A publicidade feita em torno do novo livro do dr Saramago fez com que muitos, como eu, tivessem curiosidade na sua leitura. Aparentemente, e mesmo só na aparência, a publicidade resultante de um confronto com a Igreja Católica foi estratégica. Resultou.
Não tinha uma curiosidade (mórbida) em ler Saramago. Porém e face às escritas do Nobel, em sede de conferência de impresnsa, em que tinham criticado o facto de Caim ter sido cristicado sem prévia leitura, entendi que o deveria comprar para tecer, à posteriori, a crítica mais ajustada.
Porém, o Caim do dr Saramago mostrou-se um flop.
Não passei (note-se) da leitura do 2º capítulo.
O livro é infantil. Os dois primeiros capítulos levam-nos ao Antigo Testamento, à expulsão de Adão e Eva do Paraíso; porém, com contornos pseudo eróticos e diálogos excessivamente infantis. Não há conteúdo. O livro não edifica e como tal, já foi para o lixo.
O mais, são ofensas gratuitas.
Já fora do âmbito do Caim mas não menos importante, não deixo de me espantar com o estilo do dr Saramago.
Os diálogos das personagens são continuos, havendo por parte do leitor um sublime e enérgico esforço por entender quem é quem e quando começa o quê. Dizem: "é o estilo do Saramago".
A pergunta que fica é esta: e se um estudante escrevesse ao estilo de Saramago ou ao seu próprio estilo, sem preocupações acrescidas (acrescidas??) de pontuação e construção ou estruturação frásica num exame de português? Reprovaria (e bem). Então e isto dos estilos vale para uns e não para outros ? Enfim, creio não valer a pena tecer mais considerações sobre este aspecto. Não obstante, penso que o dr Saramago deveria ter a suprema preocupação de escrever correctamente; existem regras, não estilos. Fica apenas este menção de quem se ocupou, por instantes, da leitura de Caim do dr Saramago.
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