quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

“Neste mistério há algo que deveria comover os cristãos”

Hoje brilhará sobre nós a luz, porque nos nasceu o Senhor! Eis a grande novidade que comove os cristãos e que, através deles, se dirige à Humanidade inteira. Deus está aqui! Esta verdade deve encher as nossas vidas. Cada Natal deve ser para nós um novo encontro especial com Deus, deixando que a sua luz e a sua graça entrem até ao fundo da nossa alma.
Detemo-nos diante do Menino, de Maria e de José; estamos contemplando o Filho de Deus revestido da nossa carne... Vem-me à lembrança a viagem que fiz a Loreto, em 15 de Agosto de 1951, para visitar a Santa Casa por motivo muito íntimo. Celebrei lá a Santa Missa. Queria dizê-la com recolhimento mas não tinha contado com o fervor da multidão. Não tinha calculado que nesse grande dia de festa muitas pessoas dos arredores viriam a Loreto – com a bendita fé dessa terra e com o amor que têm à Madona. E a sua piedade, considerando as coisas – como diria? – só do ponto de vista das leis rituais da Igreja, levava-as a manifestações não muito correctas. E assim, enquanto eu beijava o altar, nos momentos prescritos pelas rubricas da Missa, três ou quatro camponeses beijavam-no ao mesmo tempo. Distraía-me mas estava emocionado. E também me atraía a atenção a lembrança de que naquela Santa Casa – que a tradição assegura ser o lugar onde viveram Jesus, Maria e José – na mesa do altar tinham gravado estas palavras: Hic Verbum caro factum est. Aqui, numa casa construída pelas mãos dos homens, num pedaço de terra em que vivemos, habitou Deus!

O Filho de Deus fez-se carne e é perfectus Deus, perfectus homo [2], perfeito Deus e perfeito homem! Neste mistério há qualquer coisa que deveria emocionar os cristãos. Estava e estou comovido; gostava de voltar a Loreto... Vou lá em desejo para reviver os anos da infância de Jesus, repetindo e considerando: Hic Verbum caro factum est!Jesus Christus, Deus Homo, Jesus Cristo, Deus-Homem! Eis uma magnalia Dei [3], uma das maravilhas de Deus em que temos de meditar e que temos de agradecer a este Senhor que veio trazer a paz na terra aos homens de boa vontade [4], a todos os homens que querem unir a sua vontade à Vontade boa de Deus. Não só aos ricos, nem só aos pobres! A todos os homens, a todos os irmãos! Pois irmãos somos todos em Jesus; filhos de Deus, irmãos de Cristo. Sua Mãe é nossa Mãe.Na terra há apenas uma raça: a raça dos filhos de Deus. Todos devemos falar a mesma língua: a que o nosso Pai que está nos Céus nos ensina; a língua dos diálogos de Jesus com seu Pai; a língua que se fala com o coração e com a cabeça; a que estais a usar agora na vossa oração. É a língua das almas contemplativas, dos homens espirituais por se terem dado conta da sua filiação divina; uma língua que se manifesta em mil moções da vontade, em luzes vivas do entendimento, em afectos do coração, em decisões de rectidão de vida, de bem-fazer, de alegria, de paz.É preciso ver o Menino, nosso Amor, no seu berço. Olhar para Ele, sabendo que estamos perante um mistério. Precisamos de aceitar o mistério pela fé, aprofundar o seu conteúdo. Para isso necessitamos das disposições humildes da alma cristã: não pretender reduzir a grandeza de Deus aos nossos pobres conceitos, às nossas explicações humanas, mas compreender que esse mistério, na sua obscuridade, é uma luz que guia a vida dos homens.Vemos – diz S. João Crisóstomo – que Jesus saiu de nós, da nossa substância humana, e que nasceu de Mãe virgem; mas não entendemos como pode ter-se realizado esse prodígio. Não nos cansemos, tentando descobri-lo; aceitemos antes com humildade o que Deus nos revelou sem esquadrinharmos com curiosidade o que Deus nos escondeu [5]. Assim, com este acatamento, saberemos compreender e amar; e o mistério será para nós um esplêndido ensinamento, mais convincente do que qualquer outro raciocínio humano.
Texto extraído da homilia “O triunfo de Cristo na humildade” pronunciada em 24–XII–1963 por S. Josemaria Escrivá de Balaguer publicada em “Cristo que passa”.
Do site do Opus Dei

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

O autor do Blogue Sulco deseja a todos os amigos e leitores um Santo Natal.
Que o menino Jesus que hoje nace nos traga esperança e paz.
A esperança e a paz que só Ele nos pode dar.

Santo Natal

domingo, 21 de dezembro de 2008

Não me afasto da mais rigorosa verdade se vos digo que Jesus continua agora a buscar pousada no nosso coração. Temos de Lhe pedir perdão pela nossa cegueira pessoal, pela nossa ingratidão. Temos de Lhe pedir a graça de nunca mais Lhe fechar a porta das nossas almas.O Senhor não nos oculta que a obediência rendida à vontade de Deus exige renúncia e entrega porque o amor não pede direitos: quer servir. Ele percorreu primeiro o caminho. Jesus, como obedecestes Tu? Usque ad mortem, mortem autem crucis, até à morte e morte de Cruz. É preciso sair de nós mesmos, complicar a vida, perdê-la por amor de Deus e das almas... Tu querias viver e que nada te acontecesse; mas Deus quis outra coisa... Existem duas vontades: a tua vontade deve ser corrigida para se identificar com a vontade de Deus, e não torcida a de Deus para se acomodar à tua.Com alegria, tenho visto muitas almas que jogaram a vida – como Tu, Senhor, "usque ad mortem"! – para cumprir o que a vontade de Deus lhes pedia, dedicando os seus esforços e o seu trabalho profissional ao serviço da Igreja, pelo bem de todos os homens.Aprendamos a obedecer, aprendamos a servir. Não há maior fidalguia do que entregar-se voluntariamente ao serviço dos outros. Quando sentimos o orgulho que referve dentro de nós, a soberba que nos leva a pensar que somos super-homens, é o momento de dizer que não, de dizer que o nosso único triunfo há-de ser o da humildade. Assim nos identificaremos com Cristo na Cruz, não aborrecidos ou inquietos, nem com mau humor, mas alegres, porque essa alegria, o esquecimento de nós mesmos, é a melhor prova de amor.
(Cristo que passa, 19)

Santos desta semana

22 de Dezembro
Santa Francisca Xavier Cabríni [Fundadora]
Beato Graciano [Religioso]
23 de Dezembro
São João de Kety [Sacerdote]
Santas Vitória e Anatólia [Mártires]
São Sérvulo
Santa Maria Margarida Dufrost de Lajemmerais [Fundadora]
24 de Dezembro
Vigília do Natal
São Charbel Makhlouf [Monge]
São Delfim [Bispo]
25 de Dezembro
Natal do Senhor
Santos Natais e Manuéis
Santa Anastácia [Mártir]
Santo Alberto Chmielowski [Fundador]
Beata Maria dos Apóstolos von Wullenweber [Fundadora]
Beatas Inês Fila, Lúcia Khambang e Companheiras [Mártires]
26 de Dezembro
Santo Estêvão [Protomártir]
27 de Dezembro
São João [Apóstolo e Evangelista]
Santa Fabíola
Santos Teodoro e Teófanes
28 de Dezembro
São Tomás Becket [Arcebispo]
São Gerardo de Saint-Wandrille [Abade assassinado em 1029]

domingo, 14 de dezembro de 2008

Santos desta semana

15 de Dezembro
Santa Maria Crucificada de Rosa
São Mesmin [Abade]
Santa Nina ou Cristina
Beato João Henrique Carlos Steeb [Fundador]
Beata Virgínia Centurione Bracelli [Fundadora]
16 de Dezembro
Santa Adelaide ou Alice [Imperatriz]
Beata Maria dos Anjos [Religiosa]
Beato Honorato de Biala Podlaska [Sacerdote]
Beato Clemente Marchisio [Fundador]
17 de Novembro
Santa Olímpia
Os Mártires de Gaza
Beato José Manyanet [Fundador]
18 de Dezembro
Expectação de Nossa Senhora
São Gaciano [Bispo]
São Flávio
19 de Dezembro
Santa Sametana [Religiosa]
Beato Urbano V [Papa]
20 de Dezembro
São Teófilo de Alexandria e Companheiros [Confessores]
São Domingos de Silos [Abade]
21 de Dezembro
Santos Mártires Vietnamitas
Beato Pedro Friedhofen [Fundador]
São Pedro Canísio [Doutor da Igreja]
Beatos Pedro Thi e André Dung ou Lac

Viver o Advento em família

Para Carlota e Hervé, o Advento é, não só um tempo para preparar o Natal, mas também ocasião de falar de Cristo aos filhos, amigos e colegas de trabalho.

Os cristãos vivem actualmente o tempo do Advento.
Pode-nos dizer como o vivem, concretamente na vossa família?
É uma ocasião para nós de cuidarmos melhor da oração em família – as orações da liturgia são tão belas durante o Advento, que é bastante fácil; os cânticos do Advento e de Natal também nos ajudam muito. Mandamos sempre as Boas Festas com uma imagem do Natal. Para os seus colaboradores profissionais (cuja maioria não é cristã) o Hervé, meu marido, fá-lo também de uma forma sistemática, rezando por cada um deles, escolhendo reproduções tão belas e eloquentes quanto possível. Resultado, muitas vezes encontra o cartão enviado na parede de um escritório porque é belo e diferente dos outros.

São do Opus Dei há mais de 20 anos. A vossa vocação altera a forma de viver este tempo do Advento?

Sim, porque São Josemaria ensinou-nos a entrar no Evangelho como um personagem mais. Gostamos muito de entrar em casa de Maria e José, procurar viver a esperança com a Santíssima Virgem, a fidelidade e o abandono com São José, a admiração com Santa Isabel. Isto não é teoria porque isso ajuda-nos a renovar o nosso amor, o nosso desejo de amar com actos, de partilhar com os filhos e com os nossos amigos a nossa esperança: «vale a pena esforçarmo-nos um pouco» porque Jesus nos vem salvar. E depois quando saímos de junto da Sagrada Família e ouvimos São João Baptista, percebemos também o apelo à conversão: cada dia um pequeno propósito para fazer melhor do que antes e avançar como os Magos, para o presépio; um propósito para sair de nós mesmos e servir. É também um bom momento para fazer «o apostolado dos sacramentos», sobretudo neste ano Paulino e sobretudo da confissão, com os filhos ou com os nossos amigos.

Os vossos filhos têm iniciativas ligadas a este tempo particular?

O ambiente familiar passa a ter uma nova dimensão?São Josemaria dizia que se não encontrássemos o Senhor na nossa vida corrente, não O encontraríamos nunca. Metem-se pelos olhos dentro os pormenores materiais do Presépio e da árvore de Natal; mas procuramos sempre ter em conta a dimensão sobrenatural, para nos ajudar a não esquecer a presença de Deus que vem, para nos ajudar a rezar (torna-se muito mais simples diante de um bonito presépio que apela ao silêncio e ao recolhimento), para nos lembrar que nos estamos a preparar para acolher o Salvador lutando concretamente contra o que nos separa d’Ele. Inclusivamente a preparação dos presentes pode ter esta dimensão; este ano vamos receber os nossos irmãos, irmãs, sobrinhos e sobrinhas, cerca de cinquenta pessoas; que fazer para os receber bem? Para que se sintam bem em nossa casa e possam viver em paz este tempo abençoado? Para lhes agradar? Para que aqueles para quem o Natal perdeu o sentido, compreendam que nos anima uma alegria e uma esperança profundas? Os nossos filhos mais velhos pretendem ir ajudar a servir a ceia de consoada no hospital e acompanhar idosos à Missa; um deles vai trabalhar para uma associação que promove a ajuda a crianças hospitalizadas. Nós sugerimos-lhes que dêem alguma coisa em concreto (dinheiro, um objecto de que gostem…), para os cristãos perseguidos, para um pobre, para uma criança. Propomos-lhes sempre várias possibilidades para lhes abrir horizontes. Assim, este ano vão fazer pequenos arranjos para ganhar algum dinheiro para depois o enviarem para um internato no Benin onde se encontram 24 órfãos entre 48 internados!"

Do site do Opus Dei

domingo, 7 de dezembro de 2008

Santos desta semana

08 de Dezembro
A Imaculada Conceição
Santas Elfrida ou Fride, Edite e Sabina
Beata Narcisa de Jesus Martilho Morán
09 de Dezembro
Santa Leocádia [Mártir]
Beata Clara Isabel [Religiosa]
Beato Bernardo Maria de Jesus [Sacerdote]
Beato Libório Wagner [Mártir]
10 de Dezembro
Trasladação da Santa Casa do Loreto
Santa Eulália de Mérida [Mártir]
São Melquíades [Papa]
11 de Dezembro
São Dâmaso [Papa]
São Daniel, estilita
Beatos Martinho de São Nicolau e Melchior de Santo Agostinho [Mártires]
12 de Dezembro
Nossa Senhora da Guadalupe [Padroeira da América Latina]
Santa Joana Francisca de Chantal [Fundadora]
Beato Tiago de Viterbo [Religioso]
São Corentino [Bispo]
13 de Dezembro
Santa Luzia [Mártir]
Santa Odília (ou Otília)
14 de Dezembro
São João da Cruz [Doutor da Igreja]
São Venâncio Fortunato [Bispo]
Beata Maria Francisca Schervier [Fundadora]

sábado, 6 de dezembro de 2008

Carta do Prelado [Dezembro 2008]

Queridíssimos: que Jesus me guarde as minhas filhas e os meus filhos!
Terminou o ano mariano na Obra, no qual quisemos agradecer a Deus, pela interces­são da Santíssima Virgem, os vinte e cinco anos do Opus Dei como Prelatura pessoal. Espero que, pela bondade do Senhor, todos tenhamos progredido no afecto e devoção à nossa Mãe, que leva necessariamente a tratar o seu Filho Jesus de um modo mais íntimo e pessoal, mais apaixonado.
Preparamo-nos agora para a solenidade da Imaculada Conceição: uma nova oportuni­dade para consolidar ainda mais, no fundo da nossa alma, a piedade mariana que é caracte­rística dos católicos e parte muito importante da herança espiritual do nosso Funda­dor. Sabemos como S. Josemaria não se punha nunca como exemplo de nada: o único Modelo é Jesus Cristo, repetia. E, contudo, não tinha inconveniente em afirmar: se nalguma coisa quero que me imiteis é no amor que tenho à Virgem Maria. Tão grande era o seu carinho filial pela nossa Mãe! Peçamos por sua intercessão que, nestes dias de preparação para a grande festa de 8 de Dezembro, se opere em cada um de nós um crescimento contínuo na piedade mariana e na vibração apostólica. Animemos também outras pessoas a entrarem pelos caminhos da vida interior ou a progredirem nessa direcção, através de um diálogo mais confiado com Nossa Senhora.
Ontem começou o Advento, um tempo litúrgico especialmente adequado a fomentar a esperança teologal. Esta virtude leva-nos a aspirar, com todas as nossas forças, à felicidade eterna que o Senhor prometeu aos que cumprem a Sua vontade. Como o Santo Padre escreveu há justamente um ano, nós precisamos de ter aquelas esperanças – maiores ou menores – que dia a dia nos mantenham a caminho. Mas sem a grande esperança, que há-de superar tudo o resto, aquelas não chegam. Esta grande esperança só pode ser Deus, que abraça o universo e que nos pode propor e dar aquilo que nós sozinhos não podemos alcançar [1].
Comecemos assim este tempo litúrgico reafirmando os nossos desejos de chegar ao Céu. Não ponhamos o nosso fim nas coisas de cá de baixo: que todas as realizações que possamos conseguir nos ajudem a percorrer o caminho que conduz ao Céu. Um só é o fim último da vida: a posse e o júbilo de Deus por toda a eternidade. Aí se encontra a meta definitiva a que havemos de aspirar dia a dia. E, para isso, havemos de pôr tudo – absolutamente tudo, sem ficarmos com nada – ao serviço do Reino de Deus.
O Catecismo da Igreja Católica resume o sentido destas semanas com as palavras seguintes: «Ao celebrar cada ano a Liturgia do Advento, a Igreja actualiza esta expectativa do Messias. Comungando na longa preparação da primeira vinda do Salvador, os fiéis renovam o ardente desejo da Sua segunda vinda» [2]. Tempo de preparação para o Natal e para fomentar a esperança da vinda do Nosso Redentor, que terá lugar no fim dos tempos, para julgar os vivos e os mortos e instaurar plenamente o Seu reino, de modo a que Deus seja tudo em todas as coisas [3].
A primeira fase do Advento – até 16 de Dezembro – centra-se na consideração da última vinda do Senhor. A Liturgia da Missa, sobretudo aos Domingos, apresenta-nos passagens do Antigo e do Novo Testamento destinadas a preparar-nos para esse encontro. A partir de 17 de Dezembro, muda o conteúdo das leituras, que nos dispõem de modo imediato para a vinda espiritual de Jesus Cristo no Natal: dois aspectos intimamente unidos, que podem muito bem guiar a nossa oração durante o mês de Dezembro. Como é a nossa fome de estar com Deus já aqui na Terra? Procuramos o Seu rosto, quando isso acontece? Evitamos que haja em nós qualquer perda de paz, com a certeza de que Ele veio e virá para todos?
A consideração dos novíssimos – as coisas últimas, que hão­‑de acontecer no final dos tempos e, antes, para cada um, no dia da sua morte – não se há-de tornar uma fonte de temor ou de inquietação. Nada mais longe da intenção da Igreja ao apresentar-nos estas verdades. Elas constituem antes um chamamento ao sentido da responsa­bili­dade pessoal, para que nos decidamos a trabalhar com maior constância na obra da santificação pessoal e na tarefa apostólica.
Há poucas semanas, referindo a doutrina de S. Paulo sobre os Novíssimos, Bento XVI convidava os cristãos a meditar em três grandes certezas da nossa fé relacionadas com este tema. A primeira é a certeza de que Jesus ressuscitou, está com o Pai e, por isso, está connosco para sempre. E ninguém é mais forte que Cristo (…). Por isso estamos seguros e não temos medo [4].
Como havíamos de ter medo do nosso Pai Deus, que mostrou de tantas e evidentes formas o Seu amor por nós, até ao ponto de enviar o Seu Filho ao mundo para o salvar? A fé em Cristo ressuscitado é o melhor antídoto contra todos os medos. Assim aconteceu no início da pregação evangélica, num mundo dominado pelo medo fatalista do destino, e assim se deve renovar aquela fé também hoje, num mundo em que tantas pessoas andam cheias de apreensão pelo futuro, ou vivem de forma irresponsável, como se tudo acabasse aqui em baixo. O Senhor é a minha luz e a minha salvação, a quem temerei? (Sl 26, 1), perguntava-se S. Josemaria com palavras do Salmo.E respondia: A ninguém. Tratando assim o nosso Pai do Céu, não admitamos medo de ninguém nem de nada [5]. Por isso acrescentava: um filho de Deus não tem medo da vida nem medo da morte, porque o fundamento da sua vida espiritual é o sentido da filiação divina: Deus é meu Pai, pensa, e é o Autor de todo o bem, é toda a Bondade [6].
Em segundo lugar– prossegue o Papa, aprofundando sobre as raízes do optimismo cristão –, a certeza de que Cristo está comigo, de que em Cristo o mundo futuro já começou, também dá certeza da esperança. O futuro não é uma escuridão em que ninguém se orienta. Não é assim [7]. Para quem acredita em Cristo e vive de Cristo, o futuro emerge sempre luminoso, um caminho seguro, porque Jesus Cristo ressuscitado, o Bom Pastor, nos abriu a senda da vida eterna e caminha connosco, nos protege e nos anima com o carinho de uma mãe e de um pai. Cada um pode fazer suas, com plena verdade, as palavras inspiradas: o Senhor é meu pastor, nada me falta. Em verdes prados me faz descansar e conduz-me às águas refrescantes. Reconforta a minha alma e guia-me por caminhos rectos, por amor do Seu Nome. Ainda que atravesse vales tenebrosos, de nenhum mal terei medo porque Tu estás comigo, a Tua vara e o Teu cajado me sossegam[8].
A terceira certeza que sustenta os cristãos é esta:o Juiz que volta – Juiz e Salvador ao mesmo tempo – confiou-nos a tarefa de viver neste mundo conforme o Seu modo de viver. Entregou-nos os Seus talentos. Por isso, a nossa atitude é : responsabilidade para com o mundo, para com os irmãos, diante de Cristo e, ao mesmo tempo, também a certeza da Sua misericórdia. As duas coisas são importantes [9].
Este sentido de responsabilidade responde à advertência do Senhor: negotiamini dum venio [10], negociai até Eu voltar. Palavras que S. Josemaria meditou frequentemente, com a certeza de que Deus nos acompanha sempre, e com a responsabilidade de que nos confiou a Sua herança. É preciso aproveitar bem o tempo para que, com a graça divina, mereçamos chegar um dia à bem-aventurança eterna. Saboreemos aquelas outras palavras do nosso Padre: Que pena viver tendo como ocupação matar o tempo, que é um tesouro de Deus! Não há desculpas para justificar essa actuação (…). Que tristeza não tirar partido, autêntico rendimento de todas as faculdades, poucas ou muitas, que Deus concede ao homem para que se dedique a servir as almas e a sociedade!
Quando o cristão mata o seu tempo na Terra, põe-se em perigo de matar o seu Céu, se, por egoísmo, se acanha, se esconde, se despreocupa. Quem ama a Deus, não entrega só o que tem, o que é, ao serviço de Cristo: dá-se ele próprio [11].
À luz destes convites, podemos perguntar-nos: sinto a responsabilidade de fazer render os talentos – qualidades pessoais, tarefas que me ocupam, oportunidades de fazer o bem que me aparecem em cada dia – para estabelecer o Reino de Cristo na minha alma e no ambiente em que vivo? Como ajudo os outros a comportar-se deste modo, com o meu exemplo e com a minha palavra? Faço tudo o que está ao meu alcance para que se respeite a lei de Deus na legislação civil e na organização da sociedade?
A segunda fase do Advento, como vos recordava no início, tende a preparar-nos de modo imediato para o Natal. Nessa altura, seguindo um conselho do nosso Padre, podemos acompanhar Nossa Senhora e S. José no caminho até Belém. Nos tempos de oração pessoal e ao longo do dia, situemo-nos muito perto deles, prestando-lhes com o desejo algum serviço, reparando pelos que naquela altura, e também agora, não souberam acolher o Filho de Deus quando veio à Terra. Não é pura imaginação, mas um modo de exercitar de forma concreta a nossa fé no mistério da Encarnação.
O Natal aparece-nos como uma escola extraordinária. Aproveitemos as lições que Jesus nos dá. Como o nosso Padre lembrava, detenhamo-nos na naturalidade do Seu nascimento. Começa por estar nove meses no seio de Sua Mãe, como qualquer outro homem, com extrema naturalidade. Sabia o Senhor de sobra que a humanidade padecia de uma urgente necessidade d’Ele. Tinha, portanto, fome de vir à Terra para salvar todas as almas, mas não precipita o tempo: vem na Sua hora, como chegam ao mundo os outros homens [12].
Também podemos considerar a Sua simplicidade. O Senhor vem sem aparato, desconhecido de todos. Na Terra, só Maria e José participam na divina aventura. Depois, os pastores, avisados pelos anjos. E mais tarde, os sábios do Oriente. Assim acontece o facto transcendente que une o Céu à Terra, Deus ao homem! [13]
Imitando o Mestre com determinação, podemos unir o divino e o humano na nossa existência comum. Basta que nos esforcemos por meter Deus no centro da nossa actividade, com a vontade de cumprir os nossos deveres para Lhe dar glória, e rectificando aqueles motivos que o possam dificultar. Nestes dias anteriores ao Natal, não esqueçamos que Maria e José continuam a bater à porta das nossas almas, como então às portas das casas de Belém. Não me afasto da mais rigorosa – assegurava S. Josemaria – verdade se vos digo que Jesus continua agora a buscar pousada no nosso coração. Temos de Lhe pedir perdão pela nossa cegueira pessoal, pela nossa ingratidão. Temos de Lhe pedir a graça de nunca mais Lhe fecharmos a porta das nossas almas [14].
Nas próximas semanas, a Liturgia, ao fazer ressoar a voz de Jesus, recomenda-nos vigilância: vigiai, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor [15]. É o que o Papa recorda a todos os cristãos: Jesus, que no Natal veio até nós e voltará glorioso no fim dos tempos, não se cansa de nos visitar continuamente nos acontecimentos de cada dia. Pede-nos que estejamos atentos para perceber a Sua presença, o Seu advento, e aconselha-nos que O esperemos vigiando (…). Preparemo-nos para receber com fé o mistério do nascimento do Redentor, que encheu de alegria o universo [16].
Na semana passada, tive oportunidade de passar uns dias em Pamplona, para acompanhar as vossas irmãs e os vossos irmãos depois das circunstâncias extraordinárias por que passaram. Pude mais uma vez testemunhar o espírito que o nosso Padre infundiu em todas e em todos, também nos que trabalham na Universidade de Navarra. Passadas poucas semanas do atentado sofrido, a atitude profundamente cristã das mulheres e dos homens que ali trabalham ajudou-me a dar graças a Deus: porque se toca com as mãos que o Opus Dei é uma sementeira de paz e de alegria.
Renovo a minha petição de orações pelas minhas intenções; em primeiro lugar pelo Papa e pelos seus colaboradores no governo da Igreja, pelos Bispos e sacerdotes, por todos os membros do Povo de Deus. E para que o trabalho apostólico pessoal – de cada uma, de cada um – não conheça tréguas. Com Cristo, ajudados pela Virgem Maria e S. José, façamo­‑nos tudo para todos.
Neste mês há muitos aniversários da Obra. Não me posso deter a comentá-los, porque seria interminável. Peço-vos, isso sim, que amemos mais esta história das miseri­córdias de Deus, porque o Senhor as quis para cada uma, para cada um. Desejo que não fiquem em simples recordações, mas que as vivamos.
Com todo o afecto, abençoa-vos
O vosso Padre
+ Javier

domingo, 30 de novembro de 2008

"Tenham presépios nas vossas portas"

Foi assim que o Sacerdote nos provocou hoje na Eucaristia. Falava sobre o Natal que se avizinha.
O Sacerdote lança este desafio à comunidade: "tenham presépios nas vossas portas".
Cristãos, levem o verdadeiro Natal aos vizinhos, pelo vosso exemplo.

E pediu ainda que os nossos filhos fizessem, também eles, o seu presépio. Tosco ou não, mas o deles. O Jesus, a Maria e o José deles. Também eles percebam o Natal.
Muito bonito este desafio.
Em certa altura, alguém me disse: - Padre, mas se eu me encontro cansado e frio; se, quando rezo ou cumpro outra norma de piedade, me parece que estou a fazer teatro...A esse amigo e a ti, se te encontrares na mesma situação, respondo: - Teatro? Grande coisa, meu filho! Faz teatro! O Senhor é o teu espectador!: o Pai, o Filho, o Espírito Santo; a Santíssima Trindade estará a contemplar-nos, naqueles momentos em que "fazemos teatro".Actuar assim diante de Deus, por amor, para lhe agradar, quando se vive a contragosto, que bonito! Ser jogral de Deus! Que maravilhoso é esse recital realizado por Amor, com sacrifício, sem nenhuma satisfação pessoal, para dar gosto a Nosso Senhor!Isso sim que é viver de Amor.
Forja, 485

Santos desta semana

01 de Dezembro
Santos Edmundo Campion, Robrto Southwell e Companheiros [Mártires]
Beata Maria Clementina Anuarite [Religiosa]
Santo Elói ou Elígio [Bispo]
02 de Dezembro
Santa Bibiana [Mártir]
Beato João Ruysbroeck [Sacerdote]
Beato Rafael Chylinski [Sacerdote]
03 de Dezembro
São Francisco Xavier [Sacerdote]
Beato Eduardo Coleman [Mártir]
04 de Dezembro
São João Damasceno [Doutor da Igreja]
Santa Bárbara [Mártir]
Beato João Oreste Calábria [Fundador]
Beato Adolfo Kolping [Sacerdote]
05 de Dezembro
São Martinho de Dume [Bispo]
São Frutuoso [Bispo]
São Geraldo [Bispo]
Beato Bartolomeu Fânti [Religioso]
Beato Filipe Rinaldi [Sacerdote]
Beato Nicolau Stensen [Bispo]
06 de Dezembro
São Nicolau [Bispo]
São Sabas [Eremita]
Santa Dionísia, São Majórico e Companheiros [Mártires]
07 de Dezembro
Santo Ambrósio [Bispo, Doutor da Igreja]
Santa Maria Josefa Roselho [Religiosa]

terça-feira, 25 de novembro de 2008

30 novos diáconos

D. Javier Echevarría conferiu o diaconado a 30 fiéis da Prelatura do Opus Dei. "Estamos conscientes – disse-lhes - de que Ele é o único caminho para encher os corações de alegria e para instaurar a concórdia entre os povos".
A cerimónia teve lugar na Basílica de Santo Eugénio (Roma). Os novos diáconos procedem de 12 países diferentes: China, Argentina, Chile, Espanha, Costa do Marfim, México, Itália, Quénia, Brasil, El Salvador, Portugal e Honduras.
Site Opus Dei

domingo, 23 de novembro de 2008

Desde há muitos anos que tem vindo a dizer e a escrever que a vocação dos leigos consiste em três coisas: “santificar o trabalho, santificar-se no trabalho e santificar os outros com o trabalho”. Poderia precisar-nos o que entende exactamente por santificar o trabalho?
É difícil explicá-lo em poucas palavras, porque nessa expressão estão implicados conceitos fundamentais da própria teologia da Criação. O que sempre ensinei - desde há quarenta anos - é que todo o trabalho humano honesto, tanto intelectual como manual, deve ser realizado pelo cristão com a maior perfeição possível: com perfeição humana (competência profissional) e com perfeição cristã (por amor à vontade de Deus e em serviço dos homens). Porque, feito assim, esse trabalho humano, por humilde e insignificante que pareça, contribui para a ordenação cristã das realidades temporais - a manifestação da sua dimensão divina - e é assumido e integrado na obra prodigiosa da Criação e da Redenção do mundo: eleva-se assim o trabalho à ordem da graça, santifica-se, converte-se em obra de Deus, operatio Dei, opus Dei.Ao recordar aos cristãos as palavras maravilhosas do Génesis - que Deus criou o homem para que trabalhasse -, fixámo-nos no exemplo de Cristo, que passou a quase totalidade da sua vida terrena trabalhando numa aldeia como artesão. Amamos esse trabalho humano que Ele abraçou como condição de vida, e cultivou e santificou. Vemos no trabalho - na nobre e criadora fadiga dos homens - não só um dos mais altos valores humanos, meio imprescindível para o progresso da sociedade e o ordenamento cada vez mais justo das relações entre os homens, mas também um sinal do amor de Deus para com as suas criaturas e do amor dos homens entre si e para com Deus: um meio de perfeição, um caminho de santificação.Por isso, o único objectivo do Opus Dei sempre foi este: contribuir para que, no meio do mundo, das realidades e afãs seculares, homens e mulheres de todas as raças e de todas as condições sociais procurem amar e servir a Deus e a todos os outros, no seu trabalho ordinário e através dele.
Temas actuais do cristianismo, Ponto 10

Celebração do rito da paz está em análise

Bento XVI recebeu, neste sábado, o prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, o Cardeal Francis Arinze. O cardeal nigeriano apresentou ao Papa a terceira edição do Missal Romano, que contém orações e indicações teológicas, pastorais e espirituais para a celebração da liturgia. Não se trata de uma nova edição, mas somente de pequenos ajustes.
Em entrevista ao jornal L'Osservatore Romano, o cardeal falou que a celebração do rito da paz está em análise. O papa está a consultar o episcopado de todo o mundo para saber se convém inserir o rito da paz durante o ofertório.
"Muitas vezes, não se compreende o pleno significado desse gesto. As pessoas pensam que é uma ocasião para apertar a mão dos amigos. Na verdade, é uma maneira de dizer para quem está do nosso lado que a paz de Cristo, presente realmente no altar, está também com todos os homens. A mudança de transferir o rito para o ofertório seria uma maneira de criar um clima mais íntimo enquanto nos preparamos para a comunhão", disse o cardeal.
Comentando o próximo Sínodo para a África, em 2009, o cardeal nigeriano definiu-o como um "evento providencial", porque a África necessita de mais justiça e de paz. "É bom entender que nem tudo vai mal: há sociedades pacíficas e nações democráticas. Mas ainda há demasiada violência entre grupos étnicos, massacres e corrupção. E não podemos fingir que não sabemos de nada."
Além de apresentar a nova edição do missal, o cardeal Arinze recebeu as felicitações do papa pelos seus 50 anos de sacerdócio, que foram celebrados neste sábado, na Basílica de S. Pedro.
Com Rádio Vaticano
In Ecclesia

Santos desta semana

24 de Novembro
Santas Flora e Maria [Mártires]
Santa Eanfleda [Raínha]
Beata Maria Ana Sala [Religiosa]
25 de Novembro
São Tomás de Vila Nova [Bispo]
Santa Catarina de Alexandria [Mártir]
Beatos Luís Beltrame e Maria Beltrame Quattrocchi [Esposos]
26 de Novembro
São Silvestre [Abade]
São Leonardo de Porto Maurício [Sacerdote]
São João Berchmans [Religioso]
Beato Tiago Alberione [Fundador]
27 de Novembro
Nossa Senhora da Graças ou da Medalha Milagrosa
São Máximo de Riez [Bispo]
Santos Facundo e Primitivo [Mártires]
28 de Novembro
Santa Catarina Labouré [Religiosa]
Beato Grázia de Cáttaro [Religioso]
São Tiago de Marca [Religioso]
29 e Novembro
Beatos Dionísio da Natividade e Redento da Cruz [Mártires]
São Saturnino [Mártir]
Beato Frederico de Ratisbona [Leigo]
São Francisco António Fasani [Sacerdote]
30 de Novembro
Santo André [Apóstolo]
Beato José Marchand [Mártir]

domingo, 16 de novembro de 2008

Para evitares a rotina nas orações vocais, procura rezá-las com o mesmo amor com que o apaixonado fala pela primeira vez... e como se fosse a última ocasião em que pudesses dirigir-te a Nosso Senhor.
Forja, 432

O Opus Dei

O que é o Opus Dei ?
O Opus Dei é uma instituição da Igreja Católica, fundada por São Josemaria Escrivá de Balaguer.A sua missão consiste em difundir a mensagem de que o trabalho e as circunstâncias habituais são ocasião para um encontro com Deus, para o serviço aos outros e para melhorar a sociedade. O Opus Dei colabora com as igrejas locais, organizando encontros de formação cristã (aulas, retiros, atendimento sacerdotal) destinados a quem tenha o desejo de renovar a sua vida espiritual e o seu apostolado.
Qual o espírito do Opus Dei ?
Alguns aspectos do espírito do Opus Dei:
Filiação divina
«A filiação divina é o fundamento do espírito do Opus Dei», afirmou o fundador. A partir do baptismo, um cristão é um filho de Deus. A formação proporcionada pela Prelatura consolida nos fiéis cristãos uma viva consciência da sua condição de filhos de Deus e ajuda a proceder de acordo com essa realidade: favorece a confiança na providência divina, a simplicidade no relacionamento com Deus e com os outros, um profundo sentido da dignidade da pessoa e da fraternidade entre os homens, um verdadeiro amor cristão ao mundo e às realidades criadas por Deus, a serenidade e o optimismo.
Vida corrente
«É no meio das coisas mais materiais da terra onde nos devemos santificar, servindo a Deus e a todos os homens», dizia São Josemaria. A família, o casamento, o trabalho, a ocupação de cada momento são ocasiões habituais para encontrar e imitar Jesus Cristo, procurando praticar a caridade, a paciência, a humildade, a laboriosidade, a justiça, a alegria e em geral as virtudes humanas e cristãs.
Santificar o trabalho
Procurar a santidade no trabalho significa empenhar-se em fazê-lo bem feito, com competência profissional, e com sentido cristão, isto é, por amor a Deus e para servir os homens. Assim, o trabalho quotidiano converte-se em lugar de encontro com Cristo.
Oração e sacrifício.
Os meios de formação do Opus Dei lembram a necessidade de cultivar a oração e a penitência próprias do espírito cristão. Os fiéis da Prelatura participam diariamente na Santa Missa, dedicam um tempo à leitura do Evangelho, recorrem com frequência ao sacramento da confissão, praticam a devoção a Nossa Senhora. Para imitar Jesus Cristo, procuram também oferecer algumas pequenas mortificações, especialmente aquelas que facilitam o cumprimento do dever e tornam mais agradável a vida aos outros, bem como o jejum e a esmola.
Unidade de vida
O fundador do Opus Dei dizia que o cristão não deve «ter uma vida dupla: a vida interior, a vida de relação com Deus, por um lado; e, por outro lado, diferente e separada, a vida familiar, profissional e social». Pelo contrário, explicava São Josemaria, «há uma única vida, feita de carne e espírito, e essa é que tem que ser – na alma e no corpo – santa e cheia de Deus».
Liberdade
Os fiéis do Opus Dei são cidadãos que gozam dos mesmos direitos e têm as mesmas obrigações que os restantes cidadãos, seus iguais. Na actuação política, económica, cultural, etc., agem com liberdade e responsabilidade pessoais, sem envolver a Igreja ou o Opus Dei nas suas decisões, e sem apresentar esse modo de agir como o único compatível com a fé. Esta atitude exige respeitar a liberdade e as opiniões alheias.
Caridade
Quem conhece Cristo encontra um tesouro que não pode deixar de partilhar. Os cristãos são testemunhas de Jesus Cristo e irradiam a sua mensagem de esperança entre os familiares, amigos e colegas, com o exemplo e com a palavra. O fundador afirmou: «nesse trabalho, ombro a ombro com os nossos colegas, com os nossos amigos, com os nossos parentes, lutando pelos mesmos interesses, podemos ajudá-los a chegar a Cristo». Tal empenho por dar Cristo a conhecer é inseparável do desejo de ajudar a resolver as carências materiais e os problemas sociais do ambiente em que se vive.
In site Opus Dei

Santos desta semana

17 de Novembro
Santa Isabel da Hungria [Viúva]
Beata Filipa Duchesne [Religiosa]
Santo Aniano [Bispo]
Santa Hilda [Religiosa]
São Gregório de Tours [Bispo]
18 de Novembro
Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo
Beata Carolina Kózka
Santo Odo de Cluny [Monge]
Beatos Domingos Jorge, Isabel Fernandes e Inácio [Mártires]
Beata Salomé de Cracóvia [Viúva e Religiosa]
19 de Novembro
Santa Matilde de Hackeborn [Religiosa]
Matilde de Magdeburgo [Religiosa]
Santa Inês de Assis [Religiosa]
20 de Novembro
Santo Edmundo [Rei e Mártir]
Beata Maria Fortunata [Religiosa]
21 de Novembro
Apresentação de Nossa Senhora no Templo
São Gelásio I [Papa]
Beata Maria de Jesus do Bom Pastor [Fundadora]
22 de Novembro
Santa Cecília
Santos Filémon e Ápia
Beatos Salvador Lilli e Companheiros [Mártires]
23 de Novembro
São Clemente I [Papa]
Beato Miguel Agostinho Pro [Mártir]
São Columbano [Monge]

domingo, 9 de novembro de 2008

Semana dos Seminários

A Igreja dedica esta semana aos Seminários. Até ao dia 16 de Novembro, os cristãos são convidados a olhar a vocação sacerdotal como um «campo a semear e barco de amarras soltas», assim escreve D. António Francisco dos Santos, na mensagem para semana dos Seminários.
“São múltiplos os gestos e eloquentes os sinais que creditam e revelam a atenção e o carinho da Igreja, das comunidades, das famílias e das pessoas para com os Seminários e nos dizem que devemos ter um olhar de esperança em relação ao seu futuro e à sua imprescindível missão”, aponta o também Bispo de Aveiro na mensagem da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios para esta semana.
“A mudança cultural a que assistimos e na qual queremos participar de forma consciente e lúcida, diz-nos que estamos a viver na aurora de uma nova época”. D. António aponta que “os novos tempos exigem passos novos e gestos proféticos”.
“Os Seminários precisam de estabilidade na missão e merecem de cada um de nós e de toda a Igreja afecto, oração, comunhão e generosidade”.
O Presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios escreve que a vocação “é uma viagem, única e irrepetível”. “O Seminário é experiência, tempo e lugar de viagem de quem acredita e escuta a voz de Deus”, e este ligar constitui, “no coração da Igreja, o retomar constante da experiência pedagógica e espiritual da viagem vocacional e da aprendizagem da missão”.
D. António Francisco dos Santos afirma que a semana dos seminários que agora se abre, “insere-se no horizonte de esperança”, onde toda a Igreja é chamada a colaborar.
D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, escreveu à igreja diocesana convidando todos a rezar e “a quem pareça reunir condições, fazer o convite directo para fazer o seu encaminhamento para algum dos nossos Seminários ou Pré-Seminário”. O Bispo dá conta de grupos de leigos e famílias, na diocese, que organizam tempos fortes de oração, com regularidade, pelas vocações sacerdotais e procuram acompanhar e encaminhar aqueles que manifestam desejo de entrar no Seminário.
Na Guarda, o ofertório das eucaristias no dia 16 de Novembro reverte a favor dos Seminários da Diocesanos.
Em Coimbra, na próxima Quinta-feira, dia 13, pelas 21.30 horas, terá lugar no Seminário Maior de Coimbra, uma Vigília de Oração.
No Funchal, está previsto, dia 8 de Novembro, um encontro vocacional do Pré-Seminário, sob o tema «A vocação de Abraão». Dia 11, será celebrada uma eucaristia no Seminário na Paróquia dos Álamos seguida de Adoração ao Santíssimo Sacramento. Dia 14, está marcada uma eucaristia no Seminário na Paróquia do Curral das Freiras seguido de Magusto do Seminário. Dia 15 está agendada recolecção dos Seminaristas e formação para a Lectio Divina, para além de um momento de oração animado pelos Seminários. Ainda neste dia, celebra-se eucaristia no Seminário na Paróquia de São Francisco Xavier na Calheta, onde haverá também testemunhos vocacionais. Programa igual recebe o Seminário na Paróquia do Loreto nesse mesmo dia. Dia 16 encontra-se a equipa formadora, pais e seminaristas no Seminário de Nossa Senhora de Fátima.
D. Manuel Clemente, bispo do Porto pede, nesta semana que em todas as paróquias se reze diariamente pelos seminários. “Que se organize pela Diocese um Lausperene pelos Sacerdotes e pelos Seminários; que se apoiem materialmente estas Casas, para que disponham das condições necessárias à formação dos candidatos; que se reconheça e estimule o trabalho dos formadores, só possível com a oração e o carinho dos crentes”.
A Diocese do Porto tem com o Seminário do Bom Pastor (Ermesinde), o Seminário de Nossa Senhora da Conceição (Sé) e o Seminário de Santa Teresa do Menino Jesus (agora a começar e ligado ao Caminho Neo-Catecumenal). “São mais de 60 os seminaristas no conjunto dos três. Temos também outras Casas de formação sacerdotal, ligadas aos Institutos Religiosos”.
Mais a Sul, em Lisboa, os seminários da Diocese vão abrir as suas portas, no dia 16 de Novembro, proporcionando um contacto próximo para quem desejar conhecer melhor esta casa. Penafirme, Caparide, Olivais e Redemptoris Mater vão organizar, em conjunto, uma tarde de reflexão e oração no Seminário dos Olivais, com a presença do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo.
In Ecclesia

Santos desta semana

10 de Novembro
São Leão I, o Magno [Papa, Doutor da Igreja]
Santo André Avelino [Sacerdote]
Santa Natalena ou Lena
11 de Novembro
São Martinho de Tours [Bispo]
São Menas [Mártir]
12 de Novembro
São Josafá Kuncevicz [Bispo]
São Teodoro Studita [Monge]
Santos Cristiano, Bento, Isaac, Tiago e Mateus [Religiosos]
13 de Novembro
Santo Estenislau Kostka [Religioso]
Beata Agostinha Lívia Pietrantoni [Religiosa]
São Diogo de Alcalá [Religioso]
Santo Homembom [Leigo]
14 de Novembro
São José Pignatelli [Sacerdote]
Beatos Nicolau Tavilich, Deodato Aribert, Estêvão de Cúneo e Pedro de Narbona [Mártires]
São Serapião [Mártir]
15 de Novembro
Santo Alberto Magno [Bispo, Doutor da Igreja]
São Leopoldo III [Leigo]
São Malô [Bispo]
Beato Artur
São Rafael Kalinowski de São José [Sacerdote]
Beata Maria da Paixão [Fundadora]
16 de Novembro
Santa Margarida [Rainha da Escócia]
Santos Roque González, Afonso Rodríguez e João del Castillo [Mártires]
Santa Gertrudes [Religiosa]
São José Moscati [Leigo]

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Carta do Prelado [Novembro 2008]

A carta que D. Javier Echevarría escreve mensalmente está centrada, neste mês, no tesouro que é a Igreja. O Prelado do Opus Dei sugere algumas acções concretas para a amar e servir.

Queridíssimos: que Jesus me guarde as minhas filhas e os meus filhos!
Há poucos dias acabou a Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, na qual pude saborear com alegria, mais uma vez, a unidade e a universalidade da Igreja. Comoveu-me também a confiança no apostolado do Opus Dei que muitos Padres, de países muito diferentes, me manifestavam: bastantes agradeciam o serviço apostólico que os fiéis e Cooperadores da Obra realizam nas suas dioceses, e outros pediam-me para começar quanto antes o trabalho apostólico estável nos seus países ou regiões. Pensei muitas vezes nos sonhos do nosso Padre, quando nos lembrava que nos esperam em muitos sítios, e ao mesmo tempo rezava pelos futuros trabalhos.
Perante essas manifestações de interesse e de afecto, perante tantas chamadas urgentes, vinham-me à ideia com mais insistência aquelas palavras: Jesus! Almas!... Almas de apóstolo! São para Ti, para a Tua glória.

Façamos eco, em cada dia, a este clamor que o nosso Padre quer que ressoe nos nossos corações, enquanto nos ajuda a partir do Céu.
Vibrar com as necessidades da Igreja, em todos os continentes, é e será sempre uma característica muito própria dos cristãos. Esta profunda atitude do coração manifesta-se especialmente no dia de hoje, solenidade de Todos os Santos.

A solenidade que celebramos não só nos convida a recordar a imensa multidão das almas bem aventuradas, como nos faz também um convite a aprofundar no mistério da Igreja, da qual fazemos parte os que ainda peregrinamos na Terra, os que se purificam no Purgatório e os que já gozam de Deus no Céu.
Não me posso esquecer do júbilo com que S. Josemaria exprimia esta verdade. «Na Santa Igreja – escrevia a certa altura –, nós, os católicos, encontramos a nossa fé, as normas de conduta, a oração, o sentido da fraternidade e a comunhão com todos os irmãos que já desapareceram e que estão a purificar-se no Purgatório – Igreja padecente – ou que já gozam da visão beatífica – Igreja triunfante –, amando eternamente Deus, três vezes Santo. Por isso, a Igreja permanece aqui e, ao mesmo tempo, transcende a História. A Igreja que nasceu sob o manto de Santa Maria continua a louvá-la como Mãe na terra e no céu».
Um dos ensinamentos capitais de S. Paulo é precisamente sobre a natureza da Igreja: fala­‑nos dos discípulos do Senhor, convocados por Deus Pai e reunidos pelo Espírito Santo para formarem o Corpo Místico de Cristo.

Bento XVI sublinhou-o várias vezes ao longo deste ano dedicado ao Apóstolo dos gentios. Ao compasso de alguns dos seus ensinamentos, convido-vos a meditar nestas verdades durante as próximas semanas. Como fruto desta consideração, espero de Deus que em cada um de nós se intensifique o amor à nossa Mãe a Igreja e o desejo de a servir como a Igreja quer ser servida, em qualquer situação em que nos encontremos.
O Papa anima-nos a reparar, antes de mais, que o «primeiro contacto [do Apóstolo] com a pessoa de Jesus se deu através do testemunho da comunidade cristã de Jerusalém (…). A História demonstra que normalmente se chega a Jesus passando pela Igreja».

O Santo Padre comenta que, às vezes, como aconteceu a Saulo, o primeiro contacto com a Igreja (realidade espiritual e visível ao mesmo tempo) pode ser «um contacto turbulento. Ao conhecer o novo grupo de crentes, transformou-se imediatamente no seu feroz perseguidor. Ele próprio o reconhece por três vezes, em cartas diferentes».

Normalmente não tem por que ser assim, sobretudo se nós, os cristãos, procuramos reflectir fielmente a figura de Jesus nas nossas palavras e na nossa actuação. No caminho de Damasco, S. Paulo compreendeu que, «ao perseguir a Igreja, perseguia Cristo. Então, Paulo converteu-se ao mesmo tempo a Cristo e à Igreja. Assim se compreende, conclui Bento XVI, porque é que a Igreja esteve tão presente no pensamento, no coração e na actividade de S. Paulo».
Meditemos de novo nas palavras de Jesus Cristo ressuscitado.

À pergunta de Saulo – quem és tu, Senhor? –, o Senhor responde: Eu sou Jesus, a Quem tu persegues. «No fundo, nesta exclamação do Ressuscitado, que transformou a vida de Saulo, está contida toda a doutrina sobre a Igreja como Corpo de Cristo. Cristo não se retirou para o Céu, deixando na Terra uma multidão de seguidores que levam a “sua causa” para a frente. A Igreja não é uma associação que quer promover uma determinada causa. Não se trata de uma causa. Trata-se da pessoa de Jesus Cristo que, também como Ressuscitado, continua a ser “carne”. Aparece aos discípulos, que pensavam que era um espírito, em “carne e osso” (Lc 24, 39), como o próprio Ressuscitado afirma no Evangelho de S. Lucas. Tem um corpo. Está pessoalmente presente na Sua Igreja».
À luz destas considerações, aprofundamos mais na realidade de que qualquer ofensa à Igreja – à sua doutrina, aos seus sacramentos e instituições, aos seus Pastores, especialmente à sua cabeça visível, o Romano Pontífice – é menosprezar o próprio Jesus Cristo. Porque, apesar das fraquezas e erros que nós – os seus membros – arrastamos, a Igreja que contemplamos na Terra é sempre a Igreja de Deus, tal como Paulo repete inúmeras vezes: o Povo que Deus Pai convocou à Sua presença; o Corpo de Cristo que Jesus Cristo fundou pelo preço do Seu sangue, para prolongar a Sua presença na história até ao final dos tempos; o Templo do Espírito Santo, que se ergue como a verdadeira morada de Deus entre os homens. Com palavras de um Padre da Igreja que o Concilio Vaticano II assumiu, «toda a Igreja aparece como “um povo reunido em virtude da unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo”».
A Unidade e Trindade de Deus define, pois, o fundamento último da realidade e natureza íntima da Igreja. Por isso, «enganar-se-iam gravemente aqueles que procurassem separar uma Igreja carismática – que seria a verdadeiramente fundada por Cristo –, doutra jurídica ou institucional, que seria obra dos homens e simples efeito de contingências históricas. Há uma Igreja só. Cristo fundou uma única Igreja: visível e invisível, com um corpo hierárquico e organizado, com uma estrutura fundamental de direito divino, e uma íntima vida sobrenatural que a anima, sustenta e vivifica».

A sublime visão da Igreja, que S. Paulo expõe nas suas epístolas, alicerça a fortaleza com que actua quando se põe em jogo a sua unidade ou a sua universalidade. Aos cristãos de Corinto, propensos a dividirem-se em facções opostas, adverte-os: Contaram-me, irmãos, que há contendas entre vós. E digo isto porque cada um de vós diz “Eu sou de Paulo”, “Eu de Apolo”, “Eu de Cefas”, “Eu de Cristo”. Está Cristo dividido? Porventura Paulo foi crucificado por vós? Ou fostes baptizados em nome de Paulo?
A defesa da unidade desta Mãe santa surge como uma paixão dominante na vida do Apóstolo, como também o foi a defesa da sua universalidade. «Desde o primeiro momento – ensina o Papa – tinha compreendido que esta realidade não era destinada só aos judeus, a um determinado grupo de homens, mas que tinha um valor universal e a todos dizia respeito, porque Deus é o Deus de todos». E assim, perante o risco de que a primitiva comunidade ficasse fechada nos limites da Sinagoga, o chamado Concílio de Jerusalém declara que todos os homens e mulheres, de qualquer raça, língua e nação, são chamados a uma plena incorporação na Igreja de Cristo, onde já não há judeu nem grego, não há servo nem livre, não há homem nem mulher: todos vós sois um só em Jesus Cristo.
Desta pertença da Igreja a Cristo procede «o nosso dever de viver realmente em conformidade com Cristo. Daqui derivam também as exortações de S. Paulo a propósito dos diferentes carismas que animam e estruturam a comunidade cristã. Todos se reportam a um único manancial, que é o Espírito do Pai e do Filho, sabendo que na Igreja ninguém carece de um carisma, pois, como o Apóstolo escreve, “a cada um é dada a manifestação do Espírito para utilidade comum” (1 Cor 12, 7)». É sinceramente piedosa a tua petição pro unitate apostolatus? Como rezas por todos os que gastam a sua existência pela Igreja? Sabes chegar com a oração até ao último lugar onde se trabalha por Cristo?
Quantas graças havemos de dar a Deus por ter querido que a Igreja seja, ao mesmo tempo, única e tão variada! E que respeito devemos mostrar por todas as manifestações com as quais o Espírito Santo quer adornar a Esposa de Cristo! «Na Igreja, há diversidade de ministérios, mas um só é o fim: a santificação dos homens. Nesta tarefa participam de algum modo todos os cristãos, pelo carácter recebido com os Sacramentos do Baptismo e da Confirmação.

Todos temos de nos sentir responsáveis por essa missão da Igreja, que é a missão de Cristo». Ninguém está a mais na Igreja, todos somos precisos. O ponto fulcral está na comunhão com a sua Cabeça visível, com os Pastores e com todo o Povo de Deus, cada um segundo o chamamento e a graça que recebeu.
No contexto dos ensinamentos eclesiológicos de S. Paulo adquire todo o seu relevo a realidade teológica e jurídica da Obra, que é uma pequena parte da Igreja. Gosto de o considerar na altura em que estamos quase a terminar o ano mariano especial, que convoquei para comemorarmos as bodas de prata da Prelatura, erigida a nível pontifício. O trabalho apostólico do Opus Dei – dos seus fiéis leigos e dos seus sacerdotes – é necessariamente uma colaboração para a vitalidade pastoral das Igrejas particulares nas quais a Prelatura vive e actua.
Assim o recordava com imenso afecto o Servo de Deus João Paulo II, quando, ao falar da «natureza hierárquica do Opus Dei», acrescentava: «A pertença dos fiéis leigos, tanto à sua Igreja particular como à Prelatura, em que estão incorporados, faz que a missão peculiar da Prelatura conflua no compromisso evangelizador de toda a Igreja particular, tal como o Concílio Vaticano II previu, ao apresentar a figura das prelaturas pessoais».
É mais um sinal do que Bento XVI sublinhava recentemente: «“A Igreja de Deus” não é apenas a soma de diferentes Igrejas locais, porque as diversas Igrejas locais são, por sua vez, realização da única Igreja de Deus. Todas juntas são a “Igreja de Deus”, que precede as Igrejas locais e que nelas se exprime, se realiza». E o Opus Dei cumpre esse fim, ao serviço da Igreja, do Romano Pontífice e de todas as almas, como uma das instituições que o Romano Pontífice pode erigir para realizar peculiares tarefas pastorais. Estas, «enquanto tais, pertencem à Igreja universal, se bem que os seus membros sejam também membros das Igrejas particulares onde vivem e trabalham (…). Isto não só não lesa a unidade da Igreja particular fundamentada no Bispo como, pelo contrário, contribui para dar a esta unidade a diversificação interior própria da comunhão».
Neste sentido, alegra-me comunicar-vos que já começámos o trabalho apostólico estável na Indonésia. E que está muito próximo, se Deus quiser, o momento em que se abrirá o primeiro Centro em Bucareste. Também estamos a preparar o início do trabalho estável na Bulgária e na Coreia.

À vossa oração e à dos que participam nos trabalhos da Obra confio a expansão apostólica nestes lugares e em tantos outros.
Seguindo as pegadas do nosso Padre, fui rezar diante da imagem da Medalha Milagrosa da Rue du Bac, em Paris. Ali apresentei a vossa oração a Santa Maria, para que Ela nos ajude a realizar o grande milagre de converter a vida quotidiana em santidade heróica. Percorramos estes últimos dias do ano mariano e todo o tempo da nossa vida bem agarrados à mão de Nossa Senhora, cumprindo a indicação que deu aos servos de Caná: Fazei o que Ele vos disser.

Procuremos imitar aqueles criados, com a vontade de responder – todas e todos – usque ad summum, plenamente, com oração e trabalho.

Não posso acabar sem vos pedir, uma vez mais, que vos unais às minhas intenções, especialmente na Santa Missa. Rezai, nestes dias, pelos vossos irmãos a quem vou administrar o diaconado, em Roma, no próximo dia 22 de Novembro, véspera da solenidade de Cristo Rei.
Com todo o afecto, abençoa-vos
O vosso Padre
+ Javier

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

João Paulo II está na UCP

Algumas dezenas de fotos de Karol Wojtyla (João Paulo II) com os amigos de juventude estão expostas, desde ontem (4 de Novembro), na Universidade Católica Portuguesa (UCP). Imagens com história e de histórias passadas nas montanhas da Polónia pelo «círculo» (grupo de amigos) criado à volta de Karol Wojtyla.
Agência Ecclesia

domingo, 2 de novembro de 2008

Porque hoje é dia de Comemoração dos Fiéis Defuntos

Se és apóstolo, a morte será para ti uma boa amiga que te facilita o caminho.

Já viste, numa tarde de Outono, cair as folhas mortas? Assim caem todos os dias as almas na eternidade. Um dia, a folha caída serás tu.

Não tens ouvido com que tom de tristeza se lamentam os mundanos de que "cada dia que passa é morrer um pouco"?Pois eu te digo: alegra-te, alma de apóstolo, porque cada dia que passa te aproxima da Vida.

Aos "outros", a morte paralisa-os e espanta-os. - A nós, a morte - a Vida - dá-nos animo e impulso.Para eles, é o fim; para nós, o princípio.

Não tenhas medo da morte. - Aceita-a, desde agora, generosamente..., quando Deus quiser..., como Deus quiser..., onde Deus quiser. - Não duvides; virá no tempo, no lugar e do modo que mais convier..., enviada pelo teu Pai-Deus. - Bem-vinda seja a nossa irmã, a morte!

Que peça do mundo se desengonçará se eu faltar, se morrer?

Vês como se desfaz materialmente, em humores pestilentos, o cadáver da pessoa amada? - Pois é isso um corpo formoso! - Contempla-o e tira conclusões.

Falas-me em morrer "heroicamente". Não achas que é mais "heróico" morrer despercebido, numa boa cama, como um burguês..., mas de mal de Amor?

Tu - se és apóstolo - não hás-de morrer. - Mudarás de casa, e nada mais.
In Caminho
Pouco firme é o teu carácter: que ânsia de te meteres em tudo! - Obstinas-te em ser o sal de todos os pratos... e - não te aborreças se te falo claro - tens pouca graça para ser sal; não és capaz de te desfazeres e passares inadvertido à vista, como esse condimento.Falta-te espírito de sacrifício. E sobeja-te espírito de curiosidade e de exibição.
Caminho, 48
Bento XVI insurgiu-se este Domingo contra as “crenças supersticiosas e sincretismos” que rodeiam a morte, falando durante o Angelus recitado no dia dos fiéis defuntos.
Perante as milhares de pessoas presentes reunidas esta manhã na Praça de São Pedro, o Papa salientou a importância dos cristãos viverem a relação com os defuntos com o olhar da fé.
“Hoje é também necessário evangelizar a realidade da morte e da vida eterna, realidades particularmente sujeitas a crenças supersticiosas e sincretismos, para que a verdade cristã não corra o perigo de misturar-se com mitologias de várias espécies”, alertou.
O Papa aproveitou a celebração deste Domingo para repetir algumas perguntas contidas na sua Encíclica sobre a esperança cristã: “Para nós, hoje,a fé cristã é também uma esperança que transforma e sustenta a nossa vida?”.
“Os homens e as mulheres desta nossa época desejam ainda a vida eterna? Ou a tornou-se a existência terrena o seu único horizonte?”, acrescentou.
Bento XVI disse, a respeito da vida eterna, que “não conhecemos de modo algum esta realidade, mas sentimo-nos atraídos por ela. Esta é uma esperança universal, comum aos homens de todos os tempos e lugares”.
A expressão vida eterna deseja dar um nome a esta expectativa irresistível, não uma sucessão sem fim, mas a imersão no oceano do amor infinito, no qual o tempo, o antes e o depois, já não existem”, precisou, frisando que para os católicos se trata da “plenitude de vida e de alegria”.
O Papa salientou ainda que a esperança cristã nunca é apenas individual, é sempre também esperança para os outros: “As nossas vidas estão profundamente ligadas umas às outras e o bem e o mal que cada um faz toca sempre também os outros. Assim, a oração de uma alma peregrina no mundo pode ajudar uma outra alma que se está a purificar depois da morte”.
“É por isso que a Igreja nos convida a rezar pelos nossos queridos defuntos e a determo-nos em oração junto dos seus túmulos nos cemitérios”, explicou.
(Com Rádio Vaticano)
FOTO: Lusa
Internacional Agência Ecclesia 02/11/2008 12:51 2037 Caracteres
32 Bento XVI

El Prelado del Opus Dei escribe al rector de la Universidad de Navarra

Con motivo del atentado en la Universidad de Navarra, el Gran Canciller ha enviado una carta al rector.
Monseñor Javier Echevarría, Gran Canciller de la Universidad de Navarra, ha enviado una carta al rector en la que expresa su "cercanía total” y "participación más intensa en vuestro dolor, ante este penoso atentado”.Mons. Echevarría ha rogado al rector que haga llegar su afecto "a todos: autoridades, profesores, estudiantes y trabajadores" de la Universidad.El Gran Canciller da gracias a Dios porque las pérdidas son "sólo materiales, y los heridos de no gran trascendencia".Mons. Echevarría se ha referido concretamente a la concentración de esta mañana en la Universidad. Sugiere en su carta que, además de un “acto de solidaridad”, sea también ocasión de rezar y “expresión de perdón”.La máxima autoridad de la Universidad de Navarra se une al deseo de lograr “una convivencia social justa y equilibrada, sabiendo respetar a todas las personas y contribuyendo a la paz en el mundo entero".Finalmente, el Gran Canciller recuerda que estos momentos son para los cristianos una oportunidad de convertirse en "sembradores de paz y alegría".
Site do Opus Dei, Espanha

Santos desta semana

03 de Novembro
São Martinho de Porres [Religioso]
Santo Huberto [Bispo]
Beato Tito Nrandsma [Sacerdote]
04 de Novembro
São Carlos Borromeo [Bispo]
Santos Vital e Agrícola [Mártires]
05 de Novembro
Beata Francisca d´Amboise [Viúva e Religiosa]
Beato Caio Coreano [Mártir]
06 de Novembro
Beato Nuno de Santa Maria (ou Nuno Álvares Pereira)
Beatos Inácio Delgado, Francisco de Capillos, Afonso de Navarrete e Companheiros [Mártires]
São Leonardo de Noblat
07 de Novembro
Beato Vicente Grossi [Sacerdote]
São Vilibrardo [Bispo]
Santo Ernesto [Monge]
08 de Novembro
Santos Carpo, Papilo e Agatónica [Mártires]
Quatro Santos Coroados [Mártires]
Beato João Duns Escoto
09 de Novembro
Dedicação da Basílica de Latrão
Beata Isabel da Trindade [Religiosa - Carmelita]
São Teodoro [Mártir]
Beato Luís Morbióli [Leigo]

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Católicos não gostaram

«Louvado sejas, ó Magalhães» motivou uma série de queixas na Entidade Reguladora. Alguns católicos não acharam graça à brincadeira da reprodução da homilia onde se bajulava o computador para crianças.
As queixas na ERC, Entidade Reguladora para a Comunicação, contra a sátira dos «Gato Fedorento» ao computador Magalhães chegaram ontem às 50.
«Nunca um programa, no caso, um sketche, recebeu um tão elevado número de cartas a contestá-lo», disse fonte da Entidade Reguladora ao Jornal de Notícias.
As queixas em relação à sátira feita ao computador Magalhães são todas no mesmo sentido: ofensa à Igreja Católica, mais concretamente, ao seus símbolos sagrados.
O sketche 'Louvado sejas, ó Magalhães' imita os rituais da missa, incluindo a entrega da hóstia pelo personagem de Ricardo Araújo Pereira, que na sátira substituí a expressão «Corpo de Deus» por «disco de Instalação».
É neste cenário que se ouve, ainda, um discurso que elogia o computador. Numa das falas, é dito: «Bendito seja Sócrates que nos reuniu em nome do Magalhães».

In Sol online

Vídeo: O burro e o pequeno Josemaria

Rete 4, uma cadeia de televisão italiana, emitiu um filme de banda desenhada sobre a juventude de São Josemaria Escrivá. Este fragmento mostra como o menino percebe o valor do trabalho constante ao ver trabalhar um burro (02’03’’).

Aqui: http://www.opusdei.pt/art.php?p=30382

Texto e link do site do Opus Dei

terça-feira, 28 de outubro de 2008

"Deixa lá e não te metas. São assuntos da minha Mãe.."

Há dias que tento colocar neste blogue uma estória ficcionada que me contaram a propósito da devoção a Nossa Senhora.
E a estória, bem humorada, resume-se ao seguinte:

Imaginemos que o Céu tem a forma de Castelo.

Ao longo dos tempos, São Pedro vai recebendo as almas que foram salvas. Com ele, vai anotando e riscando os nomes das almas num caderno próprio para o efeito.

Certo dia, apareceu-lhe Jesus.

E São Pedro diz-lhe: "Jesus, há qualquer coisa aqui que não bate certo. Tenho aqui os nomes das almas que se salvaram e, ao que consta, o Céu tem muitas mais. Não entendo o que se passa e algo está a fugir ao meu controlo". Ouvindo São Pedro, Jesus diz-lhe: "anda comigo".

São Pedro acedeu e foi com o Senhor ver uma parte do Castelo que ficava precisamente no lado oposto àquele em que recebia as almas cujos nomes estavam anotados. E São Pedro viu uma série de almas a subir as escadas do Céu. Almas essas cujos nomes não constavam no caderno. E reagiu: "Mas como é isto possível ?? Quem controla as coisas desta forma ?? Mas como é que estas almas estão a entrar no Céu ??"

Jesus respondeu: "Deixa lá e não te mestas. São assuntos da minha Mãe..."

domingo, 26 de outubro de 2008

Santos desta semana

27 de Outubro
Santos Vicente, Sabina e Cristeta [Mártires]
São Gonçalo de Lagos [Religioso]
28 de Outubro
Santos Simão e Judas [Apóstolos]
São Malchion [Presbítero]
29 de Outubro
São Narciso [Bispo]
Santa Ermelinda
Beato Miguel Rua [Religioso]
30 de Outubro
São Marcelo [Mártir]
São Cláudio e Companheiros [Mártires]
Santa Doroteia Swartz [Viúva e reclusa]
31 de Outubro
Santo Afonso Rodrigues [Religioso]
São Quintino [Mártir]
São Wolfgang [Bispo]
Santa Joana Delanoue [Fundadora]
01 de Novembro
Todos os Santos
São Benigno [Mártir]
02 de Novembro
Comemoração dos Fiéis Defuntos
São Malaquias [Bispo]
Beato Pio Campidelli [Religioso]

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Fedores

"Chegou-me ao conhecimento de que um programa de televisão que se considera a si mesmo humorista emitiu no Domingo passado uma paródia à idolatria promovida sistematicamente pelo governo Sócrates, concretamente, ao tão propalado computador Magalhães. Mas fê-lo ridicularizando aquilo que há de mais sagrado para os católicos, a saber, a Eucaristia e a Palavra de Deus: o computador fazia de sacrário, um actor vestido de batina lia uma Bíblia trocando as palavras do texto sagrado e terminava distribuindo na boca dos “fiéis” CD-ROMS como se tratara da Sagrada Comunhão.
Não se poderá negar que para muitos espíritos as novas tecnologias informáticas constituem uma nova religião idolátrica dotada de novos cultos e ritos e que o primeiro-ministro com a sua fervorosa propaganda se apresenta como um novo messias salvador da pátria. Neste sentido poder-se-ia entender o referido programa, apesar das emburrecidas irreverências, como um alerta para o perigo da subversão da verdadeira religião.
Não obstante, o facto de os protagonistas não serem católicos praticantes aliado ao ar ridículo do suposto sacerdote e à leviandade de toda a apresentação poderão significar um desprezo sacrílego de Deus presente na Eucaristia e na Sua Palavra. Ou poderá ter-se tratado, também, de uma prova para testar a reacção ou a ausência dela da parte dos católicos para depois avançar para troças mais directas, isto é, não já como pretexto mas como fim.
Seja como for quem pretende ser humorista deve ter a consciência de que o cómico não é a realidade última a que tudo o demais estaria submetido e que por isso deve limitar-se respeitando o Sagrado ou se quisermos rejeitando ofender a dignidade humana daqueles que têm determinadas realidades por Sobrenaturais. O Sagrado não deve ser instrumentalizado.
Os católicos são cidadãos de pleno direito que podem e devem exprimir a sua opinião defendendo com vigor aquilo em que acreditam. Neste caso poderão fazê-lo para a Entidade Reguladora para a comunicação social ou para os patrocinadores publicitários do programa, advertindo-os da disposição em boicotar a compra dos seus produtos ou serviços, caso persistam em financiar o programa.
Garantiram-me que a Rádio Renascença faz publicidade ao dito programa. Desta rádio podem dizer-me tudo e muito mais que já nada me espanta. Se for verdade poderão também comunicar-lhes a vossa opinião e também para os proprietários dessa estação emissora.
Uma pergunta final. Seriam capazes de fazer algo de semelhante o Alcorão ou com Maomé?"
Nuno Serras Pereira in blogue "relances".
22. 10. 2008

Nota: Os católicos, querendo, podem aceder ao blogue www.relances.blogspot.com do Cláudio Anaia e, querendo, clicar no link que acede à Entidade Reguladora para a Comunicação Social, podendo apresentar queixa.

domingo, 19 de outubro de 2008

Essa autenticidade do amor requer fidelidade e rectidão em todas as relações matrimoniais. Deus, comenta S. Tomás de Aquino, uniu às diversas funções da vida humana um prazer, uma satisfação; esse prazer e essa satisfação são, por conseguinte, bons. Mas se o homem, invertendo a ordem das coisas, busca essa emoção como valor último, desprezando o bem e o fim a que deve estar ligada e ordenada, perverte-a e desnaturaliza-a, convertendo-a em pecado ou em ocasião de pecado.
A castidade - não a simples continência, mas a afirmação decidida de uma vontade enamorada - é uma virtude que mantém a juventude do amor em qualquer estádio da vida. Existe uma castidade dos que sentem despertar neles o desenvolvimento da puberdade, uma castidade dos que se preparam para se casarem, uma castidade dos que Deus chama ao celibato, uma castidade dos que foram escolhidos por Deus para viverem no matrimónio. Como não recordar aqui as palavras fortes e claras que a Vulgata conserva, da recomendação que o Arcanjo Rafael fez a Tobias antes de desposar Sara? O Anjo admoestou-o deste modo: Escuta-me e mostrar-te-ei quem são aqueles contra quem o Demónio pode prevalecer. São os que abraçam o matrimónio de tal modo que excluem Deus de si e da sua mente e se deixam arrastar pela paixão como o cavalo e o mulo que carecem de entendimento. Sobre esses, o Diabo tem poder. Não há amor claro, franco e alegre no matrimónio, se não se vive essa virtude da castidade, que respeita o mistério da sexualidade e o ordena à fecundidade à entrega. Nunca falei de impureza e evitei sempre descer a casuísticas mórbidas e sem sentido; mas de castidade e de pureza, da afirmação jubilosa do amor, falei muitíssimas vezes e devo continuar a falar.

Pelo que respeita à castidade conjugal, asseguro aos esposos que não devem ter medo de manifestar o seu carinho; pelo contrário, essa inclinação é a base da sua vida familiar. O que o Senhor lhes pede é que se respeitem mutuamente e que sejam mutuamente leais, que actuem com delicadeza, com naturalidade, com modéstia. Dir-lhes-ei também que as relações conjugais são dignas quando são prova de verdadeiro amor e, portanto, estão abertas à fecundidade, aos filhos. Secar as fontes da vida é um crime contra os dons que Deus concedeu à humanidade e uma manifestação de que é o egoísmo e não o amor, o que inspira a conduta. Então tudo se turva, porque os cônjuges acabam por se olharem como cúmplices; e produzem-se entre eles dissenções que, continuando nessa linha, são quase sempre insanáveis. Quando a castidade conjugal está presente no amor, a vida matrimonial é expressão de uma conduta autêntica, marido e mulher compreendem-se e sentem-se unidos; quando o bem divino da sexualidade se perverte, destrói-se a intimidade e marido e mulher já não podem olhar-se nobremente, cara a cara.Os esposos devem edificar a sua convivência sobre um carinho sincero e puro, e sobre a alegria de ter trazido ao mundo os filhos que Deus lhes tenha dado a possibilidade de ter, sabendo, se for necessário, renunciar a comodidades pessoais e tendo fé na Providência divina. Formar uma família numerosa, se tal for a vontade de Deus, é uma garantia de felicidade e de eficácia, embora afirmem outra coisa os defensores de um triste hedonismo.

Em "Cristo que passa", ponto 25

Santos desta semana

20 de Outubro
Santa Maria Bertila Boscardin [Religiosa]
Beato Contardo Ferríni [Leigo]
Santa Iria [Mártir]
São Caprásio [Mártir]
21 de Outubro
Santo Hilarião [Eremita]
Santa Úrsula e as Onze mil Virgens
São Gaspar del Búfalo [Fundador]
22 de Outubro
Beata Josefina Leroux e Companheiras [Mártires]
Santo Abércio [Bispo]
Santa Salomé [Mãe de S. Tiago e S. João Evangelista]
Santa Nunilona e santa Alódia [Mártires]
23 de Outubro
São João de Capistrano [Viúvo e religioso]
santos Servando e Germano [Mártires]
Beato Arnulfo Reche [Religioso]
24 de Outubro
santo António Maria Claret [Bispo]
São Proclo [Bispo]
Beato José Baldo [Fundador]
25 de Outubro
Santos Crispim e Crispiniano [Mártires]
São Crisanto e Santa Daria [Mártires]
Beato Luís Guanella [Fundador]
São João Stone [Mártir]
26 de Outubro
Santo Evaristo [Papa]
Beato Boaventura de Potenza [Religioso]