domingo, 29 de junho de 2008

A diferença da Cruz...


Clica em cima de cada uma das imagens... ampliando-as.

Quando vires uma pobre Cruz de pau, só, desprezível e sem valor... e sem Crucificado, não esqueças que essa Cruz é a tua Cruz: a de cada dia, a escondida, sem brilho e sem consolação..., que está à espera do Crucificado que lhe falta.
E esse Crucificado tens de ser tu.

Caminho, 178

Oração a São Josemaría

Ó Deus, que por mediação da Santíssima Virgem concedestes inúmeras graças a S. Josemaría, sacerdote, escolhendo-o como instrumento fidelíssimo para fundar o Opus Dei, caminho de santificação no trabalho profissional e no cumprimento dos deveres quotidianos do cristão, fazei que eu também saiba converter todos os momentos e circunstâncias da minha vida em ocasião de Vos amar, e de servir com alegria e simplicidade a Igreja, o Romano Pontífice e as almas, iluminando os caminhos da terra com a luz da fé e do amor. Concedei-me por intercessão de S. Josemaría o favor que Vos peço...(peça-se).
Ámen.
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.
Confiavas-me que Deus, em certos momentos, te enche de luz; noutros, não.
Recordar-te-ei, com firmeza, que o Senhor é sempre infinitamente bom. Por isso, para continuares, bastam-te esses tempos luminosos, embora os outros também sirvam para te tornar mais fiel.
Sulco, 341

Santos desta semana

30 de Junho
Os primeiros Mártires da Igreja de Roma
Beato Raimundo Lulo [Mártir]
São Marcial ou Marçal [Bispo]
1 de Julho
Preciosíssimo Sangue de Jesus
Santo Aarão [Sacerdote hebreu]
2 de Julho
São Bernardino Realino [Sacerdote]
São João Francisco Régis [Sacerdote]
São Francisco Jerónimo [Sacerdote]
Beato Julião Maunoir [Sacerdote]
Beato António Baldinucci [Sacerdote]
3 de Julho
São Tomé [Apóstolo]
Santo Anatólio de Laodiceia [Bispo]
4 de Julho
Santa Isabel [Rainha de Portugal]
Beatos Mártires de Iorque
Beato Pedro Jorge Frassati
5 de Julho
Santo António Maria Zacarias [Fundador]
Santa Godoleva [mandada assassinar pelo marido em 1070]
6 de Julho
Santa Maria Goretti
Santo Isaías [Profeta]
Beata Maria Teresa Ledochowska
Beata Nazária Inácia March Mesa [Fundadora]

Papa abre Ano Paulino

Bento XVI presidiu este Sábado, 28 de Junho, à abertura solene do Ano Paulino, que assinala os 2000 anos do nascimento de São Paulo, figura central do Cristianismo.
Antes da celebração das Vésperas, na Basílica papal de São Paulo fora de muros, em Roma, o Papa abriu a Porta Paulina, debaixo do quadripórtico deste templo, e foi acesa a Chama Paulina que arderá ao longo de todo o ano. Antes da chegada ao altar, o Papa desceu para venerar o sepulcro do Apóstolo.
Na homilia da cerimónia, que contava com a presença do Patriarca Ortodoxo de Constantinopla, Bartolomeu I, e outros líderes cristãos – sinal concreto do diálogo ecuménico que se pretende levar por diante neste ano -, o Papa lembrou São Paulo como “Mestre das Nações, cuja palavra se abre ao futuro, para todos os povos e todas as gerações”.
“Paulo não é para nós uma figura do passado, que recordamos com veneração. Ele é também o nosso mestre, apóstolo e anunciador de Jesus Cristo”, acrescentou.
Dando o significado para este ano jubilar, Bento XVI explicou que “não estamos aqui para reflectir sobre uma história passada, irrevogavelmente superada. Paulo quer falar connosco”.
“Por isso, quis este especial Ano Paulino: para ouvi-lo e para aprender agora com ele, como nosso mestre, a fé e a verdade, na qual se enraízam as razões da unidade entre os discípulos de Cristo”, precisou.
A esta vontade se liga ainda a presença da Chama Paulina, “que permanecerá acesa durante todo o ano” dedicado a São Paulo.
In Ecclesia

Bento XVI recebeu Cavaco Silva

Bento XVI recebeu este Sábado, no Vaticano, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva. Segundo breve comunicado da Santa Sé, que classifica o encontro como “cordial”, em cima da mesa estiveram “temas de interesse comum”, relativos à situação do nosso país, em especial a “aplicação da Concordata de 2004”.
In Ecclesia

sábado, 28 de junho de 2008

Quem cresce mais ?

Uma Irmã das Servas de Nossa Senhora de Fátima contava-me ontem, com graça, uma estória. Dizia-me que todos temos em nós um cordeiro e um lobo.
E em jeito de pergunta dizia-me... afinal somos o cordeiro ou o lobo ? E respondeu: somos aquele que deixarmos crescer mais.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Relato de D. Julián Herranz sobre a ida para o céu S. Josemaria em 26 de Junho de 1975

Nesse 26 de Junho regressei do Vaticano a Villa Tevere à hora habitual, pouco antes da uma e meia. Mal cheguei, a Secretaria Geral avisou-me: - Suba rapidamente. O Padre está a morrer.
O meu coração estremeceu e, a rezar, subi rapidamente.

Quando cheguei ao segundo andar de Villa Vecchia, D. Álvaro, que nesse momento se encontrava na porta do seu gabinete de trabalho, onde jazia o Padre, disse-me:— Vem, vem, porque tu também és médico.Entrei imediatamente e encontrei o Padre de sotaina, estendido no chão, com o rosto sereno, embora sem respirar.

José Luis Soria, sacerdote e médico, estava a fazer-lhe respiração artificial há algum tempo. Fomo-nos alternando, uns segundos ele e outros eu. Continuámos a fazer-lhe também massagem cardíaca. Eu não sabia o que tinha sucedido, embora supusesse, como depois me informaram, que o Padre tinha sofrido um ataque cardíaco. Aceitei a Vontade de Deus, mas pedía-Lhe que não o levasse tão depressa. De joelhos como estava, pedi com toda a minha alma ao Senhor que aceitasse uma troca, a minha vida pela sua. A minha vale pouco, disse-Lhe. A sua é-nos necessária a todos, aos seus filhos, à Igreja, à humanidade.E assim estivemos o José Luis e eu, durante longo tempo, uma vez e outra e outra... em silêncio, com as lágrimas nos olhos, até que verificámos que era inútil continuar. Todos os sinais clínicos eram de morte.

D. Álvaro e Javier Echevarría, que em todos os momentos tinham acompanhado e atendido amorosamente o Padre, comunicaram formalmente a tristíssima notícia aos membros do Conselho Geral que estavam reunidos numa sala contígua. Também se comunicou, telefonicamente, às mulheres da Assessoria Central. Em ambos os casos, dando-lhes também os conselhos oportunos de piedade filial e de governo.


Trasladámos a seguir o corpo do Padre para o oratório de Santa Maria da Paz.
Horas depois, enquanto rezava diante o seu corpo, vestido com paramentos sacerdotais, veio-me à mente, dentre outras muitas entranháveis recordações, a confidência que o Padre nos tinha feito num longínquo dia de Natal de 1953, junto à lareira da sala de estar. Disse-nos que queria escrever um livro sobre o burrico, esse animal bíblico com que tanto gostava de se identificar, porque tinha dado calor a Jesus em Belém e tinha-O levado em triunfo a Jerusalém. Um animal que os homens não costumam estimar muito mas o Padre apresentava-o como exemplo de humildade, de rijeza no trabalho e de fidelidade nessa guerra de paz e de amor que os seus filhos do Opus Dei e todos os cristãos estão chamados a propagar no mundo. Se chegasse a ter tempo para escrever esse livro — disse-nos — dava-lhe o título Vida e ventura de um burrico de nora.

Deus levou-o antes que o pudesse completar. Mas conservam-se passagens recolhidas das suas conversas, algumas das quais, corrigidas pelo seu próprio punho e letra, glosam as misericórdias do oratório de Pentecostes que ele quis ornamentar com cenas de burricos.

Esses textos – recolhidos em Crónica, uma revista interna – são um símbolo da sua vida. Entre outras maravilhas da “teologia do burrico”, lê-se:«Teria agradado ao burrico chegar ao Natal; aquecer outra vez, com o seu bafo, o Menino. Mas esteve de algum modo presente, na branca alegria daquela noite, porque vieram os anjos e fizeram da sua pele pandeiretas e roncas.«A história do burrico termina bem, morre a trabalhar. E que o despedacem depois, que lhe tirem a pele e façam tambores para a guerra e roncas para cantar ao Menino Deus».

Assim morreu o Padre.
Do site do Opus Dei

Morre atropelada para salvar filho - uma notícia trágica... mas tão plena de amor.

Maria Jesus Meireles, 41 anos, advertiu o filho Fábio, 13 anos, do perigo de ser atropelado. Mãe e rapaz abeiraram-se da passadeira e, numa fracção de segundo, ao ver a aproximação de uma carrinha a alta velocidade, a mulher empurrou o filho para fora da estrada – salvando-o (ficou sem um arranhão) – e foi apanhada pela viatura. A mãe heroína morreu no local.
Notícia retirada do site do Correio da Manhã.
A atitude desta mãe comove.
O sentido de protecção... quanto amor envolvido nesta atitude. Morreu por amor. Deu a vida para que o filho a não perdesse. Jesus, ainda mais que nós, não terá ficado indiferente a este acto. Presumo saber onde está, neste momento, esta senhora.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Paulo de Tarso

Paulo de Tarso, o "apóstolo das gentes", é uma figura absolutamente incontornável da história do cristianismo. Com ele, o cristianismo saltou os limites estreitos das fronteiras religiosas e étnicas do mundo judaico, atingindo o coração do mundo helénico. Humanamente falando, foi Paulo quem fez com que o movimento de Jesus de Nazaré ultrapassasse o simples estatuto de uma seita desgarrada da ortodoxia judaica de Jerusalém, para se tornar uma proposta verdadeiramente universal, capaz de interessar e de cativar todos os homens e mulheres, de todas as raças e culturas.
Missionário por vocação
No ponto de partida dessa espantosa aventura missionária que vai levar o Evangelho à conquista do mundo greco-romano, está o encontro de Paulo com Cristo, na estrada de Damasco (cf. Act 9,1-18; 22,5-11; 26,12-18).
O próprio Paulo sugere que esse encontro foi um acontecimento repentino, inesperado, que resultou da acção livre, gratuita e soberana de Deus (cf. Gal 1,13-17; 1 Cor 9,1; 15,8; Flp 3,12), na linha das histórias proféticas de vocação. Em qualquer caso, esse encontro com Jesus de Nazaré, vivo e ressuscitado, levou Paulo a alterar a sua existência, fêlo repensar o seu caminho e tomar consciência da sua vocação. Ao encontrar Jesus Cristo, Paulo apaixona-se por ele; ao apaixonar-se por ele, descobre a força libertadora do seu projecto; e a descoberta do projecto salvador de Deus apresentado em Jesus, gera em Paulo a urgência de uma missão evangelizadora que é imprescindível concretizar: "ai de mim, se eu não evangelizar!" (1 Cor 9,16).
Este "ai" - que lembra os "ais" proféticos - traduz o sentimento de um homem que tem a consciência absoluta de que não pode demitir-se de testemunhar Jesus ressuscitado, porque senão toda a sua vida, tudo aquilo que ele é, tudo aquilo que dá sentido e forma à sua existência, se desmorona completamente. A sua vocação fundamental é "anunciar o Evangelho de Deus" (Rom 1,1; cf. 1 Cor 1,1): só dessa forma a sua vida fará sentido.

Os caminhos do anúncio do Evangelho
O imperativo da evangelização traduz-se, para Paulo, em sucessivas viagens missionárias, que o levam a percorrer, ao serviço de Cristo e do Evangelho, toda a Ásia Menor e Grécia, ao longo de mais de uma dezena de anos. Logo no ano 45, Paulo parte de Antioquia da Síria para uma primeira grande viagem missionária, que se prolonga até ao ano 48 e que o vai levar, por Chipre, até ao sul da Ásia Menor.
Acompanhado de Barnabé, Paulo prega nas sinagogas de Antioquia da Pisídia, Icónio, Listra e Derbe (cf. Act 13,3- 14,28); mas rapidamente a Boa Nova levada pelos dois missionários salta os muros da sinagoga e desafia os homens e as mulheres de cultura helénica. O Evangelho começa, então, a ser uma proposta com dimensão universal. Entre os anos 49 e 52, Paulo - acompanhado por Silas - percorre toda a Ásia Menor (Cilícia, Frígia, Galácia, Mísia), passando depois para a Macedónia e descendo para o sul da Grécia, até Atenas e Corinto, antes de regressar a Antioquia da Síria (cf. Act 15,35-18,22). É durante esta viagem que o Evangelho de Jesus se instala, decididamente, no mundo grego e aí cria raízes fortes e definitivas em cidades como Filipos, Tessalónica ou Corinto.
De 53 a 58, Paulo volta a percorrer a Galácia, a Frígia, a Macedónia e a Grécia (cf. Act 18,23-21,26), numa viagem que não é tanto de criação de novas comunidades, mas que é, sobretudo, de confirmação na fé e de consolidação das Igrejas já existentes. Éfeso tornar-se-á, durante este período, a "base de acção" de Paulo.
Ao olharmos para o mapa físico das viagens missionárias de Paulo ficamos, naturalmente, impressionados pela imensidão dos espaços percorridos, numa época e num contexto em que as deslocações não tinham a facilidade, a comodidade e a tranquilidade que os viajantes do nosso tempo encontram e conhecem. Paulo percorreu, ao serviço do Evangelho, muitos milhares de quilómetros (há quem fale em cerca de 20 000 km), em viagens longas, incómodas e arriscadas…
No entanto, para além da frieza dos números que nos são dados pelos mapas, no que diz respeito a distâncias percorridas, somos naturalmente levados a pensar num "caminho" muito mais complexo, marcado por fadigas sem conta, sofrimentos indizíveis e riscos de toda a espécie. Na segunda carta aos Coiríntios (cf. 2 Cor 11,24-28), respondendo àqueles que punham em causa o seu direito a usar o título de apóstolo, Paulo recorda os trabalhos, as prisões, todos os perigos e riscos que teve de enfrentar por causa do Evangelho.
A descrição que Paulo aí apresenta não desenha, nem de perto nem de longe, o quadro completo de tudo o que ele viveu, sofreu e arriscou; mas tem, em pano de fundo, a convicção profunda, a decisão irrevogável e a força impressionante de um homem que deu toda a sua vida à missão que recebeu e que não hesitou diante de nenhum risco a fim de levar Jesus ao encontro do mundo.
Um tesouro transportado em vasos de argila
O que move o "apóstolo das gentes" em todo este afã missionário, não são interesses humanos ou projectos pessoais (cf. 2 Cor 10,2), mas um mandato recebido de Deus. Paulo não se prega a si mesmo, mas a Cristo Jesus. É para levar Cristo Jesus ao encontro dos homens e mulheres de todas as raças que Paulo se fez servo de todos (cf. 2 Cor 4,5). Diante daqueles que põem em causa a validade do seu ministério, Paulo reconhece que é um homem frágil, marcado pela debilidade da condição humana; mas isso não impede que ele tenha sido escolhido para "embaixador" de Deus (2 Cor 5,20) ou "ministro da Nova Aliança" (2 Cor 3,6).
"Trazemos - diz ele - este tesouro em vasos de argila, para que se veja que este extraordinário poder é de Deus e não é nosso" (2 Cor 4,7). Assim, aconteça o que acontecer e sejam quais foram as oposições que tiver de enfrentar, ele não pode desistir do seu ministério.
As tribulações, as fadigas, as incompreensões, os sofrimentos físicos suportados pelo caminho não são, para Paulo, um obstáculo intransponível; mas são, até, um modo de ele se identificar, cada vez mais, com esse Cristo cujo projecto se concretizou na "loucura da cruz", no dom total de si, e que Paulo, apesar dos seus limites bem humanos, foi chamado a levar a todas as gentes.
Pe. Joaquim Garrido Mendes, SCJ
In Ecclesia

Livro

Recomendo vivamente a leitura do livro "Trabalho com qualidade, Graça em quantidade" de Scott Hahn.

Missas festivas no dia de S. Josemaria

Em Portugal, tal como em todo o mundo, serão celebradas missas em honra de S. Josemaria no próximo dia 26 de Junho.
No próximo dia 26 de Junho, a Igreja celebra a festa litúrgica de S. Josemaria. Em todo o mundo serão celebradas missas em honra deste santo da Igreja.
Seguem-se os locais e horários das missas portuguesas:
- Braga – 26 de Junho às 19h00 - Sé CatedralMissa celebrada por D. António Couto, Bispo Auxiliar de Braga
- Cascais - 26 de Junho às 19h15 - Igreja Paroquial de Cascais
- Coimbra – 26 de Junho às 18h30 - Igreja de Nossa Senhora de Lurdes
- Évora– 25 de Junho às 18h15 - Igreja do Carmo
- Fátima - 26 de Junho às 11h00 - Basílica do Santuário
- Faro - 28 de Junho às 09h30 – Igreja de S.Pedro
- Lamego - 26 de Junho às 18h30 – Sé
- Lisboa - 26 de Junho às 19h00 - Igreja de Nossa Senhora de Fátima. Missa celebrada por D. Anacleto Oliveira, Bispo Auxiliar de Lisboa
- Porto – 26 de Junho às 19h00 - Igreja da Trindade
- Setúbal - 28 de Junho às 18h00 - Igreja de Nossa Senhora da Atalaia
- Viseu - 26 de Junho às 18h30 – SéMissa celebrada Por D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu

domingo, 22 de junho de 2008

Santos desta semana

23 de Junho
Mártires de Nicomedia
São Bento Menni (Fundador)
24 de Junho
Nascimento de São João Baptista
Beata raingarda (Viúva e Religiosa)
25 de Junho
São Próspero da Aquitânia (Escritor eclesiástico)
São Guilherme de Vercelli (Fundador)
26 de Junho
Santos João e Paulo (Mártires)
São Pelágio ou Paio (Mártir)
São Josemaría Escrivá de Balaguer (Fundador do Opus Dei)
27 de Junho
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
São ladislau (Rei da Hungria)
São Cirilo de Alexandria (Bispo, Doutor da Igreja)
Beata Luísa Teresa de Montaignac de Chauvance (Fundadora)
28 de Junho
Santo Irineu (Bispo de Lião)
São Leão II (Papa)
29 de Junho
São Pedro, Príncipe dos Apóstolos
São Paulo, Apóstolo das Gentes

sábado, 21 de junho de 2008

Bíblia e mundo cultural não podem permanecer afastados

Homem do Papa para a Cultura pede melhor leitura dos textos bíblicos e lembra blasfémias de Saramago
D. Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, do Vaticano, passou por Portugal nos dias 19 e 20 de Junho, nos quais apresentou duas reflexões sobre a Bíblia, como “grande códice da cultura ocidental” e como “luz para os nossos passos” nos caminhos da História.
O Arcebispo italiano tem trabalhado desde há longos anos a relação fé-cultura a partir da Bíblia. Em entrevista à ECCLESIA, o homem do Papa para a Cultura pede a redescoberta da Sagrada Escritura e lembra leituras “blasfemas” como as de José Saramago.

ECCLESIA – A importância da Bíblia esteve sempre presente nas suas intervenções. Há um esquecimento da Escritura entre os católicos?
D. Gianfranco Ravasi (GR) - Como dizia um escritor francês, Paul Claudel, os católicos têm um grande respeito em relação à Bíblia e demonstram-no estando o mais longe possível dela. Temos de dizer que esta distância já foi muito superada pelo Concílio Vaticano II.
Este ano, em Outubro, haverá um Sínodo dos Bispos dedicado à Palavra de Deus e essa será uma ocasião para tornar os fiéis mais próximos, porque, efectivamente, há uma quebra na paixão com que, depois do Concílio, se lia a Bíblia. Uma sondagem recente na Europa mostrava que dois terços dos inquiridos tinha uma Bíblia em casa, mas não a lêem, necessariamente. Em alguns países, apenas 27% das pessoas tinha olhado para um texto bíblico num período de 12 meses.
Por tudo isto, devemos fazer com que a Bíblia regresse à comunidade, à comunidade crente, à comunidade civil, laica, como o grande códice que ilumina o conhecimento da nossa tradição e da nossa cultura artística, humana e moral.

ECCLESIA – Crentes e não crentes descobriram recentemente uma pseudo-verdade em obras como “O Código Da Vinci”, de Dan Brown. Isto é uma ameaça ou um desafio para a Igreja?
GF – Eu penso que é um desafio, de muitos pontos de vista. Em Portugal, por exemplo, há um escritor como Saramago que continuamente utiliza o texto sacro, muitas vezes de forma provocatória, blasfema. Contudo, isso demonstra que o texto sagrado e os temas da fé são temas importantes.
Por isso, acho que não é preciso ficar aterrorizado perante estas situações. Em alguns casos, certamente, há situações ridículas, muito banais e superficiais, como no caso de Dan Brown, mas o facto de as pessoas acreditarem nestas lendas quase como se fossem verdadeiras deve comprometer a Igreja para que se torne a explicar o texto bíblico, a mostrar a sua autenticidade, o seu aspecto genuíno, a sua verdade, de forma a que o homem de hoje descubra que, ao fim e ao cabo, as grandes perguntas e as grandes respostas se encontram, de facto, nos grandes textos sagrados da humanidade e, sobretudo, num texto tão fundamental como o bíblico.

ECCLESIA – Na pastoral da cultura a Igreja não se pode fechar nos templos, tem de ir ao encontro da humanidade...
GF – Temos de reconhecer que o texto sacro e a verdade, a mensagem que o crente tem não devem ser conservados apenas no meio dos incensos ou entre as luzes do templo, mas devem ser escancaradas as portas. Temos de ir à praça onde se ri e se chora, onde também se pragueja, onde se faz comércio e se fala de tantas outras coisas, mas onde está o homem que tem medo, que sofre, que tem alegria e que vive o amor, que tem necessidade de perceber o que significam as palavras últimas: bem e mal, verdade e falsidade, dor e alegria, além da vida e imortalidade, a morte, isto é, alguns temas que não se encontram nos jornais nem da conversa televisiva.
É preciso que este homem encontre estas respostas tão altas na praça, onde vive, ele que nunca entrará no templo, e é por isso que é correcto que os homens de cultura e cristão entre nas praças, nos caminhos das metrópoles, e volte a pôr em prática o que dizia Jesus, mesmo em relação à Televisão: aquilo que eu vos disse em segredo, dizei-o vós agora em todo o lado.
Diálogo incompleto
Desde que assumiu a presidência do Conselho Pontifício para a Cultura, o Arcebispo Ravasi tem-se mostrado preocupado com o escasso conhecimento recíproco entre artistas contemporâneos e a Santa Sé, bem como com o desleixo decorativo em várias igrejas modernas, muitas vezes sem obras de artes ou resignadas a uma qualidade artesanal ou demasiado modesta.

ECCLESIA –Falou recentemente na possibilidade de uma presença da Santa Sé na Bienal de Veneza. O diálogo com a cultura não se faz apenas com o património do passado?
GF – O meu desejo é falar com a arte contemporânea, que já não conhece grandes temas ou grandes símbolos, as grandes narrativas, daí esta tentativa, numa grande ribalta tão importante como a Bienal de Veneza, a nível internacional.
Antes disso, gostaria de chamar cinco ou seis grandes artistas contemporâneos, que muitas vezes só se interessam por coisas que estão no pó, na realidade mais baixas, e levá-los a exprimir, através de formas de arte contemporânea, os grandes temas, com as suas intuições.
Isto já se começou a fazer na arquitectura, onde há um diálogo na construção dos templos, por exemplo. Cito um arquitecto português que conheço, Siza Vieira, ou o japonês Tadao Ando, o italiano Renzo Piano, o suíço Máario Botta, o norte-americano Richard Meier, judeu que construiu a belíssima igreja do Jubileu (em Roma, ndr).
Aqui há diálogo e quero que esse diálogo continue, também com a arte, com a música contemporâneas, para que se abandone o divórcio que há entre arte, cultura e a expressão religiosa fechada em si mesma.


HM/OC
In Agência Ecclesia
128 Igreja/Cultura

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Mateus 6,7-15.

Nas vossas orações, não sejais como os gentios, que usam de vãs repetições, porque pensam que, por muito falarem, serão atendidos. Não façais como eles, porque o vosso Pai celeste sabe do que necessitais antes de vós lho pedirdes.»

domingo, 15 de junho de 2008

Viste ?
Com Ele, pudeste ! De que te admiras ?
Convence-te: não tens de que te admirar.
Confiando em Deus - confiando deveras! - as coisas acabam por ser fáceis. E, além disso, ultrapassa-se sempre o limite do imaginado.
Sulco, 123

E por isso tinha um domínio total de si mesmo...

“Deus me deu a graça de não pensar senão no que quero”
São Luís Gonzaga

São Luís Gonzaga : Religioso, 1568-1591

Este Santo diz-me particularmente algo, por razões muito pessoais.
E porque se aproxima o dia 21 de Junho, entendo ser meu dever dedicar-lhe este espaço.
O autor

A arquesa de Castiglioni, Laura de Gonzaga, estava em trabalhos de parto, com grande perigo de vida para si e para a criança que ia nascer. Todos já desesperavam de vê-la a salvo, quando ela resolveu fazer uma promessa a Nossa Senhora de Loreto, de consagrar-Lhe esse primeiro filho de suas entranhas e de levá-lo em peregrinação ao seu santuário, tão logo ambos se recuperassem. Imediatamente deu à luz o primogénito de seus oito filhos, a quem pôs o nome de Luís.
Esse feliz acontecimento foi providencialmente comemorado em Castiglione com o júbilo de um nascimento real. E muito a propósito, pois o recém-nascido haveria de ser a maior glória da dinastia dos Gonzaga, uma das mais ilustres de toda a Itália. Com domínios de Mântua a Bréscia, e de Ferrara à fronteira da Lombardia, ao longo dos anos a dinastia acumulara riquezas, altos cargos eclesiásticos e principados em sua aristocrática linhagem.
Dona Laura era casada com um dos mais salientes membros dessa estirpe, Fernando, Marquês de Castiglione e Príncipe do Sacro Império. Conhecera-o na corte da Espanha, onde era dama da Rainha Isabel de França. Esta soberana, secundada por seu esposo, o grande Felipe II, estimando a virtude e as qualidades morais de Dona Laura, a escolhera para sua dama.
Se o Marquês tinha no sangue o espírito combativo e militar de seus ancestrais, a Marquesa completava a belicosidade do marido com uma profunda piedade. E Luís recebeu a influência dos dois.
Desde muito pequeno, gostava de ouvir, falar e pensar em Deus. Teve assim, quase desde o berço, um dom muito elevado de oração, sendo Deus seu único mestre.

Conversão aos 7 anos ...
Unido a essa feliz propensão de seu carácter e à sua piedade precoce, podia-se perceber nele o borbulhar belicoso do sangue ancestral. Assim é que o Marquês deu-lhe uma pequena armadura, elmo, espadinha e um pequeno arcabuz de verdade. E o levou ao acampamento de Casal-Major, onde deveria passar em revista as tropas que levava consigo para a guerra do rei espanhol contra Túnis.
Um dia Luís, disparando seu arcabuz, chamuscou o rosto. O pai então proibiu-o de utilizar pólvora. Mas ele, travesso e valente, noutro dia, na hora do repouso após o almoço, conseguiu escapar à vigilância do seu tutor, aproximar-se de um canhão e acender-lhe o pavio. O acampamento todo foi despertado com o estrondo, e encontraram o pequeno príncipe estirado ao solo, vítima do coice que recebeu da possante arma.
Luís gostava de estar junto aos tercios espanhóis — das mais famosas tropas de infantaria então existentes — imitando o seu passo marcial. Mas muitas vezes repetia seu jargão e as palavras às vezes inconvenientes de alguns deles. O seu tutor chamou-lhe a atenção, dizendo-lhe que aquela não era a linguagem de lábios limpos. Embora o menino de cinco anos não entendesse seu sentido, chorou amargamente essa involuntária falta, que acusará sempre como uma das mais graves de sua vida. E disse que a partir desse episódio teve início sua “conversão”!

Objetivo: alcançar vida de perfeição
Desde então, essa criança começou um processo de sério afervoramento espiritual. Segundo o parecer de outro Santo, São Roberto Belarmino, Doutor da Igreja e futuro confessor do primogénito do Marquês de Castiglione, “na idade de sete anos é que Luís começou a conhecer mais a Deus, desprezar o mundo e empreender uma vida de perfeição. Ele mesmo com frequência me repetia que o sétimo ano de sua idade marcava a data da sua conversão”.
Aos oito anos o pai levou-o com seu irmão Rodolfo para viverem na corte do Grão-duque da Toscana, Francisco de Médicis. Já não se estava mais na austeridade vivida pelos príncipes medievais, pois a decadência renascentista invadia tudo. Em meio aos divertimentos mundanos e às solicitações dessa brilhante corte renascentista, Luís buscava auxílio n´Aquela a quem fora consagrado ao nascer. Aumentou então seus actos de devoção à Santíssima Virgem, de tal modo que fez, aos nove anos de idade, voto de castidade perpétua.
Quando tinha 10 anos, numa ausência do pai, recebeu certo dia em Castiglione o Cardeal-Arcebispo de Milão, São Carlos Borromeu. Este ficou encantado com sua pureza e santidade, tendo declarado “que jamais encontrara jovem que em tal idade atingisse tão elevada perfeição”. Ele mesmo administrou-lhe a Primeira Comunhão, aconselhando-o a praticar a comunhão frequente e a leitura do Catecismo Romano.
Sua infância transcorreu de castelo em castelo, de côrte em côrte, de festa em festa, mantendo, contudo, sempre o coração ancorado em Deus. Provou, assim, que era perfeitamente possível cultivar a santidade em meio aos esplendores da nobreza. Com efeito, aos 12 anos já atingira alta contemplação. Para isso lhe fora de muita ajuda um livro de São Pedro Canísio, apóstolo da Alemanha. A meditação contínua tornou-se para ele quase uma segunda natureza.
Um de seus criados poderá afirmar: “Todos seus pensamentos estavam fixos em Deus. Fugia dos jogos, dos espetáculos e das festas. Se dizíamos alguma palavra menos decente, chamava-nos e repreendia-nos com toda doçura e gentileza”. Luís afirmaria mais tarde: “Deus me deu a graça de não pensar senão no que quero”. E por isso tinha um domínio total de si mesmo.
Vivendo em plena época do Renascimento, estudou as línguas clássicas, chegando a escrever elegantemente em latim. Foi nessa língua que fez um discurso de saudação ao monarca espanhol Felipe II quando suas armas foram vitoriosas em Portugal. Espírito alerta, perspicaz e sério, triunfou facilmente nos estudos. Ele alia va magnificamente a nobreza, a cultura, a inteligência e a santidade.

Para o cumprimento da vocação, vitória sobre sérios obstáculos
Em 1581 Luís foi levado pelo pai para a Espanha, para ser pajem dos infantes naquele país. Mas Deus tinha sobre ele outros desígnios. Na côrte de um dos mais poderosos soberanos da Terra, afirma-se no coração de Luís o desejo de apartar-se do mundo e dedicar-se totalmente a Deus. Tendo cumprido já os 16 anos, decidiu falar sobre isso com seu pai. O marquês, que encantado com as qualidades do filho augurava-lhe um brilhante porvir no mundo, respondeu-lhe com um rotundo não.
Para dissuadi-lo disso, enviou-o de volta à Itália, com missão junto a vários príncipes. Esperava que, em meio àquela vida brilhante da Itália renascentista, arrefecesse no filho o desejo de fazer-se religioso. Luís desincumbiu-se com tanto êxito das várias tarefas, que o pai mais se firmou no desejo de tê-lo como seu sucessor.
Mas, à força de muitas súplicas, o marquês cedeu. E Luís — tendo também, como príncipe do Sacro-Império, obtido a permissão do Imperador — pôde abdicar de todos seus direitos dinásticos em favor de seu irmão Rodolfo, e assim entrar no noviciado da Companhia de Jesus em Roma, aos 18 anos incompletos.

Alto grau de santidade em plena juventude
Dentro do noviciado jesuíta, Luís continuou a ser motivo de edificação para todos, como sucedera quando estava no século. Os seus superiores não tiveram senão que moderar o seu fervor e pôr limites às suas grandes penitências. Para ele, era uma alegria sair pelas ruas de Roma, com um saco às costas, pedindo esmolas para o convento. Era também enviado a ajudar na cozinha e na limpeza da casa. A alguém que lhe perguntou se não sentia repugnância em fazer atos tão humildes, respondeu que não, pois tinha diante dos olhos a Jesus Cristo humilhado pelos pecados dos homens, e a recompensa eterna que Ele dá àqueles que se rebaixam por amor a Deus.
Visitava os doentes e os encarcerados. Mesmo nessas ocasiões, mantinha seu recolhimento em Deus e cumpria os seus actos de devoção. Dizia que “aquele que não é homem de oração não chegará jamais a um alto grau de santidade nem triunfará jamais sobre si mesmo; e que toda a tibieza e falta de mortificação que se via em almas religiosas não procediam senão da negligência na meditação, que é o meio mais curto e eficaz para se adquirir as virtudes”. A tal ponto se tornara senhor de sua imaginação, que no espaço de seis meses, segundo ele mesmo reconheceu, suas distrações não haviam durado o tempo de uma Ave-Maria.
Uma de suas devoções especiais era a Paixão de Nosso Senhor, a qual tornou-se objecto contínuo de suas meditações. Sua devoção à Santíssima Virgem era terna e filial. Tinha também especial devoção aos Santos Anjos, especialmente a seu Anjo da Guarda, e escreveu mesmo um pequeno estudo sobre eles. Também o Santíssimo Sacramento era objeto de suas afeições. Passava horas diante do tabernáculo, entretendo-se com o Deus escondido sob as aparências eucarísticas.
Caso os seus superiores não o tivessem moderado, as penitências físicas que praticava teriam abreviado os seus dias. Alguns diziam que ele lamentaria, na hora da morte, esse excesso. Bem pelo contrário: nesse momento ele fez questão de dizer aos seus irmãos, reunidos em torno de seu leito, que se ele tinha alguma coisa a lamentar nesse sentido eram as penitências que ele não havia feito, e não as que fizera.
Seu pai, que levara uma vida muito voltada às coisas do mundo, preparou-se tão bem para a morte, que atribuiu esses sentimentos às orações do filho.

Na morte, caridade heróica
Pouco depois do falecimento de seu progenitor, Luís teve que ir a Castiglione resolver uma áspera disputa entre seu irmão Rodolfo e seu tio, a propósito de terras. Sua mãe, que o venerava muito, e com sentimentos de verdadeira nobreza, recebeu-o de joelhos.
Quando estava hospedado no colégio da Companhia, em Milão, teve a revelação de que em breve morreria. Exultante, voltou para Roma e empregou seus últimos dias cuidando dos empestados numa terrível epidemia que devastava a Cidade Eterna. Com isso, ganhou mais méritos. Vítima do contágio, faleceu santamente a 21 de Junho de 1591.
Fonte: FUL
O Papa Pio XI escreveu sobre São Luís Gonzaga: "Contemplar e imitar São Luís Gonzaga é o melhor meio que pode empregar a juventude para atingir a santidade. Desde que a Igraja o proclamou Padroeiro da Juventude, São Luís tem exercido uma influência maravilhosa sobre os jovens. Basta recordar que ele é o modelo e protector de São Domingos Sávio e de São João Bosco, que tanto pregou a sua devoção e a deixou em herança aos Salesianos."
Fonte:Santos de cada dia, 4ª ed., editorial A.O. - Braga

Santos desta semana

16 de Junho
São Ciro e Santa Julita [Mártires]
Santa Lutgarda [Religiosa]
17 de Junho
São Rainério de Pisa [Religioso]
Santos Manuel, Jabel e Ismael [Mártires]
São Manuel [Mártir]
Santa Emília de Vialar [Fundadora]
18 de Junho
São Gregório Barbarigo [Bispo]
Beata Osana
19 de Junho
São Romualdo [Fundador]
Santos Gervásio e Protássio [Mártires]
20 de Junho
Beatas Sancha, Teresa e Mafalda
Beato Francisco Pacheco e companheiros [Mártires]
Santa Gema
21 de Junho
São Luís Gonzaga [Religioso]
São Raul [Bispo]
22 de Junho
São Paulino de Nola [Bispo]
São João Fisher [Mártir]
São Tomás More [Mártir]
São José Cafasso [Sacerdote]

sábado, 14 de junho de 2008

Não ouviste dos lábios do Mestre a parábola da videira e das varas ? - Consola-te.
Ele é exigente contigo porque és vara que dá fruto... E poda-te para que dês mais fruto.
É claro: dói esse cortar, esse arrancar.
Mas depois, que louçania nos frutos, que maturidade nas obras !

Caminho, 701

Revista de Imprensa

O Expresso, página 20, tem como manchete "Igreja faz mea culpa na fuga de fiéis". No texto da notícia fala-se em falhas de formação dos padres, falta de qualidade nas homilias, leituras e cânticos das missas, sendo as três últimas alertadas por D. José Policarpo.

Marcelo Rebelo de Sousa também defende que há falta de vozes em defesa da doutrina social da Igreja [preconizada pela esquerda...] porque os movimentos de leigos têm sido dominados pela direita e apostam nas questões facturantes, como o aborto, divórcio, eutanásia e casamento homossexual. Depois de diferenciar as questões subjacentes, conclui ser errado tal existência/diferenciação porque - afirma - a Igreja não é de esquerda nem de direita.
Já o Sol, página 14, faz como manchete "Tensão na Igreja". Segundo este semanário, D. José Policarpo terá enviado uma carta às dioceses onde defende o diálogo com o Governo. Em sentido inverso ou antagónico, [alguns] padres e leigos gostariam que o Cardeal fosse mais activo na defesa do casamento, dos ATL em centros sociais e regulamentação da Concordata, isto é, gostariam que D. José Policarpo fosse mais reactivo.

Ambas as notícias merecem o nosso cuidado e a nossa reflexão. Não obstante e de modo muito particular, parece-me que devemos fazê-lo de forma sóbria e não tanto emotiva.

O autor

“Estai sempre à disposição de todos”

A Igreja conta com 36 novos sacerdotes. São fieis da Prelatura do Opus Dei que foram ordenados por D. Javier Echevarría na Basílica de Santo Eugénio (Roma).
Do site do Opus Dei
Traz sobre o peito o santo escapulário do Carmo.
Poucas devoções [há muitas, e muito boas devoções marianas] estão tão arraigadas entre os fiéis e têm tantas bênçãos dos Pontífices.
Além disso, é tão maternal este privilégio sabatino.
Caminho, 500

sexta-feira, 13 de junho de 2008

A Igreja precisa de um plano nacional de leitura?

Os dados trazidos agora a lume pelo Patriarcado de Lisboa, sobre os hábitos de leitura bíblica dos católicos, não são uma tragédia, mas desassossegam bastante. A grande falta parece não ser de material, pois a maioria até possui um exemplar da Bíblia e/ou acede comunitariamente a ela. O problema é mesmo ler a Bíblia, esse «livro complicado» - como justamente o refere o Cardeal-Patriarca (Ecclesia 05/06/2008), mas ao mesmo tempo fundamental para a construção da existência eclesial e cristã. É precisamente por ser um «livro complicado» que a Igreja tem a responsabilidade de promover uma apaixonada iniciação à leitura, entregando a cada crente o gosto e as chaves para a sua interpretação, cuidando que o encontro com o Texto Sagrado aconteça. Encontrar a Palavra de Deus é encontrar a Cristo, dizia São Jerónimo. Sem ela, o cristianismo torna-se vago, insustentável, insuficiente.

Há um grande desafio que se coloca, portanto, às comunidades cristãs: estas são chamadas a assumir-se, talvez de modo mais consciente e certamente mais activo, como comunidades de leitura. Quando D.José Policarpo lembra que, por vezes, nas próprias celebrações «a palavra é mal lida» e «a homilia nem sempre ajuda» está a colocar o dedo numa das feridas: a necessidade de formação, e de uma formação com qualidade. Não basta reproduzir um certo automatismo de modelos. De forma humilde, persistente e criativa importa fomentar uma iniciação ao conhecimento religioso. É verdade que muito já se faz, mas as estatísticas recentes mostram bem como esta é uma meta longe de estar ganha. E enquanto ela não for inscrita no centro das preocupações…!

Recentemente, o Ministério da Educação lançou o «Plano nacional de leitura», com o objectivo de «elevar os níveis de literacia dos portugueses e colocar o país a par dos nossos parceiros europeus». No específico da sua realidade, não é caso para perguntar se a Igreja portuguesa não carecerá de uma mobilização nacional para a leitura da Bíblia? Em que medida o Sínodo dos Bispos do próximo Outono e o Ano Paulino que este Verão começa podem constituir a Primavera de que precisamos?
José Tolentino Mendonça, in Ecclesia

terça-feira, 10 de junho de 2008

Primeiro, oração; depois, expiação; em terceiro lugar, muito em terceiro lugar, acção.
Caminho, 82

Francisco Marto (1908-1919)

Francisco Marto nasceu no dia 11 de Junho de 1908, em Aljustrel, paróquia de Fátima, e foi baptizado no dia 20 de Junho.
Era filho de Manuel Pedro Marto e de Olímpia de Jesus, irmão de Jacinta Marto (1910-1920) e primo de Lúcia de Jesus (1907-2005). Foi a estes que apareceu um Anjo, na Primavera, Verão e Outono de 1916, na Loca do Cabeço e no Poço da Casa da Lúcia, e Nossa Senhora do Rosário, a 13 de Maio, Junho, Julho, Setembro e Outubro de 1917, na Cova da Iria, e a 19 de Agosto de 1917, no sítio dos Valinhos.
Adoeceu a 23 de Dezembro de 1918, pela gripe pneumónica, e veio a falecer a 4 de Abril de 1919, depois de se ter confessado e comungado. Foi sepultado no cemitério paroquial de Fátima, no dia 5 de Abril. O Pároco, em aditamento ao processo paroquial, organizado, por encargo do arcebispo de Mitilene, em Outubro de 1917, e enviado, a 28 de Abril de 1919, para o Patriarcado de Lisboa, escreveu, com data de 18 de Abril: “O Francisco – vidente – faleceu às dez horas da noite do dia 4 de Abril corrente, vitimado por uma prolongada ralação de 5 meses da pneumónica, tendo recebido os sacramentos com grande lucidez e piedade. E confirmou que tinha visto uma Senhora na Cova da Iria e Valinho”. Os seus restos mortais foram exumados da sepultura em que se encontravam, no dia 17 de Fevereiro de 1952, e trasladados, no dia 13 de Março do mesmo ano, para a basílica de Fátima, onde ficaram sepultados no lado direito do transepto.
O seu processo de beatificação foi iniciado no dia 30 de Abril do mesmo ano de 1952, juntamente com o da sua irmã Jacinta. Mas só foi enviado para a Congregação para a Causa dos Santos, a 3 de Agosto de 1979. Foi aberto, a 20 de Dezembro desse ano. Em Abril de 1981, foi dado parecer positivo à possibilidade da prática de virtudes heróicas, por parte de crianças, e, por isso, poderem ser beatificadas e canonizadas crianças não-mártires. O decreto sobre as virtudes heróicas dos dois pastorinhos foi assinado pelo Papa João Paulo II, a 13 de Maio de 1989, sendo-lhe concedido o título de veneráveis.
O Papa João Paulo II, em Fátima, no dia 13 de Maio de 2000, beatificou os pastorinhos Francisco e Jacinta Marto.
Padre Luciano Cristino
Do site Agência Ecclesia

Santos desta semana

10 Junho
Santo Anjo da Guarda de Portugal
Santa Olívia
Beato João Dominici

11 Junho
São Barnabé
Santa Paula Frassinetti
Santa Maria Rosa Molas y Vallvé
Beata Maria do Sagrado Coração

12 Junho
Nossa Senhora do Sameiro
São João de Sahagún ou de S. Fecundo
Santo Onofre
Beata Jobenta, a Penitente
Beata Mercedes de Jesus Molina
Beato Lourenço Salvi

13 Junho
Santo António de Lisboa
S. Fândila

14 Junho
Santo Eliseu
Santos Anastácio e Félix e Santa Digna

15 Junho
Santos Vito (ou Guido) e Modesto e Santa Crescência
Santa Germana Cousin
Santa Maria Micaela do S. Sacramento

É ou não importante ? Presumo que sim ...

Há uns tempos atrás enviei sms ao meu pároco e falei-lhe na minha disponibilidade para, semanalmente, efectuar um trabalho curto mas objectivo sobre os Santos de cada dia. Seria uma recolha, um breve texto e as sequentes fotoccópias. O objectivo era fornecer aos paroquianos, no final da missa dominical, as fotocópias, possibilitando-lhes saber qualo o Santo de cada dia da semana como, querendo, orientar as suas orações invocando-o.
Considerando a importância devida, entendo ser meu dever fazê-lo aqui, no Sulco.

Se conseguir manter o blogue, isto é, se entender que assume a importância que lhe quis dar inicialmente, manterei a rúbrica dos Santos de cada dia.

Uma outra nota. A pretensão deste blogue é, no fundo, não apenas dar a conhecer os pensamentos ou doutrina de São Josemaría como também transmitir noticias, eventos ou mesmo escrever sobre qualquer assunto quando a necessidade o imponha. Veremos se terei capaciadade para o conseguir. Espero e desejo que, mais cedo ou mais tarde, este blogue possa ser consultado por muitos e ser referência. Para já, fica apenas o desejo.

O Autor

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Notícia do Expresso

De acordo com o Semanário Expresso, "Lisboa perde católicos praticantes".
A notícia, plasmada na página 30 deste semanário, informa que esta Diocese terá perdido nos últimos 7 anos entre 70 mil a 100 000 praticantes.
A mesma notícia refere que na capital, 62% dos católicos vão à missa, 32% dos fiéis de Lisboa pertnecem a associações ou movimentos católicos e que 88% dos crentes têm a Bíblia em casa.
A notícia em si mesma merece atenção e cuidado. Merece ser reflectida e debatida. Uma nota final para o texto que nos fala em "62% dos católicos vão à missa". Ora, não posso estar mais em desacordo com o autor. Não concebo a distrinça entre católicos praticantes e não praticantes. Um católico é sempre praticante. Sempre. Ou não será católico; antes um cristão. É uma mera nota de pormenor.
De qualquer modo e em conclusão, compete-nos responder perante estes números. O que fazemos, o que deixamos de fazer, como influenciamos, como testemunhamos, entre outros. A responsabilidade é minha e tua. Meditemos, rezemos e actuemos.

domingo, 8 de junho de 2008

A vida cristã deve ser vida de oração constante, procurando nós estar na presença do Senhor da manhã até à noite e da noite até à manhã. O cristão nunca é homem solitário, posto que vive numa conversa contínua com Deus, que está junto de nós e nos Céus.

Do livro "Cristo que passa"
Estás a sofrer uma grande tribulação ?
Tens contrariedades ?
Diz, muito devagar, como que saboreando, esta oração forte e viril:

Faça-se, cumpra-se, seja louvada e eternamente glorificada a justíssima e amabilíssima Vontade de Deus sobre todas as coisas. Amén. Ámen.

Eu te asseguro que alcançarás a paz.
Josemaría Escrivá, Caminho, 691