A princípio, confesso, irritava-me.
Mas depois, vendo bem as coisas, penso que é a atitude certa.
Senão vejamos:
Deus pode sempre querer-nos falar. E que meio usa ? O telemóvel.
Tenho certeza que 95% das chamadas ocorridas na missa são provenientes do céu.
Por outro lado, quebra a melancolia da missa. Aborrecidas, as missas podem e devem ser quebradas pelo grunhido de um telemóvel. Fica sempre bem e alivia o stress dos paroquianos.
Ainda como factor decisivo na minha mudança de opinião é a sensação nítida de que é terapêutico. E é terapêutico por duas ordens de razão; a primeira porque a pessoa que recebe a chamada mostra-se solicitada perante os demais o que, de per si, lhe aumenta o ego, quiçá sofrido; por outro, pode revelar o seu bom gosto musical o que, de forma natural, partilha gostosamente com a comunidade.
Mas nem tudo são rosas. É que ainda existem pessoas com aqueles toques polifónicos fora de moda... mas boa parte já nos brinda com um bom "toque real". A esses, a minha ovação.
E agora, para os que parecem mais adormecidos, aqui vai uma dica... se o sacerdote se demorar na homilia, não hesitem: metam um polifónico ou um real. O sacerdote perceberá imediatamente que chegou a hora de findar aquela.
Por último, um pedido: se alguma vez verificarem, ao entrar na igreja, um placard igual ou semelhante àquele que anexo, ignorem-no. Façam-no com convicção ! Afinal,
"Eles não sabem o que fazem".
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