nossos primeiros pais, Deus tomou o homem e colocou-o no jardim do Éden para que trabalhasse e o guardasse (Gn 2, 15). Meditando nesta página do Génesis, S. Josemaria enchia-se de alegria e de gratidão. O trabalho é a vocação original do homem; é uma bênção de Deus; e enganam-se lamentavelmente aqueles que o consideram um castigo.
O Senhor, o melhor dos pais, colocou o primeiro homem no Paraíso – "ut operaretur", para trabalhar .
O trabalho não é, pois, um castigo – a missão de trabalhar é anterior ao pecado original - mas um encargo confiado a todos os homens para, assim, poderem cooperar com Deus no desenvolvimento ordenado da criação material. Meditando neste ensinamento da Sagrada Escritura, o Fundador do Opus Dei viu – com luz recebida do Senhor – o enorme valor do trabalho como meio de santidade e de apostolado.
Durante um congresso sobre os ensinamentos de S. Josemaria, o então Cardeal Ratzinger realçava a contribuição notável dada pelo nosso Padre à proclamação solene do chamamento universal à santidade, consignada no Concílio Vaticano II. Detinha-se concretamente na afirmação de que «à santidade se chega, sob a acção do Espírito Santo, através da vida quotidiana. A santidade consiste nisto: em viver a vida quotidiana com o olhar posto em Deus; em plasmar as nossas acções à luz do Evangelho e do espírito da fé. Uma compreensão teológica abrangente do mundo e da história – acrescentava – deriva desta ideia central» , como tantos textos de S. Josemaria «atestam, de modo preciso e incisivo» .


3. O chamamento para colaborar na missão salvífica da Igreja é inseparável da vocação para a santidade. Também agora, como em tempos de Jesus, a multidão tem fome de escutar a palavra de Deus. É a cena que – uma vez mais – revivemos no Evangelho. O Senhor entrou na barca de Pedro para dirigir a sua palavra à multidão; serve-se da colaboração material de Simão e dos outros discípulos para a sua mensagem chegar mais longe. É um primeiro modo de participar na sua missão evangelizadora: proporcionar à Igreja os meios materiais de que necessita para trabalhar com maior eficácia no serviço das almas.
Mas este empenho não basta. O Senhor pede-nos também que colaboremos pessoalmente no apostolado, cada um segundo a situação em que se encontra e de acordo com as suas possibilidades. A pesca milagrosa é também um sinal da eficácia apostólica da obediência à palavra do Mestre. Depois de ter ensinado à multidão, Jesus dirige-se a Pedro e aos outros discípulos dizendo-lhes: faz-te ao largo, e lançai as redes para pescar (Lc 5, 6).
Também nós, se cultivarmos a amizade com Jesus na oração pessoal, se frequentarmos os sacramentos da Confissão e da Eucaristia, se recorrermos à Virgem Maria, aos Anjos e aos santos, nossos intercessores junto de Deus, seremos capazes. Mas, para isso, é necessário amar sinceramente os nossos amigos, os nossos companheiros, todas as almas. Um cristão tem de ser apostólico!
Existe uma necessidade muito grande de mulheres e de homens seriamente empenhados na tarefa de levar as almas aos pés de Cristo, como os primeiros Doze. Recordo-vos o que o Santo Padre dizia no dia em que iniciou o seu serviço pastoral na sede de Pedro: «Também hoje é dito à Igreja e aos sucessores dos apóstolos que se façam ao largo no mar da história e que lancem as redes, para conquistar os homens para o Evangelho para Deus, para Cristo, para a vida (…). Nós, homens, vivemos alienados, nas águas salgadas do sofrimento e da morte; num mar de obscuridade sem luz. A rede do Evangelho tira-nos para fora das águas da morte e conduz-nos ao esplendor da luz de Deus, na verdadeira vida. É precisamente assim, na missão de pescador de homens, no seguimento de Cristo, que é necessário conduzir os homens para fora do mar salgado de todas as alienações, rumo à terra da vida, rumo à luz de Deus. É precisamente assim, nós existimos para mostrar Deus aos homens. E só onde se vê Deus, começa verdadeiramente a vida. Só quando encontramos em Cristo o Deus vivo, conhecemos o que é a vida» .
São Josemaria convidava-nos a perguntarmo-nos todos os dias: que fiz hoje para aproximar algumas pessoas de Nosso Senhor? Muitas vezes será uma conversa orientadora, um convite a aproximar-se do sacramento da Penitência, um conselho que ajuda a compreender melhor algum aspecto da vida cristã. E, sempre, o oferecimento generoso de oração e de mortificação, de trabalho bem feito; estes são os meios mais importantes que devemos empregar para alcançar os objectivos apostólicos.
Além de ser um bom intercessor, S. Josemaria é um modelo esplêndido de homem que soube converter o trabalho em oração e colaborar com Cristo na extensão do seu reino. Confiemos a Maria, nossa Mãe, os propósitos concretos que tivermos formulado nestes minutos para que sejam plenamente operativos. Ámen.

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